RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA É PARTE INTEGRANTE DO TRATAMENO DE CÂNCER DE MAMA AFIRMAM ESPECIALISTAS
A SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA, ATRAVÉS DE SEU DEPARTAMENTO DE AÇÃO SOCIAL, QUE REALIZOU EM MARÇO DE 2012, 500 CIRURGIAS DE RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA PARA PACIENTES QUE ESTAVAM A ESPERA DESSE ATENDIMENTO PELO SERVIÇO ÚNICO DE SAÚDE-S.U.S., EM 19 CAPITAIS DE TODO BRASIL, DÁ INÍCIO AGORA EM MARÇO DE 2013 A CONTINUIDADE DESSE PROJETO SOCIAL QUE PROPORCIONA AOS PACIENTES O RETORNO A SUA VIDA PESSOAL, SOCIAL E PROFISSIONAL.
SEGUNDO O INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER-INCA, SOMENTE EM 2010 FORAM REGISTRADOS 49.240 NOVOS CASOS EM HOMENS E MULHERES EM TODO PAÍS. OUTROS DADOS TAMBÉM SÃO REVELADORES DESSES PACIENTES:
-QUANTO AO ESTADO CIVIL: 42% SOLTEIRAS; 32% SEPARADAS: 22% CASADAS E 2% COM UNIÃO ESTÁVEL OU VIÚVAS
-QUANTO AO DIAGNÓSTICO: 58% REALIZADO PELO AUTO EXAME; 17% COM DOR OU SECREÇÃO; 15% EXAME DE ROTINA E 10% OUTRA SITUAÇÃO
-MASTECTOMIA COMO CAUSA DE SEPARAÇÃO ATINGIU 31% DAS PACIENTES, SEGUNDO O INCA
O TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA INCLUI O DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO, MASTECTOMIA, QUIMIOTERAPIA, RADIOTERAPIA E POR FIM A RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA, AFIRMA O PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA, JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB, QUE APROVEITA PARA SALIENTAR QUE DEVIDO A GRANDE DEMANDA DESSAS PACIENTES, O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE-S.U.S. , NEM SEMPRE CONSEGUE ATENDER ESSAS PACIENTES.
ABOUDIB INFORMA QUE MEDIANTE ESSA SITUAÇÃO, A SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA EM UM ESFORÇO DE SEUS MEMBROS E TODA UMA EQUIPE MÉDICA MULTIDISCIPLINAR REALIZARÁ EM 2013 MAIS UM GRANDE “MUTIRÃO” DE CIRURGIAS PARA RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA EM VÁRIAS CAPITAIS EM 2013:
EM GOIÂNIA FOI REALIZADO NO DIA 20 DE MARÇO, AINDA REALIZAREMOS MUTIRÕES EM CURITIBA, SÃO PAUO, RIO DE JANEIRO, ARACAJU E BELO HORIZONTE.
OS PACIENTES DESSAS CIDADES DEVEM PROCURAR O SERVIÇO DE CIRURGIA PLÁSTICA DOS HOSPITAIS PÚBLICOS LOCAIS.
DEMAIS INFORMAÇÕES
RAUL KURY – IMPRENSA -SBCP – TEL-11-9.9882.9039
PESQUISA INÉDITA REVELA OS NÚMEROS DA CIRURGIA PLÁSTICA NO BRASIL.
LIPOASPIRAÇÃO ULTRAPASSA OS IMPLANTES MAMÁRIOS DE SILICONE EM 2011
ACOMPANHE TAMBÉM A VICE LIDERANÇA DO BRASIL NO RANKING MUNDIAL
A SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA ACABA DE PONTUAR OS ÚLTIMOS NRS. DA CIRURGIA PLÁSTICA JUNTO AOS SEUS AFILIADAOS EM TODO BRASIL (ATUALMENTE 5.200 CREDENCIADOS PELA SBCP)
PARA ENTREVISTA CONTATE O PRESIDENTE NACIONAL-SBCP, NO TEL-11-9.7314.7312
RAUL KURY-IMPRENSA-SBCP-TEL-11-9.9882.9039
BRASIL CIRURGIAS REALIZADAS EM 2011
Abdominoplastia – 95.004 / 10,49%
Blefaroplastia – 90.281 / 9,97%
Mamoplastia de Aumento – 148.962 / 16,45%
Mamoplastia / Pexia – 131.377 / 14,51%
Gluteoplastia com Prótese – 21.452 / 2,37%
Gluteoplastia / Lifting – 1.909 / 0,21%
Mentoplastia – 5.979 / 0,66%
Ritidoplastia – 38.484 / 4,25%
Lifting Frontal – 11.404 / 1,25%
Ginecomastia – 22.960 / 2,53%
Queiloplastia – 23.311 / 2,57%
Lipoaspiração – 211.108 / 23,32%
Lifting de Coxas – 12.711 / 1,40%
Otoplastia – 28.788 / 3,18%
Rinoplastia – 43.809 / 4,84%
Lifting de Braços – 8.541 / 0,94%
Ninfoplastia – 9.043 / 0,99%
TOTAL – 905.124
AGORA VEJA OS NOVOS NÚMEROS NO RANKING MUNDIAL (Brasil continua na vice liderança)
1. Estados Unidos – 1.094.146
2. Brasil – 905.124
3. China – 415.140
4. Japão – 372.773
5. Itália – 316.470
6. México – 299.835
7. Coreia do Sul – 258.350
8. Índia – 207.049
9. França – 191.439
10. Alemanha – 187.193
DATAFOLHA 2009:
Total de Cirurgias 629 mil
Estéticas – 73% / 459.170
Reparadoras – 27% / 169.830
5 cirurgias plásticas estéticas mais realizadas no Brasil
Liposuction
Cirurgias realizadas em 2011
211.108
Crescimento
129,97%
Número absoluto 2007
91.800
Aumento de mamas
Cirurgias realizadas em 2011
148.962
Crescimento
54,54%
Número absoluto 2007
96.390
Abdominoplasty
• Cirurgias realizadas em 2011
95.004
• Crescimento
38%
• Número absoluto 2007
68.850
Blepharoplasty
Cirurgias realizadas em 2011
90.281
Crescimento
118,50%
Número absoluto 2007
41.310
Redução de Mamas
Cirurgias realizadas em 2011
66.417
Crescimento
20,58%
Número absoluto 2007
55.080
*N° total: 459 mil cirurgias
EUA
População – 311.591.917
Número de Cirurgias – 1.094.146
Número per capita – 3.51 por 1000 habitantes
BRASIL
População – 196.655.014
Número de Cirurgias – 905.124
Número per capita – 4.6 por 1000 habitantes
DEMAIS INFORMAÇÕES: RAUL KURY-IMPRENSA-SBCP-TEL-55-11-9.9882.9039
Os riscos da moda dos seios fartos
Cresce a procura por implantes de silicone cada vez maiores e aumenta o número de adolescentes que desejam fazer essa cirurgia plástica. Especialistas indicam como evitar problemas
Mônica Tarantino e Rachel Costa
As brasileiras estão redefinindo seu padrão de beleza corporal. Querem seios cada vez mais fartos – e desejam isso cada vez mais cedo. A constatação emerge de números obtidos por entidades que representam a área da cirurgia plástica e também da observação dos mais experientes e renomados cirurgiões plásticos do País do que acontece no dia a dia de seus consultórios. “Há uma década, as mulheres do Brasil queriam ser retas e musculosas. Agora buscam um corpo torneado e com mamas mais projetadas”, afirma o médico José Horácio Aboudib, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. O especialista, assim como a maioria de seus colegas, também não se surpreende mais ao encontrar na sala de espera de sua clínica meninas de 14, 15 anos, querendo saber como aumentar o número do sutiã. “Antes, elas queriam mudar o nariz, corrigir a orelha ou tirar uma pinta. Agora, vêm para aumentar os seios”, diz o cirurgião plástico Alexandre Senra, de São Paulo, referência em cirurgia plástica de mama. No consultório do mineiro Sebastião Guerra, chefe da Cirurgia Plástica do Hospital Mater Dei, de Belo Horizonte, 10% das consultas com jovens menores de 18 anos. “Em vez de festas ou viagens, muitas pedem aos pais uma prótese de silicone como presente de 15 anos”, conta o médico.
O fenômeno agora registrado no Brasil é muito parecido com o que ocorre em outros países, em especial nos Estados Unidos. Lá, como aqui, a colocação de implantes para dar mais volume aos seios é a cirurgia preferida no campo dos procedimentos estéticos. A mais recente pesquisa sobre o tema, realizada em 25 países e divulgada na semana passada pela International Society for Aesthetic Plastic Surgery (Isaps), revelou que os EUA continuam puxando a fila dos países onde o procedimento é mais realizado. Em 2011, foram 284.351 procedimentos. Depois vem o Brasil, com 148.962 cirurgias para colocação de implantes de silicone. Em terceiro lugar está o México, com 72.712 procedimentos.
TAMANHO
A advogada Veridiana trocou a prótese de 190 mililitros (ml) por uma de 255 ml
A procura por próteses maiores começou nos Estados Unidos, mas desembarcou no Brasil trazida por um movimento de padronização de beleza que se espalha pelo mundo. “A partir dos anos 2000, os padrões começaram a ser mais universais”, afirma o cirurgião plástico Alexandre Munhoz, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e consultor de uma das marcas de implantes. “Há uma década, a brasileira usava implantes em torno de 180 mililitros (ml). Agora, a média fica entre 200 ml e 340 ml”, observa. Na clínica do cirurgião plástico Aboudib, no Rio de Janeiro, a média varia entre 255 ml e 315 ml. Seu colega mineiro Sebastião Guerra lembra que não há mais no mercado próteses de 120 ml. “O volume começa em 140 ml”, diz. “Há 25 anos, eu colocava 60 ml, 80 ml e até 120 ml. Minha média atual chega a 280 ml”, afirma ele, que já colocou implantes de 375 ml. Um levantamento da Allergan, fabricante de próteses, dá uma ideia de como está ocorrendo a mudança. Segundo a empresa, 31% das cirurgias feitas com próteses da marca no ano passado usaram modelos de 300 ml, seguidas pelas de 340 ml. Os médicos afirmam que os preços não diferem em relação aos implantes menores.
PACIÊNCIA
Thaissa queria colocar o implante desde os 15 anos. Mas seus
pais não permitiram. Ela só fez a cirurgia seis anos depois
A advogada Veridiana Olinésio, de São Paulo, e a atriz Franciely Freduzeski, 33 anos, do Rio de Janeiro, estão entre as mulheres que aumentaram o volume das próteses. Veridiana colocou a primeira prótese aos 27 anos, de 190 ml, e aos 33 anos, após a gravidez, optou por uma de 255 ml. “Eu pareço mais bem-disposta”, conta. Franciely também trocou após o nascimento do filho. “Coloquei 285 ml. Estou mais bonita.”
Assim como o tamanho mais avantajado dos seios, a idade cada vez mais precoce de quem busca esse efeito obedece a uma tendência mundial. Quando começou a ser realizado, o implante de silicone era quase restrito a mulheres mais velhas, por volta dos 45 anos, que desejavam recuperar as formas da juventude. Hoje, não se trata mais de restaurar algo que foi perdido, mas simplesmente de tornar os seios mais atraentes e bonitos para as próprias jovens. O médico Sebastião Guerra, por exemplo, atendeu uma menina de 13 anos que insistia em aumentar o peito porque tinha certeza de que isso mudaria sua vida. Queria tanto que convenceu os pais. “Ela não saía de casa, não ia à piscina, não vestia uma blusa mais decotada”, lembra o cirurgião.
O desejo de ficar mais bonita é absolutamente legítimo. Os especialistas alertam, no entanto, para a necessidade de ter bom-senso e fazer as devidas ponderações na hora de escolher como e quando se submeter à cirurgia. Aumentar demais o tamanho dos seios e colocar próteses muito cedo traz riscos que não devem ser ignorados. No que diz respeito ao volume, há chance de o contorno da prótese ficar destacado na região do colo quando o diâmetro da mama não é respeitado. “Pode haver também uma extensão não harmoniosa na direção lateral ou a possibilidade de as próteses se encostarem, o que dá um efeito muito artificial”, observa o cirurgião plástico Renato Saltz, radicado em Salt Lake City, nos Estados Unidos, e ex-presidente da American Society of Aesthetic Plastic Surgery. “Por isso é fundamental respeitar a anatomia original da mama e seus limites”, diz.
DESEJO
Orientada pelos pais, a paulistana Julia Spinardi esperou quatro
anos antes de colocar a prótese. Está feliz com o resultado
Mais um desdobramento possível é a queda da mama se a pele da paciente não der sustentação ao volume inserido. Também pode ser que a mulher não goste do resultado. Aí, o jeito é enfrentar uma nova operação. “Tenho feito muitas trocas de implantes maiores por menores em jovens que querem parecer mais elegantes”, diz o cirurgião plástico Marcelo Sampaio, do Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Em relação à idade, o estágio de desenvolvimento do corpo da adolescente é decisivo. A menarca, ou primeira menstruação, por exemplo, é um dos critérios de seleção usados por alguns médicos. Outros só realizam a cirurgia se a paciente concluiu o processo de maturação sexual e suas mamas alcançaram o que se chama de estágio 4, do tamanho do de uma mulher adulta. “Para os endocrinologistas, a conclusão do desenvolvimento corporal só ocorre por volta dos 17 anos. Pode ser que se dê antes, mas também pode ser que as mamas não tenham chegado ao seu tamanho definitivo. É preciso examinar a adolescente muito bem”, explica a endocrinologista Cláudia Cozer, coordenadora do Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês. Depois dessa etapa, a glândula mamária não cresce mais, ainda que possa ganhar volume por causa da distribuição de gordura corporal. “Médicos mais conscienciosos não deveriam colocar implantes antes dessa idade, a não ser em situações muito sérias de alterações do desenvolvimento”, afirma a médica.
* Alexandre Senra, Alexandre Munhoz e Renato Saltz
É consenso que a colocação de implantes de silicone em jovens mal selecionadas para o procedimento pode provocar grandes estragos. “Se a prótese esticar demais a pele, pode comprimir a glândula mamária da adolescente e atrapalhar o crescimento”, explica o cirurgião Sebastião Guerra. Outro risco é o surgimento de estrias, um dos principais efeitos colaterais desse tipo de cirurgia quando feita na adolescência. “Em geral, elas aparecem quando o implante é maior e faz os tecidos de sustentação se romper, abrindo caminho para a flacidez futura”, explica o cirurgião plástico Carlos Uebel, presidente da International Society for Aesthetic Plastic Surgery.
Para evitar erros tanto na escolha do tamanho como na definição da idade para colocar a prótese de silicone, a cirurgia plástica oferece novidades e, principalmente, muito conhecimento. Em relação ao tamanho, por exemplo, novos recursos dão uma noção antecipada dos resultados da colocação do implante. Isso é possibilitado por programas de computador que, a partir de imagens digitais das pacientes, fazem uma simulação em 3D de como ficará o corpo após a cirurgia. “O objetivo é ter uma ideia mais realista do resultado”, explica o cirurgião plástico Ricardo Cavalcanti, de São Paulo. O instrumento está sendo usado por especialistas como Cavalcanti e o médico Alexandre Senra, de São Paulo, entre outros.
Também é possível transpor as medidas do seio original para os sites dos fabricantes e avaliar diversos tamanhos sugeridos. Além disso, durante a cirurgia, os especialistas costumam testar alguns modelos pré-selecionados antes de inserir o implante definitivo. “São tentativas de aproximar o resultado final daquilo que a paciente espera. As chances de isso acontecer são maiores se o cirurgião for experiente e a mulher não alimentar falsas expectativas. Por isso deve-se conversar muito antes”, afirma o cirurgião Renato Saltz. A apresentadora de televisão Monica Apor, 31 anos, seguiu esse roteiro de recomendações e colocou uma de 250 ml. “Queria um corpo mais harmonioso e consegui”, diz.
MUDANÇAS
Franciely (acima) colocou prótese de 285 ml após o nascimento
do filho. Monica (abaixo) seguiu as recomendações do
médico e está satisfeita com o implante de 250 ml
Quanto à idade certa, há alguns parâmetros disponíveis. Nos Estados Unidos, a recomendação da American Society of Aesthetic Plastic Surgery é não fazer procedimentos cirúrgicos estéticos em menores de 21 anos. No entanto, conforme pesquisa da entidade, até 1,5% das cirurgias de aumento de mama nos EUA é feita em garotas com menos de 18 anos. A sociedade internacional sugere não realizar o procedimento antes dos 16 anos.
Nessa questão, é preciso considerar ainda a maturidade emocional das garotas. “Algumas meninas se sentem muito sedutoras e poderosas com seus implantes. Podem precisar de apoio psicológico para pensar sobre o que está acontecendo com elas”, diz o psiquiatra Bruno Raffa, do Hospital São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. O papel dos pais é decisivo nessa situação. “Eles, que geralmente pagam pelo procedimento, precisam participar da discussão e colocar limites. Faz parte do crescimento”, diz o médico. Raffa aconselha os cirurgiões a se certificarem de que a adolescente conseguiu entender todas as etapas do procedimento e as mudanças pelas quais seu corpo passará. O médico precisa também avaliar o grau de expectativa da menina. “Se ela tiver prognósticos irreais, continuará insatisfeita”, diz o especialista. Alguns médicos encaminham as pacientes mais jovens para uma avaliação psicológica antes de decidir se fazem ou não a cirurgia.
PROJEÇÃO
O cirurgião plástico Senra usa aparelho que simula como será o resultado
Quando os passos são dados a seu tempo, a satisfação aparece. Foi assim com a estudante de direito carioca Thaissa Rodrigues, 23 anos, que colocou 230 ml há dois anos. A vontade começou aos 15 anos, mas seus pais conseguiram adiar a realização do desejo. “Ainda bem que eles fizeram isso, porque agora o resultado ficou muito bom e mais proporcional”, diz. A paulistana Julia Spinardi, 19 anos, viveu um processo parecido. “Queria aumentar os seios desde os 15, mas meus pais não deixaram e só pude fazer a cirurgia recentemente”, conta. “Agora estou contente.”
A todos os Membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Assunto: Projeto de Lei do Senado no 399 de 2011 do Senador Roberto Requião que está tramitando no Senado com a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, com o objetivo de “Revalidar e Reconhecer Automáticamente os Diplomas de Graduação, Mestrado e Doutorado, expedidos em instituicões do Mercosul.
Atualmente o reconhecimento de titulos e revalidação de diplomas é feito pelas Universidades Públicas em decorrência de sua autonomia estabelecida na Constituição Federal.
Esse projeto irá colaborar com a redução da qualidade, por não haver nenhuma avaliação desses candidatos/diplomas. Não somos contra à Revalidação e Reconhecimento desses diplomas, mas acreditamos na necessidade de uma Avaliação com critérios para manter qualidade.
Por conta desse dispositivo legal, até mesmo bolsistas da CAPES e do CNPq têm que validar seus diplomas obtidos no exterior quando de regresso ao país.
Ademais, esse projeto fere o princípio da reciprocidade que norteia as relações entre os países.
Propomos fortemente que os senhores encaminhem manifestação a todos os meios de comunicação, às sociedades e principalmente aos senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (abaixo) que estarão votando esse projeto, para que a Lei do Senado 399 não seja aprovada e/ou que seja rediscutido também com entidades que tem importante atuação no Ensino, como os presidentes da CAPES, do CNPq, da ANDIFES e do FOPROP.
Veja abaixo a lista do senado.
Em fórum, cirurgiões plásticos reclamam da atuação de médicos não especialistas
Aline Leal
Repórter da Agência Brasil
Brasília – No Dia do Cirurgião Plástico, comemorado hoje (7), a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) informou que cerca de 12 mil médicos atuam na área sem formação específica. “Este número, do Conselho Federal de Medicina, é o de médicos que não têm treinamento específico para realizar esse tipo de procedimento, sem nenhuma formação adequada”, relata José Horácio Aboudib, presidente da SBCP.
“Eles [médicos não especialistas em cirurgia plástica] invadem todas as outras especialidades em busca daqueles procedimentos que possam dar alguma rentabilidade”, acrescentou Aboudib, que participa do Fórum Nacional Defesa do Especialista.
Segundo o Conselho Federal de Medicina, os profissionais graduados em medicina estão autorizados a fazer qualquer procedimento médico, porém aconselha-se às pessoas buscar os profissionais especializados na área em que procuram atendimento.
O presidente da SBCP recomenda aos pacientes verificar se o médico é especializado antes de fazer a cirurgia plástica. No site da sociedade, está disponível lista com os nomes dos profissionais com título de cirurgião plástico no país. São 5.200 médicos especialistas na área.
“O médico para ser especialista em cirurgia plástica tem que fazer seis anos de faculdade, dois anos de residência em cirurgia geral e três de plástica. Em torno de 14 mil horas de treinamento,” explica, ressaltando que “hoje o Brasil é o maior centro de ensino de cirurgia plástica do mundo”.
Um levantamento feito pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo mostra que 97% das reclamações sobre cirurgia plástica são contra profissionais não especialistas na área, segundo o presidente. No Brasil, são feitas cerca de 700 mil cirurgias plásticas por ano. De acordo com Aboudib, as mais procuradas são a de mama e lipoaspiração.
Edição: Carolina Pimentel
Médicos discutem medidas para aumentar a segurança de cirurgia plástica
Em encontro, representantes de entidade médica defenderam que somente profissionais com especialização adequada possam realizar o procedimento.
Em um fórum médico realizado nesta sexta-feira em Brasília, representantes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) defenderam medidas que, de acordo com a entidade, promoveriam maior segurança a pacientes submetidos a operações estéticas e reduziriam o número de casos de cirurgias mal sucedidas. Para a sociedade, somente profissionais com especialização em cirurgia plástica e reconhecidos pela SBCP deveriam ser autorizados a realizar esse tipo de procedimento — atualmente, nenhuma lei proíbe que um médico de outra especialidade o faça.
Ser um cirurgião plástico reconhecido pela SBCP significa ter cursado os seis anos da graduação em medicina e outros cinco de pós-graduação, sendo dois deles de especialização em cirurgia geral e os outros três em plástica. A sociedade ainda exige que, na especialização, o futuro cirurgião receba um treinamento de 40 a 60 horas semanais e seja aprovado em uma prova escrita e outra oral aplicada pela própria SBCP.
Leia também: Cirurgias plásticas: começou a temporada de busca pela perfeição
Os membros da sociedade também defendem que nem todas as cirurgias plásticas possam ser realizadas em clínicas de pequeno ou médio porte. De acordo com José Horácio Aboudib, presidente da SBCP, a ideia é que um paciente submetido a mais do que duas operações estéticas de uma só vez, ou então a algum procedimento mais longo, por exemplo, somente pudesse ser operado em hospitais grandes. O mesmo vale para a lipoaspiração. “Se houver algum problema de perfuração nesse procedimento, os médicos devem partir para uma cirurgia geral, a qual uma clínica pequena não tem condições de realizar”, disse Aboudib ao site de VEJA.
Também estiveram presentes no encontro representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Conselho Nacional de Justiça e do Procon. A expectativa de Aboudib é que as discussões em torno da segurança da cirurgia plástica convençam o CFM a estipular medidas com força de lei que vão de acordo com a posição da SBCP. “Cada vez mais o CFM mostra concordar com as nossas posições e argumentos. Acredito que em algum tempo ele poderá tomar decisões a favor da população”, afirmou Aboudib, que não soube calcular o tempo que levaria para tais medidas virarem leis.
Excesso de ‘especialistas’ — Um estudo feito pela própria SBCP e divulgado em agosto deste ano mostrou que, no Brasil, há um cirurgião plástico para cada 44.000 habitantes — uma taxa maior do que a dos Estados Unidos, que é o país campeão em realização de procedimentos desse tipo. No entanto, a entidade alerta que há um grande número de médicos que se dizem especialistas em cirurgia plástica sem ter o título correspondente, o que aumenta as chances de operações mal sucedidas. São pessoas que se dizem ‘especialista em medicina estética’, por exemplo, uma especialidade que não existe pois não é reconhecida por entidades como o CFM. O levantamento da sociedade mostrou que 95% dos processos de reclamação de cirurgias plásticas mal sucedidas registrados no Conselho Regional de Medicina de São Paulo foram realizados por médicos sem o título de especialista pelo órgão.
Sociedade quer restringir prática da cirurgia plástica.
DE SÃO PAULO – Um evento marcado para esta sexta, em Brasília, vai discutir questões jurídicas acerca da cirurgia plástica. Um dos tópicos é o pedido por parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica de que só médicos especialistas possam realizar esse tipo de procedimento. Segundo José Horácio Aboudib, presidente da entidade, a ideia é aumentar a segurança para o paciente.
“O especialista faz seis anos de faculdade, dois anos de pós ou residência em cirurgia-geral e mais três anos de pós em cirurgia plástica, totalizando 14.400 horas de treinamento. Ele faz uma prova oral e escrita e recebe o certificado. Um médico com esse treinamento tem mais chance de acertar do que um sem”, diz ele.
Hoje, cabe aos médicos decidirem se são capazes ou não de realizar qualquer procedimento. “Já existem discussões no CNJ [Conselho Nacional de Justiça] dizendo que o médico tem de ser especialista para realizar um procedimento. Porém, o CFM [Conselho Federal de Medicina] não tem uma resolução nesse sentido. Para nós, todas as especialidades deveriam ser assim.”
As exceções seriam os médicos em cidades em que não haja especialistas. “Se o médico for o único daquela comunidade, ele vai ter de fazer tudo. Mas nos grandes centros isso não é necessário.”