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Cirurgia Plástica ao redor do mundo

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Não é possível dizer que há um padrão de beleza no mundo. Se em um país a pele clara e branca é valorizada, em outro o consenso é de que é preciso estar bronzeado para ser belo. No entanto, isto pouco importa. O fato é que, apesar de ser impossível definir um consenso universal, as pessoas buscam e valorizam a beleza, seja qual for sua definição. E a cirurgia plástica se tornou uma das formas de perseguir e atingir estes padrões.

Enquanto os americanos sempre foram conhecidos por amarem cirurgias plásticas, o Brasil tomou o posto de “capital” da cirurgia plástica mundial. Em 2013 foram realizados cerca de 1,5 milhões de procedimentos no país, 40 mil a mais do que nos EUA. Estes dados se tornam mais impactantes se for levado em consideração que o país americano tem cerca de 315 milhões de habitantes contra 200 milhões de brasileiros, além da esperada diferença entre a renda per capta dos dois países.

Earth and North America from Space

O aumento de pessoas que se submetem a cirurgias plásticas em terras brasileiras é creditado ao aumento de cirurgiões plásticos capacitados e também ao acesso financeiro facilitado para quem deseja realizar procedimentos, apesar de que o gosto dos brasileiros por cirurgia plástica não ser novo. Um dos indicadores desta “paixão” seria o fato de cirurgiões plásticos como Ivo Pitanguy (também conhecido como um dos fundadores da cirurgia plástica) se tornarem celebridades por aqui. Aliás, o pensamento deste cirurgião plástico de que a beleza é um direito para todos, independentemente da situação financeira ou social do indivíduo, é tão aceita que um instituto foi criado e batizado com seu nome.

Mas, em uma escala global, os EUA e o Brasil são responsáveis por apenas um quarto do total de cirurgias plásticas realizadas. Após eles o país que mais registra procedimentos é o México, com 500 mil por ano, seguido de perto por Colômbia e Alemanha. Se você estiver buscando as taxas de acordo com a população dos países a história é completamente diferente: Coréia do Sul, Grécia e Itália lideram o ranking global. Nestes lugares dez cirurgias plásticas são realizadas para cada 1000 pessoas. Na Coréia do Sul, por exemplo, uma em cada cinco mulheres já se submeteu a algum procedimento. Nos EUA esta taxa é de uma para cada 20.

Os americanos que fazem cirurgias plásticas preferem manter a informação em segredo. Os sul-coreanos, por outro lado, são mais abertos neste assunto. No país asiático é comum que os pais paguem procedimentos para filhos e filhas aos 18 anos e o turismo médico é cada vez maior. A ideia de que a beleza leva ao sucesso profissional e financeiro é algo cultural por lá, apesar de não ser o único país com este tipo de visão. Grécia, Coréia do Sul e Itália não só apresentam um alto número de procedimentos considerados invasivos como também os não invasivos, como o peeling químico. É surpreendente ver a Grécia nesta lista, já que o país enfrente forte crise econômica. Na verdade, o número de cirurgias plásticas têm crescido no país durante este período e a explicação é simples: com menos poder econômico o preço dos procedimentos também cai. Cirurgiões plásticos gregos também afirmam que o aumento se dá por conta da necessidade das pessoas se sentirem bem consigo mesmas durante tempos problemáticos – para muitos deles a crise se tornou uma oportunidade.

Para resumir, a cirurgia plástica está crescendo em todos os lugares. As operações continuam a se tornar mais seguras, mais efetivas, mais rápidas, financeiramente mais viáveis e não mais consideradas como um tabu social.

Você se surpreendeu com algum dos dados?

 

Texto de autoria de Kelly Cook publicado no site Real Self. 

Crédito da foto: IronRodArt – Royce Bair (“Star Shooter”) via Compfight cc

Assimetria dos seios na saúde mental de adolescentes

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Assimetria mamária afeta a auto-estima e a saúde emocional, reporta a revista Cirurgia Plástica e Reconstrutiva

 Diferenças no tamanho dos seios impactam significativamente a saúde mental de garotas adolescentes, afetando a auto-estima, o bem-estar emocional e a capacidade de interação social, informa a edição de dezembro da Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, revista médica oficial da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (American Society of Plastic Surgeons (ASPS)).

Mais do que uma “questão estética”, a assimetria das mamas pode ter efeitos psicológicos e emocionais negativos , de acordo com o estudo do Dr. Brian I. Labow, cirurgião membro da ASPS, e outros profissionais do Hospital Infantil de Boston. Eles sugerem que a intervenção precoce pode ter benefícios para a saúde mental até mesmo de mulheres jovens com diferenças relativamente moderadas no tamanho dos seios.

IMPACTO DA ASSIMETRIA MAMÁRIA NA SAÚDE MENTAL DE GAROTAS ADOLESCENTES

Os pesquisadores avaliaram a capacidade psico-social e a qualidade de vida associada à saúde de 59 adolescentes e jovens mulheres (12 a 21 anos) com assimetria mamária. Em todas as pacientes, os seios diferiam em pelo menos um tamanho de sutiã. Avaliações similares foram realizadas em um grupo de garotas que não sofriam de assimetria mamária e em outro de garotas que sofriam de hipertrofia mamária (crescimento excessivo dos seios).

A idade média era de 17 anos em todos os grupos. Cerca de 40% das garotas com assimetria mamária possuíam mamas tuberosas, uma malformação congênita em que os seios não se desenvolvem normalmente.

Diversos aspectos da saúde mental e bem-estar eram inferiores para garotas com assimetria mamária, comparados aos das garotas com seios “normais”.

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Após adaptações para diferenças no peso corporal, a assimetria mamária foi associada com pontuações significativamente menores para bem-estar emocional e auto-estima.

As diferenças foram similares para garotas com hipertrofia mamária, outra condição comum que possui impacto conhecido na saúde mental. A assimetria mamária também foi associada com questões de “fronteira” nas interações sociais, comportamentos alimentares e atitudes.

NÃO APENAS UMA “QUESTÃO ESTÉTICA”: INTERVENÇÃO PODE TER BENEFÍCIOS NA SAÚDE MENTAL

Diferenças no tamanho dos seios são comuns, especialmente no início da adolescência. Os seios normalmente se igualam com o tempo, mas em algumas garotas a diferença persiste mesmo após a puberdade. O novo estudo é o primeiro a focar no impacto da assimetria mamária na saúde mental.

“Estes resultados sugerem que pacientes sofrendo de assimetria mamária possuem bem-estar emocional mais pobre e auto-estima menor do que os das outras mulheres,” escreveram o Dr. Labow e co-autores. Eles observaram que o impacto na saúde mental é similar tanto para garotas com assimetria mamária moderada quanto para garotas com assimetria mamária mais severa.

Os efeitos psico-sociais são semelhantes aos que garotas com seios excessivamente grandes sofrem, assim como garotos que sofrem de crescimento das mamas (ginecomastia) e mulheres com diferenças nos seios devido à cirurgia de câncer de mama. Os pesquisadores notam que apesar de provisões do governo assegurarem cobertura dos planos de saúde para a cirurgia que corrige assimetria mamária em sobreviventes do câncer de mama devido a efeitos psicológicos conhecidos, o mesmo não acontece para jovens mulheres com assimetria mamária congênita. Como resultado, o tratamento em adolescentes normalmente não é reembolsado pelos planos, com a justificativa de que não há “deficiência funcional”.

“A obsevação do efeito prejudicial da assimetria mamária no bem-estar emocional de adolescentes com esta condição pode indicar a necessidade de intervenção precoce para minimizar resultados negativos,” escreveram o Dr. Labow e co-autores. Eles notam que isto não significa necessariamente intervenção cirúrgica, especialmente para as garotas mais jovens, para as quais aconselhamento e apoio seriam mais apropriados.

No entanto, para as garotas que terminaram de se desenvolver e ainda possuem uma assimetria mamária, a correção cirúrgica pode trazer benefícios emocionais importantes.

“Apesar de existirem barreiras substanciais para o tratamento, a avaliação e intervenção precoces podem ser benéficas para estas pacientes e deveriam incluir controle do peso e aconselhamento psicológico,” concluem Dr. Labow e seus colegas.

“Este importante estudo foi capaz de concluir que a assimetria mamária, que infelizmente é classificada com frequência como um problema estético, é, na verdade, uma condição com efeitos psicológicos e emocionais duradouros, assim como a hipertrofia mamária,” comenta o editor-chefe da revista, Dr. Rod J. Rohrich.

 

Fonte: ASPS

Crédito da Foto: Collin Key via Compfight cc

Andressa Urach injetou 200 vezes mais hidrogel do que o usual, diz médico

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Necrose, embolia pulmonar, infecções e até morte estão entre os riscos do uso do hidrogel, substância que tem em sua composição gel e microesferas de poliamida — semelhante ao plástico. O produto foi o que causou processo de infecção na modelo e apresentadora Andressa Urach, de 27 anos, internada em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Conceição, em Porto Alegre.

Andressa, que na noite desta terça-feira (2), ainda respirava com ajuda de aparelhos, aplicou hidrogel nos membros inferiores há cinco anos em uma clínica especializada, em São Paulo.

O material é usado para o preenchimento de coxas e glúteos, em geral, de mulheres que buscam o corpo perfeito. Mas a prática não é recomendada por cirurgiões plásticos, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, João de Moraes Prado Neto.

— É autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas não para ser usado nessa magnitude. Ele tem função de fazer pequenos preenchimentos, como cicatrizes e preenchimentos na face, que se resolvam com 1 ou 2 ml da substância.

 

Complicação

Cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Marco Cassol diz que o quadro de Andressa pode ter sido agravado pelo uso de duas substâncias.

— O problema é que ela aplicou volume muito grande de hidrogel na coxa. Foram 400 ml. Além disso, tinha feito o uso do metacril antes.

O metacril, segundo Prado Neto, é o polimetilmetacrilato, outro produto usado em preenchimentos, composto por substância semelhante ao acrílico.

No caso do hidrogel, após ser aplicado com cânula, ele fica agregado ao músculo e faz com que ele inche, segundo Cassol.

— Ele é considerado um preenchimento de longa permanência, mas nunca vai ser completamente absorvido pelo organismo.

Quando injetado com seringa, os riscos aumentam.

— Com agulha, pode perfurar algum vaso, colocar a substância na corrente sanguínea e causar uma embolia pulmonar.

O cirurgião plástico Marcelo Olivan, do Hospital das Clínicas de São Paulo, diz que o tratamento é complexo quando há infecção.

— Não tem como retirar (o hidrogel) totalmente e com segurança. Ele se ramifica no tecido. Se um dos ramos estiver machucando o músculo, no processo de retirada, pode infeccionar. Para tirar o quadro infeccioso, é preciso retirar parte do músculo.

Segundo o último boletim médico da modelo, “a paciente encontra-se sedada e respirando com auxílio de aparelhos”. Na tarde de segunda-feira (1º), Andressa foi submetida a uma cirurgia, com o objetivo de combater a infecção das pernas. O procedimento ocorreu normalmente, “não havendo nenhuma intercorrência”.

Andressa chegou ao hospital no sábado (29) às 22h30 reclamando de fortes dores na coxa esquerda. No dia 21, ela havia passado por cirurgia para a retirada de hidrogel da perna e deixou o hospital bem. No domingo e anteontem, ela repetiu o procedimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Fonte: Portal R7

Comunicado Oficial

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Tendo em vista a gravidade dos últimos acontecimentos envolvendo o uso indiscriminado do produto HIDROGEL, vimos informar que a SBCP não recomenda o uso deste produto em procedimentos estéticos, ainda que a ANVISA admita sua utilização até o limite de 50cc, em quaisquer que sejam as regiões anatômicas.

Por tratar-se de material (produzido em laboratório da Ucrânia) cujos estudos científicos a longo prazo são inconclusivos, entendemos que, a semelhança do que ocorre com o PMMA (metacryl, bioplastia), sua utilização deve ser restrita a procedimentos considerados reparadores.

Outrossim, alertamos que segundo nos informa o site da ANVISA, a licença de comercialização do HIDROGEL está vencida desde o dia 29 de dezembro de 2013, o que faz o seu uso um ato de contravenção sujeito à penalidades.

Atenciosamente,

João de Moraes Prado Neto
Presidente SBCP – Nacional

Reparação de orelhas

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Cresce o número de cirurgias para reparar orelhas deformadas pelo uso de “piercings tribais” e alargadores.

High Wycombe, Inglaterra – Liam Palmer diz que seu sonho é servir no exército britânico. Os militares, porém, se recusam a aceitar o garoto de 21 anos com buracos nas orelhas pelo uso de piercings e alargadores.

“Eu não me arrependo. [Usar alargadores de orelha] Foi uma parte de quem eu era”, Palmer disse sobre seus antigos dias de contracultura – cabelo arrepiado, jeans apertados e alargadores de orelha.

Médicos dizem que os furos nas orelhas que são alargados até um diâmetro maior do que 1.3 cm (13 mm), como os de Palmer, não voltarão a encolher ou fechar naturalmente. Retirar o excesso de pele é o único jeito de repará-las. Por isso, Palmer passou por uma cirurgia estética para remodelar seus lóbulos. O cirurgião plástico Adrian Richard diz que o processo envolve remover o excesso de tecido alargado da orelha e usar pontos internos e externos nos lóbulos para recriar um formato mais normal.

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Os cirurgiões anestesiam a orelha para o procedimento, mas o paciente fica acordado. As técnicas cirúrgicas e estéticas podem variar, mas os médicos dizem que, após a cirurgia, o paciente fica apenas com uma cicatriz bem escondida ao longo do contorno natural do lóbulo reconstruído.

Palmer não é o único passando por este procedimento. Richards, que realizou a operação do jovem, disse que viu um grande aumento no número destas cirurgias no último ano devido ao estigma negativo que cerca o que ele chama destes “túneis de carne”.

“Nós tivemos pacientes do Exército ameaçados de serem dispensados caso não passassem pelo procedimento para reparar suas orelhas,” disse Richards, diretor da Clínica Aurora. Ele diz que atende cerca de dez novos pacientes todo mês perguntando sobre o procedimento, desde profissionais do golfe até membros do clero, professores de escola até soldados.

O Exército Americano anunciou em maio uma repressão sobre os piercings maiores que um brinco convencional em suas tropas.  O website do Exército destaca um novo regulamento que proíbe os soldados de “mutilar seu corpo intencionalmente… incluindo… alargar as orelhas (buracos com diâmetro maior do que 1.6 mm nos lóbulos das orelhas).”.

A cirurgia de reconstrução de lóbulos é mais predominante no Reino Unido do que nos Estados Unidos, disse o Dr. Michael Edwards, presidente da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica Estética (American Society for Aesthetic Plastic Surgery). Porém, cirurgiões de Los Angeles e Seattle também estão realizando o procedimento de reconstrução. “Os pacientes se dão conta de que os alargadores de orelha não estão sendo bem vistos quando se trata da procura e competição por emprego ou trabalho – assim como as tatuagens,” disse Edwards.

Edwards aponta que o custo da cirurgia pode variar entre $1,500 e $3,000 nos Estados Unidos. No Reino Unido, o custo da cirurgia está, em média, um pouco acima de $3,000.

Após a cirurgia, Palmer disse a CBS News que espera que a mudança em sua aparência compense. “Isto é pelo Exército, [eu estou] um passo mais próximo,” ele disse. O curativo de Palmer sairá em aproximadamente uma semana. Então, ele disse, está em suas mãos atender as exigências para realizar seu sonho de entrar para o Exército.

 

Fonte: CBS News

Crédito da Foto (Editada): Sarah F. Bowman via Compfight cc

O primeiro cirurgião plástico do mundo pode ter sido indiano

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Ao longo do fim de semana, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, causou surpresa quando sugeriu que a Índia Antiga possuía habilidade na cirurgia plástica. A afirmação do político indiano teve base em um exemplo mitológico: de que outra maneira Shiva teria implantado uma cabeça de elefante em Ganesha depois de tê-lo guilhotinado?

 Isso não foi tudo. Modi também disse, durante inauguração de um centro médico e de pesquisa em Mumbai, que a Índia Antiga também tinha conhecimentos na ciência genética. Para dar suporte a sua afirmação, ele apontou que Karna, personagem da Mahabharata (estória da mitologia indiana), nasceu fora do útero de sua mãe.

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(Foto: Reprodução Quartz/Wellcome Library, London.)

 Ao citar mitologia como evidência concreta de progresso científico, Modi pareceu se expor ao ridículo. Jornais da Índia e do exterior não perderam a oportunidade de fazer comentários sarcásticos sobre os argumentos do primeiro-ministro e, como era de se esperar, usuários de mídias sociais também entraram na brincadeira.

Modi poderia ter se poupado da vergonha se tivesse deixado de lado a mitologia e procurado documentos em sânscrito reais. Se tivesse olhado o Sushruta Samhita (texto em sânscrito clássico sobre cirurgia), por exemplo, teria encontrado a descrição de uma das primeiras cirurgias plásticas do mundo por Sushruta. Em seu texto, Sushruta escreve sobre enxertar um pedaço de pele da bocheca no nariz, por volta de 600 BCE.

Ele também coloca instruções de como reconstruir um nariz com um enxerto pediculado de pele viva retirada da bochecha, tratando com alcaçuz e sândalo. Europeus não aperfeiçoaram a rinoplastia até o século 19.

Sushruta não foi o primeiro médico indiano a detalhar seus tratamentos. Shalihotra, possivelmente o primeiro veterinário de que se tem registro no mundo, escreveu um longo texto sobre os cuidados de cavalos, alguns milhares de anos antes. Ele não só recomendou quais medicamentos dar aos cavalos quando estivessem doentes como também detalhou procedimentos cirúrgicos como operações de olhos e sangria.

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(Foto: Reprodução Quartz/Wellcome Library, London.)

 Como é evidente, a Índia possui uma longa e próspera história em tratamentos médicos. Sistemas medicinais tradicionais como unani e ayurveda, que envolvem terapia holística, são populares na Índia até hoje. Enquanto são vistas com certa desconfiança por praticantes da medicina ocidental, essas práticas possuem até um ministério da saúde próprio, AYUSH, que lida com ayurveda, yoga, unani, siddha e naturopatia.

Evidências visuais da longa história médica da Índia podem ser encontradas na coleção do The Wellcome Trust, uma instituição de caridade internacional voltada para a saúde, fundada em Londres, que vem coletando imagens de práticas medicinais de todos os lugares do mundo desde a década de 1980. A biblioteca tem mais de 250.000 pinturas, impressões e desenhos, dos quais alguns documentam a transição da medicina indiana para a ocidental.

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(Foto: Reprodução Quartz/Wellcome Library, London.)

 

Fonte: Quartz

Crédito das Fotos: Reprodução Quartz/Wellcome Library, London.

Com 12 pinos no rosto, volta a sorrir natalense que foi desfigurada por ex

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Fabiene Martins, de 25 anos, fez cirurgia para reconstruir ossos da face. Agredida em abril, ela ainda espera que a polícia encontre o ex-marido dela.

Seis meses após ter o rosto completamente desfigurado ao levar uma surra do ex-marido, a dona de casa Fabiene Gonzaga Martins, de 25 anos, voltou a sorrir. A agressão aconteceu entre a noite de 20 para a madrugada de 21 de abril, na Zona Leste de Natal. Neste sábado (25), ela enviou uma foto para o G1 para mostrar que está alegre com o resultado da cirurgia. Para reconstruiu dois ossos fraturados na face, foram implantados 12 pinos e três placas de metal. “As cicatrizes estão perto dos olhos, por isso uso óculos escuros. Aos poucos vou retomando minha vida”, disse ela.

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Apontado como o agressor, o tatuador Leandro José de Lima, de 23 anos, continua livre. Ele é procurado pela polícia desde que foi denunciado na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher da Zona Sul da cidade. O mandado, expedido pela Justiça, foi pedido delegada Karen Cristina. Ela ressalta que está recebendo denúncias e informações sobre o caso nos telefones (84) 3232-2526 ou 190. “O mandado de prisão está na internet, e qualquer policial pode fazer o cumprimento”, acrescenta.

Apesar do sucesso da cirurgia, Fabiene espera por um novo procedimento médico. “Meu desejo é tirar as marcas que ficaram. E pra isso tenho que fazer uma cirurgia plástica”, ressalta. Na próxima terça-feira, dia 28, ela deve ser novamente avaliada pela equipe médica que vem acompanhando o tratamento. “Quero recomeçar. E também quero que ele pague pelo sofrimento que fez passar”, disse Fabiene ao se referir ao ex-marido.

Ainda sobre o tatuador, a mulher revelou que precisou trocar o número do telefone para não ser mais importunada. Poucos dias após ser espancada, inclusive, Fabiene afirma ter recebido mensagens pelo celular, nas quais Leandro teria feito declarações de amor. Em uma delas, foi escrito: ‘Te amo nunca vou apagar seu nome vai ta sempre no meu corpo pra sem’ (SIC). Em outra, há um pedido de perdão: ‘Ta certo meu amor me perdoa pelo amor de deus tenta evitar o pior p’ (SIC).

O espancamento

A dona de casa afirma que foi espancada dentro da casa de Leandro, que fica no Passo da Pátria, na Zona Leste da cidade. Ela disse que fazia uma semana que havia se separado dele porque não aguentava mais apanhar, mas teve que procurá-lo porque foi buscar o filho do casal, um garoto de 4 anos. “Mandei meu filho para visitá-lo pelo irmão dele. Mas na hora de buscar o menino ele (Leandro) quis que eu fosse até lá”, explica Fabiene.

Quando chegou à residência do ex-companheiro, a mulher conta que Leandro “foi super amoroso no começo, mas quando percebeu que não tinha acordo passou a ficar agressivo”. Fabiene diz que foi espancada com o cabo de um rodo, além de ter levado socos no rosto.

No dia seguinte, Fabiene foi ao Instituto Técnico-Científico de Polícia para fazer exame de corpo de delito. Na ocasião, ela tinha vários pontos na cabeça, hematomas por todo o rosto e sangue coagulado nos glóbulos oculares.

 

Fonte: G1

Crédito da foto: Reprodução/Arquivo Pessoal/Matheus Magalhães G1

Dubai cria incentivos para ‘turbinar’ turismo de cirurgia plástica

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Emirado criou visto especial e lançou campanha pró-turismo estético. Cirurgião brasileiro se mudou para lá para investir no mercado estético.

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O cirurgião italiano Roberto Viel faz um tratamento na cliente, também italiana, Irina Tzoneva, em Dubai.

(Foto: Reprodução G1/Kamran Jebreili/AP)

Conhecida por sua celebração do glamour e do luxo, Dubai quer agora dominar o mercado de cirurgia plástica do Oriente Médio e atrair meio milhão de turistas médicos em seis anos.

Após investir em infraestrutura médica nos últimos anos, o emirado passou a oferecer vistos de três meses renováveis para turistas médicos e seus acompanhantes e lançou uma campanha para se tornar conhecido como o principal destino do Oriente Médico para bem estar e cirurgia plástica.

O plano é atrair 20 milhões de turistas até 2020 — meio milhão deles, turistas médicos que renderiam 2,6 bilhões de dirhams (R$ 1,77 bilhões) ao país. A Associação de Saúde de Dubai afirma que cerca de 120 mil turistas médicos foram à região no ano passado, gerando um lucro de cerca de US$ 200 milhões (cerca de R$ 500 mil) – um aumento de 12% em relação ao ano anterior.

Globalmente, o turismo médico é um grande negócio, que, segundo estimativas, gera entre US$ 50 bilhões (R$ 125 bilhões) e US$ 60 bilhões (R$ 150 bilhões) por ano e deve crescer para US$ 100 bilhões anuais na próxima década.

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Inglesa se submete a procedimento estético em Dubai. (Foto: Reprodução G1/Kamran Jebreili/AP)

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O cirurgião plástico brasileiro Luiz Toledo, que saiu do Brasil em 2006 para atender em Dubai.

(Foto: Reprodução G1/Kamran Jebreili/AP)

Para aproveitar a demanda do Golfo por procedimentos cosméticos, o médico brasileiro Luiz Toledo, um dos mais famosos cirurgiões plásticos para procedimentos de lipossucção e “lifting do bumbum brasileiro”, fechou seu consultório no Brasil e se mudou para Dubai em 2006 porque vislumbrou menos competição e mais oportunidades para manter a qualidade alta — e os preços também.

No ano passado, ele atendeu pacientes de 73 países. Seu consultório novo tem uma ala privativa para os clientes mais VIP. “Se você pensar, 20 anos atrás ninguém no mundo tinha ouvido falar de Dubai. E hoje não há uma pessoa no mundo que não tenha ouvido falar daqui”, diz Toledo.

Toledo diz que, enquanto nos EUA há 20 cirurgiões plásticos para cada 1 milhão de habitantes, em Dubai há 52 por milhão. A Sociedade de Cirurgia Plástica dos Emirados afirma que o número de membros mais que dobrou nos últimos oito anos.

Vasilica Baltateanu, que iniciou a primeira consultoria em cirurgia plástica nos Emirados Árabes Unidos, disse que o glamour de Dubai está atraindo turistas interessados em relaxar nos spas e fazer procedimentos estéticos. “Eles não vão mais a Beirute, como antes, porque Dubai é muito mais seguro”, diz. “Temos aqui os melhores restaurantes, os melhores hotéis. Então você faz um cirurgia e ao mesmo tempo pode ter umas férias agradáveis”, afirmou.

 

Fonte: G1

Créditos das fotos: Reprodução G1/Kamran Jebreili/AP