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4 passos importantes para Cirurgia Plástica segura

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Todos os dias ouvimos histórias sobre procedimentos estéticos que transformam a vida de pessoas: mulheres que se submeteram a  procedimentos de redução de peso para finalmente ficarem saudáveis pela primeira vez em anos; mães que reconquistaram sua confiança após passarem as últimas duas décadas focadas em seus filhos; e sobreviventes de câncer de mama que recuperaram suas curvas através do procedimento de reconstrução dos seios após passarem por uma mastectomia.  Do lado médico, também há o maravilhoso trabalho filantrópico que nossos médicos realizam, viajando ao redor do mundo e oferecendo cuidados de saúde para aqueles que precisam.

Estas histórias são emocionantes e incrivelmente inspiradoras, mas há um lado diferente da cirurgia plástica que lança uma sombra sobre estas jornadas positivas.

Nós podemos ver nas manchetes frequentemente: histórias de mulheres que sofreram danos permanentes (ou ás vezes até morte) depois de se submeterem a procedimentos estéticos inseguros num esforço para economizar dinheiro. Após as recentes mortes trágicas de duas mulheres britânicas que viajaram para outros países para encontrar cirurgiões não licenciados, a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS)) emitiu um alerta sobre turismo médico.

“Cirurgia estética no exterior pode ser muito perigosa porque os padrões variam de um país para o outro. É essencial que os pacientes procurem por cirurgiões plásticos certificados pelos conselhos de medicina locais, independentemente de onde forem realizar o procedimento”, apontou o Dr. Susumu Takayanagi, Presidente da ISAPS. “A segurança dos pacientes é a nossa maior prioridade. A participação na ISAPS é exclusiva para cirurgiões plásticos certificados pelo conselho de medicina, que devem, ainda, ser membros de sua respectiva sociedade de cirurgia plástica nacional.”

“Pacientes são presas de médicos não licenciados porque se acredita erroneamente que qualquer indivíduo com um diploma de medicina pode realizar qualquer procedimento cirúrgico com segurança”, adiciona o Dr. Michael C. Edwards, presidente da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica Estética (American Society for Aesthetic Plastic Surgery). “Há uma necessidade de os países estabelecerem regulamentações rígidas controlando quem pode realizar procedimentos de cirurgia plástica e em que ambientes cirúrgicos eles podem ser realizados.”

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A ISAPS está pedindo por mudanças globais na legislação para evitar estas mortes desnecessárias. Para quem está considerando um procedimento estético, tanto no país de origem quanto no exterior, eles compartilharam quatro passos importantes que você deve realizar para garantir a cirurgia mais segura com o melhor resultado possível:

• Pesquise sobre o tipo e a duração do procedimento: Escolha um procedimento que é ideal para você. Pesquise extensamente e tenha expectativas realistas. Se você vai realizar diversos procedimentos, tenha certeza de que a cirurgia pode ser finalizada em uma quantidade segura de tempo. Um procedimento estético típico pode ser finalizado em 1 a 3 horas. Uma combinação de procedimentos não deve demorar mais do que 5 a 6 horas.

• Compartilhe seu histórico médico com o seu cirurgião: É essencial que o cirurgião plástico tenha um histórico e uma avaliação médica para determinar se você tem riscos de complicações ou se é um mau candidato a cirurgia estética. É essencial revelar quaisquer problemas de saúde e/ou procedimentos anteriores que você realizou. Omitir detalhes pode trazer sérias consequências.

• Cirurgião: Escolha um cirurgião que seja licenciado pelo conselho de medicina local (no Brasil a SBCP), com experiência no procedimento pelo qual você vai passar e que possua excelente histórico médico de segurança. Verifique as credenciais de treinamento com o conselho de medicina do país dele.

• Ambiente Cirúrgico: Os padrões variam de acordo com o país. Se a cirurgia será realizada em um hospital, tenha certeza de que o hospital é creditado ou credenciado pelos órgãos locais. Peça por informações de certificado e o nome do corpo de certificação. Se um centro cirúrgico ambulatorial será utilizado, procure saber se ele é credenciado pela Associação Americana para Credenciamento de Cirurgia Ambulatorial Internacional (American Association for Accreditation for Ambulatory Surgery Facilities International (AAAASFI)), por uma organização internacional que oferece credenciamento de instalações cirúrgicas ou um corpo similar de credenciamento e acreditação.

Fonte: RealSelf

Crédito da Foto: thinkpanama via Compfight cc

10 dicas para ter uma noite de sono melhor

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Cansado de se sentir como um zumbi no período da manhã? Então este pode ser o momento para fazer algumas mudanças de estilo de vida para dormir mais à noite.

Aqui estão 10 dicas de especialistas de saúde e pessoas comuns que têm encontrado o segredo para um sono tranquilo.

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1) Desligue os dispositivos eletrônicos, como TV e telefone celular, pelo menos uma hora antes da sua hora de dormir, sugere Heidi Hanna, diretora-executiva da SYNERGY e autora do livro “Stressaholic.”

2) Faça mais intervalos durante o dia para recarregar as energias. Assim você não aumenta constantemente os níveis de estresse sem qualquer alívio, explica Hanna. Estas pausas podem incluir a prática de meditação.

3) Faça atividades físicas de forma consistente, incluindo 20 minutos de atividade aeróbica intensa todos os dias, acrescentou Hana. Se você é super-ocupado, pode usar apenas cinco minutos durante diferentes partes do dia para subir e descer as escadas, por exemplo.

4) Mantenha um bloco de notas perto da cama para anotar todas as idéias que surgem em sua mente assim que você começa a cair no sono, disse Hanna. Quando você está relaxado, seu cérebro tende a vir para cima com as suas melhores idéias.

5) Seja claro e consistente nas suas horas de vigília, afirma Dr. Jose Colon, fundador do “Paraíso do Sono” e autor de “A Dieta do sono, uma nova abordagem para a insônia”. Pessoas com insônia podem tentar compensar o sono perdido tirando sonecas ou dormindo nos fins de semana, o que pode arruinar a sua capacidade para ter um sono saudável.

6) Certifique-se de manter uma dieta saudável para ajudar a estabilizar os níveis de açúcar no sangue e evitar o consumo excessivo de carboidratos tarde da noite, aconselha Dr. Barry Sears, autor de “A Zona do Mediterrâneo.”

7) Não utilize o seu quarto e cama para actividades diurnas, como jogos ou trabalho, adverte Lisa Bahar, um conselheiro profissional clínico licenciado.

8) Evite beber álcool à noite, disse Bahar. O consumo de álcool não promove um sono reparador, embora possa parecer à primeira vista para acalmar os nervos.

9) Acorde e vá dormir à mesma hora todos os dias, inclusive nos fins de semana, para que o corpo tenha em uma rotina diária, recomenda a Dra. Jennifer Caudle, professora assistente na Faculdade de Medicina Osteopática da Universidade de Rowan.

10) Verifique se o seu quarto tem condições ideais para dormir, disse Caudle. Por exemplo, manter a temperatura ambiente fresco e escuro ou com baixa iluminação. Tenha um colchão e travesseiros que são confortáveis na medida do possível. Você também pode colocar cortinas black-out para bloquear qualquer luz indesejada.

Fonte: EmpowHER
Autora: Rheyanne Weaver

SBCP – Responsabilidade civil do médico

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SBCP fala sobre responsabilidade civil do médico cirurgião durante evento com magistrados em MT

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Dênis Calazans, encerrou o primeiro dia (terça, 19) do seminário do Seminário Sobre Judicialização da Saúde, organizado pela Amam (Associação Mato-Grossense de Magistrados) e pelo CRM-MT (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso). Calazans falou sobre a responsabilidade civil na visão do médico cirurgião plástico. “A cirurgia plástica carrega ainda aquele condão de que é uma especialidade com a obrigação de trazer o resultado esperado pelo paciente. Mas a medicina não é uma ciência exata. Cada corpo pode reagir de uma forma diferente. Um dos papéis da SBCP nesse encontro é fazer um manifesto contrário a esse movimento. Outro é expor para o judiciário da região a realidade da cirurgia plástica hoje e as bandeiras da SBCP, dentre as quais vale destacar a segurança do paciente e o exercício da atividade somente por profissionais especialistas”, afirma Dênis Calazans.

O evento acontece em Cuiabá (MT), e termina hoje às 22 horas, com apresentação do juiz coordenador do Núcleo de Atendimento Técnico (NAT), Agamenon Alcântara Moreno, reuniu autoridades na área médica e jurídica, como o presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital e o desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco Luiz Carlos Moutinho.

Cirurgiões plásticos que escutam música fazem suturas melhores e de forma mais rápida

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Com informações do Telegraph. Leia a matéria original, em inglês, aqui.

 

Uma nova pesquisa indica que cirurgiões que escutam suas músicas favoritas durante procedimentos suturam melhor e mais rápido. Qualquer coisa, desde Bach até Robbie Willians, pode servir como a trilha perfeita, desde que seja a preferida do cirurgião.

 

Enquanto estudos anteriores demonstraram que a música na sala de operação reduz a pressão sanguínea dos cirurgiões, os cientistas agora acreditam que isso também melhora a performance dos médicos.

 

O estudo convidou 15 cirurgiões plásticos para fazerem suturas em pele de porco, que tem textura semelhante à humana. Os profissionais foram divididos em dois grupos: um desempenhou a tarefa escutando música e outro não.

 

 

Em média os cirurgiões plásticos que ouviam música foram 7% mais rápidos. Profissionais mais experientes tiveram desempenho ainda melhor, sendo 10% mas velozes.

 

Além disso os pesquisadores observaram que a qualidade com que a tarefa foi desempenhada, independentemente de terem escutado música na primeira ou na segunda oportunidade.

 

O Dr. Shelby Lies, da Universidade do Texas e um dos autores do estudo, afirmou que passar menos tempo na sala de operação pode reduzir custos significativamente, especialmente quando fechar a incisão é uma parte longa do procedimento, como em abdominoplastias.

 

Já o Dr. Andrew Zhang, também da Universidade do Texas e um dos autores do estudo, afirmou que a pesquisa comprovou que cirurgiões plásticos que escutam música melhoram a eficiência e a qualidade na sutura de procedimentos, o que pode ser traduzido em economia de custos e melhores resultados para os pacientes.

 

O estudo foi publicado no Aesthetic Surgery Journal.

Três tendências que estão mudando a cirurgia plástica

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A coisa mais “quente” na cirurgia plástica talvez não seja retirar gordura, mas adicioná-la.

 

Um novo remédio criado para eliminar o queixo duplo das pessoas chamou atenção da mídia recentemente, mas cirurgiões plásticos dizem que as principais tendências da área dizem respeito a outras partes do corpo.

 

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Enquanto o foco nas últimas semanas foi o Kybella – uma injeção que promete destruir células de gordura abaixo do queixo recentemente aprovada pela Food Drug Administration (EUA) – profissionais consultados pela TIME dizem que as mulheres estão focando em três objetivos: glúteos maiores, lábios genitais menores e um rosto mais suave e recheado.

 

A Lipoaspiração e a mamoplastia de aumento continuam sendo os procedimentos mais realizados, mas cirurgiões plásticos dizem que mudanças culturais e avanços na ciência aumentaram a popularidade de cirurgias plásticas menos conhecidas.

 

O maior aumento em 2014 foi a gluteoplastia de aumento, que aumento 86% em comparação com o ano anterior, segundo dados da American Society for Aesthetic Plastic Surgery (ASAPS). Foram 21.446 procedimentos do tipo, de acordo com dados coletados em questionários respondidos por 786 cirurgiões plásticos, otorringolarogista e dermatologistas. O Dr. Michael Edwards, presidente da ASAPS, afirma que o aumento tem relação com a exposição de celebridades como Kim Kardashian, mas o cirurgião plástico prevê que esta é mais uma tendência passageira do que algo a longo termo.

 

Talvez mais surpreendente seja o aumento de 49% no último ano de cirurgias plásticas íntimas, um procedimento que reduz o tamanho ou reconstrói os lábios inferiores da genitália feminina. Os mesmos dados coletados mostram que em 2014 foram 7.535 cirurgias plásticas do tipo, um aumento que o Dr. Edwards credita ao maior conhecimento de que a técnica estava disponível. O presidente da ASAPS também afirma que as mulheres podem ter consciência de que sua lábia é grande e pode aparecer quando estiver usando um biquíni ou então que reduzi-la pode diminuir o desconforto na prática de exercícios físicos. Algumas mulheres podem se sentir “devastadas” com o tamanho da lábia, mas quando elas desejam apenas “pequenos reparos”, o Dr. Edwards afirma que tenta demovê-las da idéia.

 

Apesar de todo o burburinho criado com a aprovação do FDA da injeção que promete destruir células de gordura embaixo do queixo, cirurgiões plásticos acreditam que no futuro a principal tendência será colocar gordura a certas partes do corpo. Conforme as pessoas envelhecem, elas perdem volume na face e adicionar um pouco de gordura, combinado ou não com um facelift, será um procedimento popular de acordo com o Dr. Edwin Willians, presidente eleito da American Academy of Plastic and Reconstructive Surgery. Os médicos estão começando a compreender como o processo, chamado de enxerto de gordura ou restauração volumétrica, funciona. O que os médicos estão entendendo é como o enxerto de gordura reorganiza as fibras elásticas abaixo da pele e fazem o paciente ter uma aparência rejuvenescida.

 

Independentemente da cirurgia plástica, é certo que os americanos (e os brasileiros também, afinal o país é vanguarda e líder mundial em procedimentos cirúrgicos) não se cansam de cirurgia plástica.

 

Com informações da TIME.

Foto sob licença CC0 1.0 

Implantes de próteses de silicone nas panturrilhas são diferentes de implantes nas mamas?

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O relato abaixo foi publicado no site Smart Beauty Guide pelo Dr. Jonathan Kaplan, integrante da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica Estética, e levanta uma questão interessante. Apesar de serem procedimentos semelhantes, os implantes de próteses de silicone na panturrilha não são tão comuns quanto nas mamas e podem despertar nas pessoas um sentimento de futilidade. Mas por quê? Leia abaixo e entenda melhor como este procedimento pode ajudar a recuperar ou elevar a autoestima das pessoas!

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Um homem adulto, saudável e feliz no casamento me procurou há alguns anos. Apesar de tudo parecer bem, alguma coisa estava faltando para ele. Sua autoconfiança estava sendo afetada por suas panturrilhas pouco desenvolvidas. O paciente se exercitava regularmente, mas não conseguia desenvolver este músculo na mesma proporção que o resto de seu corpo. Suas expectativas eram razoáveis e ele não era um halterofilista ou usava esteróides. Era apenas alguém que queria estar em forma, com um corpo bem tonificado.

Sua autoconfiança era tão afetada que ele não se sentia confortável quando usava bermudas. Curiosamente, a ansiedade do paciente levou sua mulher a me procurar, com o consentimento dele, para discutir esta situação enquanto ele estava fora da cidade. A esposa era claramente solidária com os sentimentos do paciente, mas sabia o quanto as panturrilhas de seu marido o incomodavam e queria ajudá-lo da forma que pudesse.

Depois de ler o relato acima você acha que esta situação é ridícula? Por que alguém deveria se preocupar tanto com suas panturrilhas se elas são saudáveis? Você tem o direito de pensar assim, mas volte a ler o trecho trocando o marido pela esposa e as palavras panturrilhas por mamas.

Você sente diferença? No mundo de hoje penso que existe muito menos desprezo pelos implantes de próteses de silicone mamárias do que pelos implantes de próteses de silicone nas panturrilhas. Será que é por que vivemos em uma sociedade que valoriza mulheres com mamas fartas e pensam que homens e cirurgia plástica são algo que estão à margem? Eu reconheço que implantes de próteses de silicone nas panturrilhas não são comuns, mas ao mesmo tempo não consigo fazer distinção entre uma mulher que deseja ter mamas maiores e homens que anseiam por panturrilhas maiores que os ajudem a ter mais autoconfiança. Tendo dito isto, o cirurgião plástico ainda precisa examinar bem os pacientes, sejam eles homens ou mulheres, para se certificarem que eles estão maduros psicologicamente para se submeterem a qualquer tipo de procedimento.

No caso este paciente estava preparado e com expectativas realistas e, para completar com um dos meus sinais preferidos de que a pessoa esta apta a passar por uma cirurgia plástica, tinha uma mulher solidária com seus sentimentos. Eles aparentavam estar em uma relação amorosa e feliz. Ele não desejava panturrilhas enormes, apenas algo que o desse melhor definição aos seus músculos.

Este procedimento, que envolve pequenas incisões abaixo da dobra dos joelhos, é bastante simples e pode ser feito de forma segura por um cirurgião plástico integrante da SBCP. Da mesma forma que em uma mamoplastia de aumento, um “bolso” é desenvolvido para receber a prótese. No entanto, ao contrário do aumento das mamas, a prótese é colocada acima do músculo, nunca abaixo dele. O paciente fez o seguimento pós-operatório correto, que incluiu duas semanas sem exercícios pesados para as pernas. Já faz muitos anos que ele passou pelo procedimento e recentemente ele mandou orgulhoso uma foto de suas panturrilhas. Veja por você mesmo.

Reprodução/Smart Beauty Guide

Fonte: Smart Beauty Guide
Foto: Reprodução/Smart Beauty Guide

Novidade em implantes de seios

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Os seios de Hilary Miller já não eram mais como antes. Depois de amamentar duas crianças, eles simplesmente não tinham mais a mesma firmeza da juventude. “Eu gostaria que eles tivessem a mesma aparência que tinham antes”, disse Miller, que trabalha numa empresa de produtos de beleza em Dallas.

Ela sempre quis aumentá-los, mas tinha medo dos implantes de silicone – ainda que eles tivessem sido aprovados pela Food and Drug Administration (agência que regula alimentos e medicamentos nos EUA) em 2006, depois de serem retirados do mercado em 1992 enquanto a FDA avaliava se eram seguros. Depois de anos de litígio e estudos por um painel de especialistas, o gel de silicone foi considerado seguro, mas o estigma permaneceu.

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Muitas mulheres ainda temem “rupturas silenciosas”, isto é, rachaduras que são indetectáveis sem uma ressonância magnética, exame que pode custar milhares de dólares e geralmente não é coberto pelos convênios. Muitas mulheres também temem substâncias estranhas correndo por suas veias, com medo que elas causem doenças autoimunes ou câncer.

“Eu não gosto da ideia de não saber o que está dentro do meu corpo”, disse Miller, 38 anos. Um implante de solução salina também não a atraía – ela não queria sentir que tinha dois balões de água debaixo da blusa.

Então, em setembro, Miller fez o chamado Ideal Implant (Implante Ideal), que diz proporcionar uma “sensação natural, sem gel de silicone”. Os implantes, criados por um cirurgião plástico de Dallas, o dr. Robert Hamas, são feitos de solução salina. Mas, em vez de balançar, se curvar ou dobrar, como costuma acontecer com os implantes salinos, eles são tão macios quanto o gel.

“Eles ficaram bonitos. A sensação é natural”, disse Miller, que pagou cerca de US$ 7.000 (R$ 26.250) pelos implantes e um lift nos seios. “Eu gosto da forma como eles se encaixam nas minhas roupas. Estou muito feliz.”

Uma análise de 2014 na revista Archives of Plastic Surgery revelou que rupturas silenciosas ocorreram em 9% a 12% dos casos, oito anos após a implantação. A FDA aconselha que as mulheres que têm implantes de gel de silicone façam uma ressonância magnética três anos após a cirurgia, e depois disso a cada dois anos. Ao contrário do silicone, implantes salinos murcham quando há um vazamento, por isso é fácil saber se há algum problema.

Hamas vem trabalhando em seu produto desde 1992, logo após a moratória sobre o silicone. A ideia era descobrir uma maneira de impedir que a solução salina ficasse chacoalhando como um coquetel. Depois de muitas tentativas e erros, ele criou uma série de conchas de implante, sobrepostas como bonecas russas, e duas câmaras separadas que contêm a solução salina. Esta estrutura interna limita a movimentação da solução salina, enquanto sustenta as bordas do implante para evitar dobras.

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A empresa Ideal Implant Inc., inaugurada em 2006, é controlada por cerca de 120 cirurgiões plásticos elegíveis para o conselho, e obteve a aprovação da FDA em 2014. Os implantes foram disponibilizados para o público em setembro deste ano. Mais ou menos.

O Ideal Implant, que custa US$ 1.500 (R$ 5.620) por par além dos gastos cirúrgicos, um pouco mais caros do que para os implantes de silicone, só está disponível para os acionistas e para 45 médicos que o pesquisam para a FDA (nenhum dos quais tem qualquer participação financeira na empresa). Mas a demanda é bem maior que a oferta, por isso os médicos têm feito listas de espera das mulheres que querem o implante.

“Dez anos atrás, quando o Dr. Hamas me mostrou o projeto, achei que era uma boa ideia melhorar os implantes salinos, especialmente naquela época, quando era tudo o que tínhamos”, disse o Dr. James C. Grotting, cirurgião plástico de Birmingham, Alabama. “Eu não sabia que levaria tanto tempo.”

O Dr. Kevin Brenner, cirurgião plástico de Beverly Hills, Califórnia, que foi um dos pesquisadores originais da FDA, disse que tem pacientes esperando há cinco anos. “Aumentar os seios é uma decisão muito pessoal para a maioria das mulheres, e elas têm que se sentir confortáveis com o que coloco nelas”, disse ele. “Tanto a solução salina quanto o silicone têm vantagens e desvantagens. O Ideal Implant é melhor que os dois.”

Nem todo médico gosta da ideia. O Dr. Scot Glasberg, cirurgião plástico de Nova York e ex-presidente da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, disse que recebeu telefonemas de meia dúzia de médicos preocupados com a comercialização do Ideal Implant.

“Ele sugere de uma forma indireta de que o silicone não é seguro”, disse. “Nós passamos muito tempo garantindo a segurança dos produtos de silicone. Nós odiaríamos ter uma situação em que qualquer pessoa, mesmo de uma forma remota, esteja tentando estabelecer que eles não são seguros.”

O Dr. Steven Teitelbaum, cirurgião plástico de Santa Monica e presidente da Sociedade de Cirurgiões Plásticos da Califórnia, nem sequer vê a necessidade de mais um implante salino. De acordo com a Sociedade Norte-Americana de Cirurgia Plástica Estética, em 2014, 20% dos implantes para aumentar os seios eram de solução salina.

“Ninguém chega pedindo solução salina, exceto mulheres que querem pagar menos ou colocar implantes enormes com incisões pequenas”, disse Teitelbaum. (Os implantes salinos podem ser inseridos pelo mamilo ou através de um corte na axila e depois inflados.) “O implante de solução salina nunca terá a mesma sensação de um implante de silicone.”

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Ele também se preocupa com os dados, ou a falta deles. A aprovação da FDA se baseou nos resultados iniciais de um estudo de dois anos, publicado na edição de setembro de 2012 do Aesthetic Surgery Journal. Hamas é um dos autores. Um estudo de dez anos com quase 500 mulheres de 18 a 67 anos, também realizado pela empresa, está em andamento e será concluído em 2019.

Por fim, Teitelbaum está incomodado com a falta de disponibilidade do implante. “Você não lança um produto se não tem ele pronto para enviar”, disse ele. “É um lançamento falso.”

Hamas afirma que sua empresa é pequena, o que explica a incapacidade de produzir o implante em grandes quantidades. Ele não teria conseguido abri-la sem os investimentos de outros médicos. E acredita que as mulheres estão preocupadas.

“Muitos cirurgiões plásticos dizem: ‘não se preocupe com o silicone, é aprovado pelo FDA’”, disse ele. “O FDA disse que o gel de silicone é seguro, mas as mulheres devem fazer uma ressonância magnética a cada dois anos, durante a vida toda, para ver se eles não se romperam, porque não dá para saber examinando uma paciente ou simplesmente olhando.”

Pirataria na cirurgia plástica

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Fonte: Diário de S.Paulo
Autor: Paulo Godoy

Não tem jeito: o brasileiro adora um produtinho pirata. Em todo bairro sempre tem uma barraca com carregador de celular falso, uma banca de filmes baixados ilegalmente ou uma cópia quase perfeita de uma bolsa europeia. E nem precisamos nos esforçar muito para procurar, muitas vezes os vendedores oferecem seus produtos na janela de nossos automóveis enquanto esperamos no trânsito movediço de São Paulo. Um estudo global de 2014 confirma: o Brasil é o vice-campeão mundial de pirataria.

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Seguindo essa vergonhosa tendência, a medicina também sofreu a nefasta consequência de ser praticada de forma irregular, ilegal e insegura. Dentre as constantes notícias de atuações de “falsos médicos”, duas áreas parecem sempre ser as mais atacadas: cirurgia plástica e dermatologia. O conceito é simples e fácil de entender: “Cirurgia plástica deve ser realizada por um cirurgião plástico”.

Em outras palavras: certamente você não iria até uma pizzaria para comer um sushi ou não chamaria um pintor para consertar o motor do seu carro, então por que arriscaria a sua saúde sendo submetido a uma cirurgia praticada por um médico sem a formação adequada? Para se tornar um especialista em cirurgia plástica ou dermatologista, é preciso graduar-se em medicina, um curso que compreende seis anos de estudo em período integral.

Os médicos formados, para se tornarem especialistas, fazem uma residência médica. No caso da dermatologia, o curso dura quatro anos, e na cirurgia plástica, cinco anos em período integral. São quase 9 mil horas de estudo, apenas na residência, para tornar o médico apto a tratar e diagnosticar as diversas doenças e problemas da pele e fazer cirurgias e procedimentos estéticos. Ao fim dessa etapa, o médico deve ser aprovado em uma prova e registrar-se no Conselho Federal de Medicina como especialista para oficialmente ser considerado como tal. Assim como os usuários de produtos piratas, alguns médicos procuram uma formação mais curta e frequentam cursos de “medicina estética” realizados em um fim de semana julgando-se aptos a praticar cirurgias e procedimentos estéticos invasivos.

Esses cursos de “medicina estética” não têm o reconhecimento do Conselho Federal de Medicina nem da Associação Médica Brasileira. Não deixe sua saúde ser vitima da pirataria: informe-se sobre seu médico no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica ou da Sociedade Brasileira de Dermatologia.