Todo cirurgião plástico convive diariamente com pacientes que entram em seus escritórios a procura de resultados que não podem ser alcançados com cirurgias: desejo de se parecer com suas celebridades favoritas, salvar um relacionamento, curar sua depressão ou várias outras razões não ideias. Depois de mostrar o possível resultado, por meio de imagens de antes e depois, muitos pacientes acabam percebendo que é necessário repensar em suas expectativas e se conformar com o resultado. Mas o que fazer com aqueles que já vêm para consulta movidos por razões erradas?
Não é complicado diagnosticar pacientes que sofrem de algum problema de saúde que os impede de realizar cirurgias plásticas: anorexia nervosa, diabetes e distúrbios hemorrágicos, por exemplo. No entanto, fatores não físicos acabam sendo características menos notáveis e podem passar despercebidas. Esses pacientes com “segundas intenções” se tornam os mais prováveis a não se sentirem satisfeitos após a cirurgia por conta de esperarem resultados irreais, e isso acaba prejudicando a publicidade do médico e sua clínica, já que pacientes descontentes não fazem boa propaganda.
Para evitar realizar procedimentos em pessoas que esperam “o impossível” é importante fazer as perguntas certas e estabelecer uma relação médico-paciente sólida. As melhores perguntas logo de início são as mais abertas (em vez de simplesmente “sim” e “não”) e os tópicos tratados devem ser: o que o paciente quer mudar, o porquê dessa mudança e o que irá mudar na vida dele após o procedimento. É com essa conversa que fica mais fácil identificar a motivação por trás do pedido, analisar se é um desejo pessoal ou uma forma de agradar outra pessoa, seja no trabalho ou vida pessoal.
Ouvir atentamente o que é dito e não dito é essencial. Quando a pessoa se sente à vontade para confiar no doutor ela irá dizer (direta ou indiretamente) o que é preciso para que ele decida se irá operar ou não. Mesmo se o médico decidir não realizar a plástica, ele pode recomendar algum procedimento não cirúrgico e menos invasivo, outras orientações como medicamentos ou simplesmente uma mudança no estilo de vida com atividades físicas e uma alimentação mais saudável.
Dado vindo da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) diz que cerca de 30% dos pacientes são rejeitados por um cirurgião plástico por não terem expectativas reais. Por isso, na hora da decisão o mais importante são os questionamentos: a cirurgia solicitada pode ser feita com segurança? Existem mais chances de sucesso ou de fracasso?
Fonte: Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS)
SBCP e Fundação Ideah promovem mutirão de cirurgias plásticas em Goiânia
100 pacientes foram beneficiados, entre eles, crianças vítimas de bullying com orelha de abano
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica por meio de seu departamento de ação social e da Fundação Ideah (Instituto de Desenvolvimento Ensino e Ação Humanitária) realizaram no dia 29 de março, em Goiânia, o V Mutirão De Cirurgias Plásticas, destinado à população carente que se encontra na “fila” do SUS para diversas cirurgias reparadoras como bullying, ginecomastia, hipertrofia mamária, tumores de pele e queimaduras.
Três hospitais públicos participaram do Mutirão: Hospital das Clínicas, Hospital Geral de Goiânia (HGG) e Santa Casa de Misericórdia. Todos os pacientes foram escolhidos previamente pelos serviços de cirurgia plástica de cada hospital.
O Mutirão antecede a 30º Jornada Centro-Oeste de Cirurgia Plástica, que ocorre na capital goiana nos dias 30 de março e 1 de abril no Hotel Castro, onde cirurgiões plásticos de todo Brasil discutirão as modernas técnicas para as cirurgias de mama. Confira a galeria de imagens do o V Mutirão De Cirurgias Plásticas da Fundação Ideah/SBCP. Confira imagens do Mutirão nas redes sociais da SBCP.