A 1ª Guerra Mundial foi uma enorme catástrofe. Milhares de vidas foram arruinadas e cidades foram destruídas em uma escala até então sem precedentes. Mas algo promissor emergiu do meio dos escombros: a cirurgia plástica.
É o que mostra uma palestra dada por David Lubin, especialista nos impactos da 1ª Guerra Mundial na cultura e na arte, na universidade de Houston (EUA). O acadêmico explicou à platéia como o conflito teve impactos positivos para a consolidação e a evolução da cirurgia plástica ao redor do planeta.
Antes, contudo, é preciso lembrar de uma característica única da 1ª Guerra: ela foi travada em trincheiras. Era comum, de acordo com Lubin, ver soldados serem feridos no rosto porque suas cabeças ficavam expostas enquanto seus corpos eram melhores protegidos. “Um tiro poderia arrancar a mandíbula ou o nariz de qualquer homem que tivesse o azar de levantar sua cabeça na hora errada”, afirmou.
Os cirurgiões militares começaram a operar feridos em condições extremas e com técnicas que iriam se desenvolver e ganhar popularidade. O resultado foi um impulso na cirurgia plástica reconstrutiva, que começou a ser feita em veteranos de guerra e depois se desmembrou na cirurgia plástica estética.
Antes, muitos soldados que voltaram para casa com seus rostos deformados eram atendidos, no princípio, por uma artista americana que fabricava máscaras para soldados desfigurados durante o conflito como forma de tentar reintegrá-los à sociedade.
Com o passar do tempo a cirurgia plástica reconstrutiva e estética passaram a ser cada vez mais aceitas pela sociedade e, inclusive, também foram importantes para o avanço da moda e dos cosméticos, antes visto com maus olhos pelas pessoas. “Era socialmente incorreto uma mulher aparecer em público com maquiagem. Após a 1ª Guerra Mundial era socialmente incorreto uma mulher aparecer em público sem maquiagem”, afirmou Lubin.
Com informações do The Daily Cougar. Clique aqui e leia a notícia completa (em inglês).
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