Duas horas de cirurgia e uma noite de repouso mandaram embora sintomas desagradáveis da enxaqueca em 90% dos pacientes que não respondiam mais aos tratamentos. Os resultados foram descritos em um artigo no último número do periódico científico The Journal of Craniofacial Surgery por Edoardo Raposio, da seção de Cirurgia Plástica do Departamento de Ciências Cirúrgicas da Universidade de Parma, na Itália.
Já é realidade uma nova terapia minimamente invasiva para tratamento de enxaqueca para aqueles pacientes que não respondem aos vários tratamentos com medicamentos, ou nos quais os efeitos colaterais são tão significativos que esses remédios se tornam impraticáveis.
A técnica consiste em seccionar pequenos músculos situados na região frontal ou occipital com uma só incisão de poucos centímetros no couro cabeludo (portanto escondida pelos cabelos, quando presentes) e a utilização de um endoscópio particular até a liberação dos nervos, a estimulação dos quais são gatilhos para as crises de enxaqueca.
Os resultados foram descritos em um artigo no último número do periódico científico The Journal of Craniofacial Surgery por Edoardo Raposio, da seção de Cirurgia Plástica do Departamento de Ciências Cirúrgicas da Universidade de Parma, na Itália.
A técnica cirúrgica foi aperfeiçoada por dois anos no departamento de “Cirurgia da Pele e anexos, minimamente invasiva, regeneradora e plástica” de um hospital universitário de Parma.
A intervenção, feita com anestesia local e com internação de um dia apenas (one-day surgery), dura cerca de duas horas e o percentual de sucesso, isto é, o total desaparecimento dos sintomas ou diminuição importante da frequência, duração e gravidade das crises foi de aproximadamente de 90% nos pacientes tratados.
A enxaqueca atinge cerca de 12% da população mundial, com uma incidência maior na quarta década de vida e atinge mais frequentemente as mulheres.
Frequentemente de caráter hereditário, nos sujeitos predispostos às crises – que duram de algumas horas a vários dias – vários fatores podem ser considerados gatilhos (cigarro, cansaço, estresse, álcool e alguns alimentos), e podem ser precedidos de alguns sintomas visuais ou sensitivos. Os sintomas consistem em uma dor pulsante (normalmente localizada de um lado só da cabeça) acompanhada de náuseas, fadiga e hipersensibilidade à luz. Uma patologia prostrante, invalidante e causa de, entre outras coisas, muitas faltas no trabalho.
Fonte: iG Saúde (leia no site aqui)