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Plástica invisível

By Notícias

Novas técnicas de lifting rejuvenescem o rosto, mantendo aspecto mais natural

NO ALTO a cirurgiã Natale Gontijo opera a face de uma paciente. Ela diz que o lifting deixa o rosto com o aspecto jovem e natural sem parecer que a pele foi puxada. No detalhe, a incisão segue o contorno da orelha e deixa a cicatriz quase invisível
O PREENCHIMENTO com ácido pode ser tratamento complementar ao lifting
Lasers que prometem um rosto jovem, preenchimentos que garantem acabar de vez com as marcas de expressão e até clínicas dermatológicas que oferecem cirurgia de pálpebras. Cuidado, os resultados podem deixar a desejar e, pior, exigirem outros tratamentos complicados. O alerta vale principalmente se o objetivo for rejuvenescer a face. Depois de anos de exposição solar, estresse e efeito da gravidade, o que realmente recupera a elasticidade e acaba com a flacidez da pele do rosto e do pescoço é a plástica de lifting. A técnica até se modernizou para concorrer com os tratamentos das clínicas de estética e tem a vantagem de proporcionar um efeito duradouro.

Se a ideia é ter um tratamento completo, só os procedimentos dermatológicos e estéticos talvez não resolvam tudo, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Apenas o lifting de face — técnica cirúrgica — proporciona o rejuvenescimento total, eliminando a flacidez.
— Em casos complexos, uma face com flacidez, cheia de rugas e vincos acentuados em diversas partes, a melhor opção continua sendo operar — afirma o cirurgião plástico Sebastião Nelson Edy Guerra, presidente da SBCP.
Natale Ferreira Gontijo de Amorim, pesquisadora-chefe da Clínica Ivo Pitanguy, faz a mesma advertência, lembrando ainda que dermatologistas não têm a mesma formação de um cirurgião plástico.
— O laser, por exemplo, apenas melhora a qualidade da pele e, portanto, é um método complementar, não substituindo o lifting de face. O aparelho não acaba com a flacidez em grau moderado ou grave — acrescenta a cirurgiã.
Paulo Roberto Leal, chefe do Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutora do Instituto Nacional de Câncer (Inca), vai além, afirmando que cirurgias delicadas, como a de pálpebras, devem ser executadas somente por quem tem um longo treinamento de cirurgião, pois suas sequelas poderão ser graves. E comenta que lasers e outros recursos não cirúrgicos só funcionam bem em mãos experientes.
— Não raro recebo pacientes que sofreram sérios danos ao se submeterem a tratamentos estéticos com profissionais não qualificados, e às vezes esses problemas são irreversíveis — conta Leal.
Pele com aspecto mais natural
Se a única solução para ter novamente um rosto com a aparência jovem for encarar o bisturi, também é preciso saber em detalhes os prós e contras. Os cuidados no pós-operatório são muitos, com uma série de restrições para não botar tudo a perder. No lifting os médicos aproveitam para tratar a musculatura superficial da face e do pescoço, reposicionando a gordura das bochechas, quando caídas, e aspiram a gordura sob o queixo (a papada), se necessário.
— O objetivo é deixar a pele jovem com aspecto natural, sem parecer que foi puxada. Quanto maior a flacidez, mais extensa será a cirurgia, exigindo mais cortes — explica Natale. — Se a pessoa tiver excesso de pele e bolsas de gorduras nas pálpebras, essas queixas são tratadas durante o lifting ou em outra cirurgia. Isso vale também se quiser corrigir a queda da ponta do nariz.
Para o resultado ficar bem natural, as incisões hoje acompanham os contornos da orelha; assim ficam escondidas, podendo ser estendidas para dentro do cabelo. Um outro avanço na técnica é recolocar no lugar as bolsas malares que formam as maçãs do rosto.
— Com a idade, nossa face vai ficando com um desenho retangular e alongado. Depois do lifting é visível a face mais cheia na região da maçã e fina embaixo. Além de recuperarmos o contorno da juventude, suavizamos os sulcos ao redor da boca — explica Natale.
Pálpebras no lugar certo
Também Paulo Leal afirma que a recuperação das maçãs do rosto é uma das vantagens do lifting em relação às técnicas não cirúrgicas. Para fazer isso, os cirurgiões podem enxertar gordura retirada da barriga do próprio paciente. E ele acrescenta que a correção das pálpebras é, no mínimo, metade do sucesso da operação:
— Hoje no lifting há tendência a fazer incisões menores, principalmente nos pacientes mais jovens.
Um outra novidade no lifting, mas que não chega a encantar a todos os cirurgiões, é a videoendoscopia, um método que facilita a visualização dos músculos da face. A técnica tem a sua melhor indicação na plástica da fronte, especificamente a área da testa e das sobrancelhas, que afrouxam com a idade. Com a videoendoscopia eleva-se essa parte do rosto sem deixar grandes cicatrizes no couro cabeludo, e ela ajuda a atenuar algumas expressões faciais.
— A videoendoscopia proporciona um efeito semelhante ao da aplicação da toxina botulínica, mas nem todos os cirurgiões gostam de usá-la — afirma Leal.
Já Natale acha que a videoendoscopia para fazer o rejuvenescimento facial só vale para as alterações muito visíveis na testa, e ela prefere indicar as aplicações de toxina botulínica.
O lifting proporciona um resultado definitivo por cinco a dez anos, em média, mas o envelhecimento natural continua, lembram os cirurgiões. Então o efeito dependerá muito de hábitos, especialmente no que diz respeito aos cuidados com a sua pele.
— Dependendo da avaliação, em situações mais complexas, uma nova intervenção após o primeiro ano complementa a primeira operação — diz Sebastião Guerra.
E Paulo Leal lembra que as pessoas não são iguais, reagindo de forma diferente ao lifting.
— Há quem perca mais precocemente os efeitos do lifting. Até fatores emocionais influenciam.
Para melhores resultados
AINDA NO HOSPITAL: A cirurgia de lifting dura de duas a três horas, ou um pouco mais, podendo ser feita com aplicação de anestesia geral ou local com sedação. A pessoa fica internada por até 48 horas e recebe alta com o rosto sem curativo. Pode sentir leve desconforto devido ao edema ou inchaço (alguns pacientes incham mais do que outros) no local operado, porém dor forte não é uma queixa comum.
EM CASA: Além de evitar a exposição ao sol forte (é imprescindível o uso de protetor/filtro) e não fazer esforços físicos vigorosos (como praticar ginástica) por pelo menos 40 dias, recomenda-se drenagem linfática. As sessões começam geralmente 15 dias após a cirurgia e o número dependerá de cada caso, de acordo com o grau de edema, que costuma diminuir a partir do terceiro dia. Os pontos começam a ser retirados entre seis e 12 dias depois, explica Sebastião Guerra, acrescentando que os primeiros resultados são mais bem avaliados após o décimo dia. Ele recomenda só lavar (com muito cuidado) os cabelos entre o segundo e o sétimo dia depois da operação, secando bem a área das orelhas e evitando a escovação. Produtos como tinturas só poderão ser usados após a terceira semana. Médicos dizem que qualquer maquiagem deve ser evitada por pelo menos dez dias. Paulo Leal comenta que o efeito final varia conforme a extensão da operação. Porém, considera-se que o resultado de um lifting não está completo antes de um ano.
NADA DE CIGARRO: Fumantes podem ter resultados piores. Isso porque o tabagismo prejudica muito o fluxo de sangue e dificulta a cicatrização dos tecidos. Quanto mais bem cuidada a pele, melhor o efeito e mais duradouro o lifting. Pele desidratada com muitas rugas finas e manchas compromete o efeito. Nesses casos, o ideal é tratar o tecido previamente com dermatologista, principalmente no que diz respeito à hidratação, que ajuda a aumentar a elasticidade e tônus da pele.
SONO E SEXO: Para dormir bem, os cirurgiões afirmam que a melhor posição é de barriga pra cima. Deitar-se de lado pode deixar uma parte do corpo mais inchada do que outra. E cuidado com as gargalhadas e o excesso de conversas nos primeiros dias, porque isso contribui para aumentar um pouco o inchaço e pode causar sangramento. Deve-se evitar as relações sexuais por cerca de duas semanas, pelo mesmo motivo.
PELE MAIS SAUDÁVEL: Preenchimentos com ácido hialurônico e a aplicação de toxina botulínica podem ser realizados duas semanas após a cirurgia, quando a pessoa começa a desinchar, diz Natale Gontijo. São considerados tratamentos complementares para conseguir um resultado ainda melhor do lifting, se necessário.

Implantes mamários – Linfoma

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A SBCP, frente à divulgação de alguns relatos que levantaram a possibilidade do aparecimento de tumor maligno em pacientes portadoras de implantes mamários , sente-se no dever de manifestar seus pontos de vista sobre o assunto.

Estudamos seis trabalhos publicados, que no nosso entender representam os mais importantes, advindo algumas conclusões:

Pela extrema raridade dos casos estudados em relação ao número de pacientes portadoras de implantes, podemos considerar os achados uma pura coincidência sem expressão estatística.

Recomendamos, tendo em vista os benefícios que podem advir da participação da SBCP, através desta Comissão de silicone, que todos os casos suspeitos sejam comunicados a citada comissão e o planejamento das medidas a serem tomadas seja feito de maneira conjunta.

Como estes pacientes representam uma fração minúscula do total da população portadora de implantes uma relação confiável não pode ainda ser estabelecida.

Comissão de Silicone da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Prótese ajustável

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Novidade em implante mamário é apresentada durante o Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica, o maior evento na área do Brasil e o segundo maior do mundo.

Uma prótese de silicone que pode aumentar de tamanho durante ou depois da cirurgia foi o destaque do 47.º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica, que reuniu mais de dois mil cirurgiões plásticos brasileiros e estrangeiros entre os dias 11 e 15 de novembro em Vitória, no estado do Espírito Santo.

Chamado de Spectra, o implante ajustável criado pelo cirurgião sul-africano Hilton Becker – que já tem uma prótese que leva o seu sobrenome – está em fase final de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas já está aprovada e em uso em outros países, especialmente na Europa.

INOVAÇÃO

A novidade é uma câmara interna, onde pode ser inserido soro fisiológico por meio de uma cânula. Se preenchida completamente, esta câmera pode aumentar em até 30% a projeção do seio, o que resolveria o problema daquelas mu­­lheres que, depois que o inchaço do pós-operatório vai embora, acham que deveriam ter colocado uma prótese maior. Elas têm um período de alguns meses para voltar ao cirurgião e sair com um novo tamanho sem ter de trocar a prótese.

A possibilidade de “ga­­nhar” mais projeção do seio, em um procedimento mais simples do que fazer outra cirurgia, não é a única vantagem da Spectra. A novidade, segundo o criador, é ideal às cerca de 15% das mulheres brasileiras que, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, têm assimetria nas mamas. Becker, no entanto, garante que quase 100% das mulheres têm algum grau de assimetria.

Quando essas pacientes com mamas de tamanhos ou formas diferentes são submetidas à cirurgia, é necessário que o cirurgião faça a prova de vários tamanhos de próteses diferentes, até que chegue em uma combinação que julgue proporcional. Mas, com próteses de tamanhos diferentes, mesmo que se consiga a mesma projeção, a base das mesmas será diferente. “Isso não acontece com a Spectra, já que o cirurgião pode ajustar as dimensões e o volume da prótese na hora da cirurgia”, afirma.

MAMA

O número de cirurgias de aumento da mama pelo im­­plante de prótese tem crescido no Brasil. De acordo com pesquisa do Ibope, no ano passado este foi o procedimento cirúrgico mais solicitado pelas mulheres, com mais de 156 mil intervenções. O cirurgião plástico Sebastião Nelson Edy Guerra, presidente da So­­ciedade Brasileira de Cirurgia Plástica, comprova este crescimento, apesar de o número ser bastante próximo ao de outro procedimento que já foi campeão de intervenções. “As últimas estatísticas mostraram que, entre as mulheres, 21% das cirurgias plásticas são feitas para o implante de prótese de silicone, enquanto 20% se trata de lipoaspiração. E muitas vezes a mulher acaba sendo submetida aos dois procedimentos de uma só vez”, conta.

CONGRESSO

O evento contou com a presença de grandes nomes da cirurgia plástica internacional e nacional, como Ivo Pitanguy, e com a participação de diversas sociedades internacionais da cirurgia plástica. Segundo Guerra, o congresso é um ponto de encontro dos cirurgiões plásticos, que usam a oportunidade para discutir o presente e o futuro da área. “Aqui é onde as técnicas de cirurgia se consolidam ou são derrubadas. São discutidas as experiências médicas e é feita uma revisão sobre as práticas da cirurgia plástica. Não há cirurgia sem riscos. Mas este é um congresso em que está sendo muito valorizada a segurança em cirurgias e estamos lutando para que os problemas decorrentes da cirurgia plástica sejam cada vez mais raros”, diz.

Sobre a escolha de um profissional, o presidente afirma que o primeiro passo é procurar indicações de pessoas que já foram submetidas ao procedimento esperado. “É importante conversar com outros pacientes e entrar em contato com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, pois se um médico é um dos 4,8 mil membros, ele é habilitado e fiscalizado constantemente”, diz.

Fonte:Gazeta do Povo

Botox pode causar atrofia em músculo, aponta pesquisa

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Estudo feito na Universidade de Calgary, Canadá, sugere que o uso prolongado da toxina botulínica pode causar atrofia e perda de força muscular tanto nas regiões próximas quanto nas distantes do local da aplicação.

O levantamento, que será publicado no “Journal of Biomedics”, avaliou efeitos de aplicações em 20 coelhos, divididos em quatro grupos.

O grupo submetido ao maior número de doses e por mais tempo (seis meses), apresentou maior atrofia e maior perda de força e de massa musculares.

Estudos anteriores já haviam apontado que a aplicação de botox poderia causar esses mesmos efeitos. Médicos ouvidos pela Folha afirmaram que músculos próximos ao local que recebeu a aplicação podem ser afetados, ainda que isso seja raro.

No entanto, essa é a primeira pesquisa a mostrar que os efeitos podem ocorrer em áreas do corpo distantes daquela que recebeu a injeção.

No estudo com os coelhos, foram observadas atrofia e perda da força muscular nas patas que receberam a toxina e nas que não receberam.

HUMANOS E ANIMAIS

As dosagens aplicadas na pesquisa foram similares às usadas em tratamentos terapêuticos -como em casos de espaticidade, que é uma rigidez excessiva da musculatura, sequela comum em pessoas que tiveram derrame. Essas quantidades costumam ser seis vezes maiores do que as usadas em tratamentos estéticos.

Segundo o fisioterapeuta Rafael Fortuna, autor da pesquisa, os resultados sugerem que podem ocorrer esses efeitos com o uso prolongado da toxina tanto em tratamentos terapêuticos quanto estéticos, já que a substância é a mesma, como ele diz.

Mas, segundo o pesquisador, é difícil prever que os efeitos em humanos sejam exatamente iguais aos observados em animais.

O neurologista Henrique Ballalai Ferraz, do departamento de transtornos do movimento da Academia Brasileira de Neurologia, diz que já se suspeitava da ação à distância da toxina botulínica.

Mas, segundo ele, os resultados da pesquisa só são relevantes para quem utiliza doses muito elevadas da substância, o que é incomum.

Carlos Casagrande, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, concorda.

“São feitas milhares de aplicações estéticas de botox todos os dias e não há relatos desses efeitos sistêmicos, de aplicar numa região e um músculo distante ser paralisado”, diz.

Sobre as causas desse efeito, Fortuna diz que há apenas especulações. Uma é que a toxina migra de região pela corrente sanguínea.

“Como o botox é utilizado há relativamente pouco tempo [nos EUA, ele foi aprovado em 1989], há poucos estudos sobre seu uso prolongado”, diz o pesquisador. Por isso, ele recomenda “cautela e bom senso” em seu uso.

Fortuna, no entanto, diz acreditar que os efeitos positivos do botox, em especial no uso terapêutico (para problemas como estrabismo, hiper-hidrose e paralisia cerebral), compensam os riscos.

Fonte: Folha.com