As cirurgias acontece nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, em hospitais parceiros da Smile Train A abertura da campanha aconteceu na fundação Adriano Jorge em Manaus nessa segunda-feira, tendo seu encerramento no dia 14 de outubro em Marambá, Pará. O objetivo dessa ação é aumentar o alcance do tratamento de pacientes com fissura lábio palatina.
Os médicos brasileiros alcançaram mais uma importante vitória em defesa da exclusividade das atividades previstas na Lei nº 12.842/2013 (Lei do Ato Médico). Sentença emitida pela Justiça Federal do Distrito Federal (DF) em decorrência de ação ajuizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) determinou a ilegalidade de medidas cometidas pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) que, por meio de normas administrativas, autorizou seus filiados a extrapolarem os limites e as competências que a legislação lhes autoriza. Para alcançar a decisão que data de 6 de outubro, o CFM contou com o apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e com decisiva ajuda do grupo de juristas da Associação Médica Brasileira (AMB) e dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs).
ACESSE AQUI A ÍNTEGRA DA DECISÃO DA JUSTIÇA FEDERAL
A decisão da juíza federal Maria Cecília de Marco Rocha, da 3ª Vara Federal do DF, acolheu integralmente pedido do CFM para que fossem anulados imediatamente, em todo o território nacional, os efeitos das Resoluções CFBM nº 197/2011, nº 200/2011 e nº 214/2012, além da sua Resolução normativa nº 01/2012. Com isso, os biomédicos ficam proibidos de executar procedimentos dermatológicos e cirúrgicos, considerados invasivos. Pela Lei nº 12.842/2013, apenas os médicos podem realizar tais atividades.
Legalidade – Na argumentação apresentada, a qual recebeu elogios da juíza federal, o CFM conseguiu provar que o CFBM não obedeceu ao Princípio da Legalidade ao editar este conjunto de Resoluções, induzindo os profissionais daquela categoria a cometer ilicitudes e expondo a população a situações de risco por conta de possível atendimento por pessoas sem a devida qualificação e sem competência legal para tanto.
Pela sentença da Justiça Federal, o biomédico somente tem permissão de atuar em questões ligadas à saúde quando supervisionado por médico. “A lei que regulamenta a profissão do biomédico é claríssima em ressaltar que o profissional pode atuar, sob supervisão médica, em serviços de hemoterapia, de radiodiagnóstico e de outros para os quais esteja legalmente habilitado. Os atos normativos editados pelo Réu (CFBM) desbordaram da lei, na medida em que permitiram a atuação de biomédicos sem a supervisão médica”, informa a decisão.
Procedimentos – A juíza Maria Cecília de Marco Rocha ainda deixou claro que os procedimentos médicos listados nos normativos da CFBM são atos privativos de médicos, inclusive pelos riscos de danos e pela exigência de qualificação técnica de seus responsáveis. “É demais comprovado nos autos que esses procedimentos não são tão simples, como defendido pelo Conselho Federal de Biomedicina. As complicações decorrentes da realização de tais atos são inúmeras, levando pacientes a óbitos”, afirmou.
Na sentença, a juíza explica ainda que não se desmerece o conhecimento dos biomédicos ao observar que o ramo da saúde estética não deve ser retirado das atribuições privativas dos médicos. Em sua avaliação, pelo contrário, se prestigia o arcabouço constitucional e legal que regulamenta as profissões. Entretanto, ressalta a sentença, “não se pode substituir o médico com especialização em dermatologia ou cirurgia plástica pelo biomédico com especialização em estética”.
Farmácia – Esta foi a segunda vitória alcançada na defesa do ato médico em menos de um mês. No dia 26 de setembro, a Justiça Federal do Rio Grande do Norte acolheu pedido de liminar feito pelas entidades médicas contra resoluções do Conselho Federal de Farmácia (CFF) que vinham amparando atuação dos farmacêuticos muito além dos limites definidos por lei, extrapolando inclusive a capacidade técnica e de formação desses profissionais, também gerando insegurança e risco para pacientes.
A liminar determinou a suspensão judicial da Resolução CFF 585/2013, após acolhimento de argumentação no sentido de proibir farmacêuticos de receberem pacientes com o intuito de prestar atendimento clínico. A decisão do juiz federal Magnus Augusto Costa Delgado disse que, “através das resoluções (CFF), se está permitindo e delegando aos farmacêuticos a prática de atos considerados privativos de médicos, e, o que é mais temerário, por meio de norma infralegal”. Em consequência, ele ordenou a revogação do artigo 7, incisos VII, VIII, XVI e XXVI, da Resolução CFF 585/2013, por infringirem e desrespeitarem diretamente a lei do Ato Médico.
Estratégia – Em julho desse ano, o CFM criou uma Comissão Jurídica de Defesa ao Ato Médico, composta por advogados responsáveis pela Coordenação Jurídica do CFM, da Associação Médica Brasileira (AMB) e de vários Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) e sociedades de especialidades médicas. Desde então, o grupo tem proposto ações e medidas em diferentes âmbitos em defesa dos interesses dos médicos, da medicina e da população.
De forma conjunta, a Comissão estabeleceu estratégia jurídica para fazer contraposição aos atos administrativos ilegais já citados e tem tomado todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis para suspender e anular judicialmente esses normativos, requerer a apuração da responsabilidade dos gestores que os editaram e denunciar casos concretos de exercício ilegal da medicina, com apuração da responsabilidade civil e criminal de todos os profissionais envolvidos nos inúmeros casos de prejuízo a pacientes que chegam diariamente a conhecimento da Comissão.
Fonte:http://portal.cfm.org.br/
Procedimentos de reparação, feitos para reconstruir o corpo e a autoestima, cresceram nos últimos anos
Ainda hoje, quando se menciona a expressão “cirurgia plástica”, o pensamento costuma focar direto a estética. E é isso o que ela faz mesmo. Algumas vezes, no entanto, a intenção não é somente tornar alguma parte do corpo mais bonita ou harmônica – e sim devolver a uma pessoa a alegria com o próprio corpo. É o que fazem as cirurgias plásticas reparadoras e reconstrutivas.
Esse tipo de operação mais frequentemente inclui regiões do corpo afetadas pelo câncer, como as reconstruções de mamas e devido ao câncer de pele, modificações nas orelhas (reparar orelhas “de abano”), tratamento para síndromes congênitas, reconstruções após acidentes domésticos e urbanos diversos, para vítimas de queimaduras ou tratamento de cicatrizes patológicas (queloides e cicatrizes).
Foto: Shutterstock
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, os números aumentaram em todos os níveis: em 2009 foram realizadas 629 mil cirurgias plásticas no Brasil, o que nos colocava no segundo lugar no mundo, atrás somente dos Estados Unidos. Dessas cirurgias, 27% eram reparadoras (cerca de 170 mil). Em 2015, foram realizadas 1,5 milhão de cirurgias plásticas, sendo 600 mil reparadoras – elevando para 40% do total.
As mulheres são, normalmente, as que mais procuram por esses procedimentos – e, muitas vezes, porque elas se tornam essenciais para começar a curar traumas físicos e até psicológicos.
Saúde pública
Em março passado, foi regulamentada uma lei que permite ao Sistema Único de Saúde em todo o Brasil atender gratuitamente os casos em que a mulher sofreu violência doméstica e precisa de cirurgia plástica reparadora.
O SUS já disponibiliza há tempos a cirurgia plástica em outros casos de reparação. O sistema público cobre, por exemplo, plásticas para fenda palatina e lábio leporino, implantes de silicone em mulheres que passaram por câncer de mama ou operação de redução dos seios naquelas que desenvolvem problemas de coluna devido ao peso da mama.
“A Organização Mundial de Saúde define saúde como bem-estar físico e mental. Portanto, se um paciente está infeliz com alguma alteração estética, considera-se, sim, um problema de saúde”, lembra Marco Túlio Rodrigues da Cunha, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Mais recentemente, também vem crescendo o número de pessoas que procuram as plásticas reparadoras por terem se submetido à cirurgia bariátrica – e, posteriormente, evoluíram para uma condição em que a flacidez e a sobra de tecidos decorrentes da perda de peso causaram algum grau de prejuízo à imagem ou às atividades de rotina.
Com a realização da operação, muitos pacientes passam a ter uma grande melhora na saúde – mas a melhoria diária da qualidade de vida também faz necessário lidar com o excesso de pele na região do abdômen, dorsal, coxas e braços.
O caso é que, após o emagrecimento e estabilização, que ocorre em torno de 18 meses após a bariátrica, o paciente precisa não só de uma correção, mas de um plano de tratamento que pode envolver até cinco cirurgias, segundo a SBCP (já que esses casos são especiais e as estruturas anatômicas têm alterações e fragilidades que podem ser parciais dependendo de cada indivíduo).
“Os cirurgiões plásticos membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica estão capacitados para a execução da maioria dos procedimentos reparadores”, diz Cunha.
Mas não existe, claro, um “toque mágico” que resolva todas as questões. “Cabe ao cirurgião orientar o paciente detalhada e claramente que toda cirurgia tem limitações – e, muitas vezes, acontece uma troca de uma alteração maior por um sinal ou cicatriz mais disfarçado”, explica o cirurgião plástico.
O que muitos pacientes buscam, no fim, é se sentirem bem novamente – e a cirurgia reparadora pode não significar vida plenamente normal, mas uma vida nova e um caminho para se sentirem recuperados após situações tão extremas.
Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo
De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) em 2014, mais de 400.000 homens passaram por injeções de toxina botulínica. Em relação ao total da população americana masculina, esse número pode não ser significativo. Por outro lado, ele não deve ser ignorado já que representa um aumento de 337% em nesse mercado.
Esse crescimento não é fascinante somente por conta dos números alcançados no mercado, mas por mostrar uma superação do preconceito e da vergonha atrelados a cirurgias plásticas e botox masculinos. Estigmas que foram criados e desenvolvidos pela indústria publicitária ao longo do tempo.
Sempre foi cobrado mais de mulheres quando o assunto é envelhecimento, a sociedade espera que elas se mantenham bonitas e jovens ao passar dos anos. Por conta disso, é aceitável que muitas estejam dispostas a passar pelo bisturi para prolongar a juventude. Homens, por outro lado, acabam deixando as rugas a mostra, usando-as como símbolo de resistência, trabalho duro, experiência e sacrifício.
Dr. Jason Bloom, membro da ASPS, afirma que “Ainda há uma visão errada sobre homens que têm vontade de ter aparência mais jovem, o que faz com que sejam taxados como vaidosos e isso vai contra tudo o que a maioria deles foram ensinados sobre ‘ser homem”.
A ala masculina tem que admitir um fato: sentir a velhice chegando é horrível, não importa a idade. Então, porque não tentar diminuir os efeitos do tempo com o botox, e consequentemente elevar sua autoestima? A sociedade está mudando e quebrar paradigmas faz parte desse processo.
Fonte: Revista Forbes
Mulheres viajam para Venezuela por plásticas baratas mas muito perigosas
O que você faria por um corpo perfeito? Só em setembro foram duas mortes nas mãos de médicos que, muitas vezes, nem cirurgiões plásticos são. Veja.
O que você faria por um corpo perfeito? Brasileiras estão viajando para a Venezuela em busca de cirurgias plásticas mais baratas mas também muito perigosas.
Só em setembro foram duas mortes nas mãos de médicos que, muitas vezes, nem cirurgiões plásticos são. Em um ano já são mais de 15 mortes.
Veja a reportagem aqui
Fonte:g1
Procedimentos de reparação, feitos para reconstruir o corpo e a autoestima, cresceram nos últimos anos
Ainda hoje, quando se menciona a expressão “cirurgia plástica”, o pensamento costuma focar direto a estética. E é isso o que ela faz mesmo. Algumas vezes, no entanto, a intenção não é somente tornar alguma parte do corpo mais bonita ou harmônica – e sim devolver a uma pessoa a alegria com o próprio corpo. É o que fazem as cirurgias plásticas reparadoras e reconstrutivas.
Esse tipo de operação mais frequentemente inclui regiões do corpo afetadas pelo câncer, como as reconstruções de mamas e devido ao câncer de pele, modificações nas orelhas (reparar orelhas “de abano”), tratamento para síndromes congênitas, reconstruções após acidentes domésticos e urbanos diversos, para vítimas de queimaduras ou tratamento de cicatrizes patológicas (queloides e cicatrizes).
Foto: Shutterstock
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, os números aumentaram em todos os níveis: em 2009 foram realizadas 629 mil cirurgias plásticas no Brasil, o que nos colocava no segundo lugar no mundo, atrás somente dos Estados Unidos. Dessas cirurgias, 27% eram reparadoras (cerca de 170 mil). Em 2015, foram realizadas 1,5 milhão de cirurgias plásticas, sendo 600 mil reparadoras – elevando para 40% do total.
As mulheres são, normalmente, as que mais procuram por esses procedimentos – e, muitas vezes, porque elas se tornam essenciais para começar a curar traumas físicos e até psicológicos.
Saúde pública
Em março passado, foi regulamentada uma lei que permite ao Sistema Único de Saúde em todo o Brasil atender gratuitamente os casos em que a mulher sofreu violência doméstica e precisa de cirurgia plástica reparadora.
O SUS já disponibiliza há tempos a cirurgia plástica em outros casos de reparação. O sistema público cobre, por exemplo, plásticas para fenda palatina e lábio leporino, implantes de silicone em mulheres que passaram por câncer de mama ou operação de redução dos seios naquelas que desenvolvem problemas de coluna devido ao peso da mama.
“A Organização Mundial de Saúde define saúde como bem-estar físico e mental. Portanto, se um paciente está infeliz com alguma alteração estética, considera-se, sim, um problema de saúde”, lembra Marco Túlio Rodrigues da Cunha, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Mais recentemente, também vem crescendo o número de pessoas que procuram as plásticas reparadoras por terem se submetido à cirurgia bariátrica – e, posteriormente, evoluíram para uma condição em que a flacidez e a sobra de tecidos decorrentes da perda de peso causaram algum grau de prejuízo à imagem ou às atividades de rotina.
Com a realização da operação, muitos pacientes passam a ter uma grande melhora na saúde – mas a melhoria diária da qualidade de vida também faz necessário lidar com o excesso de pele na região do abdômen, dorsal, coxas e braços.
O caso é que, após o emagrecimento e estabilização, que ocorre em torno de 18 meses após a bariátrica, o paciente precisa não só de uma correção, mas de um plano de tratamento que pode envolver até cinco cirurgias, segundo a SBCP (já que esses casos são especiais e as estruturas anatômicas têm alterações e fragilidades que podem ser parciais dependendo de cada indivíduo).
“Os cirurgiões plásticos membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica estão capacitados para a execução da maioria dos procedimentos reparadores”, diz Cunha.
Mas não existe, claro, um “toque mágico” que resolva todas as questões. “Cabe ao cirurgião orientar o paciente detalhada e claramente que toda cirurgia tem limitações – e, muitas vezes, acontece uma troca de uma alteração maior por um sinal ou cicatriz mais disfarçado”, explica o cirurgião plástico.
O que muitos pacientes buscam, no fim, é se sentirem bem novamente – e a cirurgia reparadora pode não significar vida plenamente normal, mas uma vida nova e um caminho para se sentirem recuperados após situações tão extremas.
Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo
Vivemos um grave e importante momento digital da medicina. Aquilo que parecia ser um meio apenas para o paciente ter acesso aos locais de atendimento, telefones de contato e currículo de profissionais da área acabou virando uma ferramenta para consulta. As redes sociais, como o WhatsApp, o Facebook e o Instagram, por exemplo, passaram a ser utilizadas por pacientes e por profissionais de saúde, indevidamente, como um grande e verdadeiro consultório on-line. Basta acessarmos uma página em rede social de alguma clínica estética para comprovar tal fato.
Temos reagido a esse momento estimulando o paciente a comparecer ao consultório para esclarecimentos de seu pré e pós- operatório, bem como sobre os cuidados que se devem ter com as feridas para uma cicatrização de melhor qualidade. Além disso, temos divulgado, também, a importância de o paciente conhecer seu cirurgião plástico e saber se ele é credenciado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), como forma de evitar problemas futuros.
Entre as consultas on-line, a mais comum é sobre os procedimentos ancilares (preenchimentos, toxina botulínica e peelings). Elas são, disparadamente, as mais procuradas. Outras, como a mamoplastia de aumento (próteses) e lipoaspiração, são, também, bastante acessadas. Porém, o que poucos sabem ou se preocupam em saber são os riscos desse “atendimento”.
A mamoplastia de aumento, por exemplo, sem dúvida é um procedimento ao qual o paciente, possivelmente, poderá ficar insatisfeito com o resultado obtido se ele não for ao consultório para conhecer a prótese que o cirurgião plástico irá utilizar, saber o tamanho mais adequado dela e todas as informações sobre possíveis complicações que poderão ocorrer. É fundamental que o exame físico seja realizado para a real indicação da prótese. Muitas vezes, aquilo que o paciente entende que será resolvido com um implante acaba não sendo necessário o uso dele, como ocorre em alguns casos de flacidez associada à hipertrofia da mama.
A insatisfação com o resultado do procedimento realizado, a falta de esclarecimento sobre o procedimento cirúrgico, a falta de segurança do local onde será realizado o procedimento e a ausência de qualificação do cirurgião que propõe a cirurgia estética são os principais riscos a que um paciente se submete quando realiza uma consulta on-line. Nesse sentido, chamamos a atenção para que o paciente não coloque sua vida em risco em troca de resultados fantásticos e preços módicos. Conheça seu cirurgião plástico pessoalmente, e tire suas dúvidas. Consultas on-line, não!
A consulta presencial é importante por vários aspectos. Primeiramente, para o cirurgião e o paciente se conhecerem. Esse contato é muito importante na relação de confiança e empatia. Em uma consulta direta, o paciente e o profissional médico podem conversar abertamente sobre o procedimento, os prováveis riscos de um procedimento cirúrgico estético ou reparador, como será o pós-operatório e o mais adequado para aquele procedimento a ser realizado, os cuidados e o repouso a ser feito e conhecer o local da cirurgia. Esse encontro é importante para o esclarecimento de todas as dúvidas. Somente o momento desta consulta, dentro de um consultório, de forma tranquila e serena, é capaz de evitar efeitos danosos à integridade física do paciente e à conduta médica. Nenhum WhatsApp, Facebook e Instagram substitui esse contato.”
Por Dra. Vívian Lemos – Coordenadora do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirúrgica “Dr. Roberto Zimmer”, do Hospital Vila da Serra, e coordenadora da Comissão de Feridas do Hospital Vila da Serra
Fonte: Jornal Estado de Minas
Só neste mês, três casos suspeitos foram registrados. Uma das vítimas morava em Parintins (AM)25/09/2016
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) encaminhou ofício aos Ministérios da Justiça, das Relações Exteriores e à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, para investigar casos de tráfico de órgãos de pacientes que saíram do Amazonas e Roraima e morreram após realizarem procedimentos estéticos na Venezuela. Só neste mês, três casos suspeitos foram registrados. Uma das vítimas morava em Parintins.
O presidente nacional da SBCP, Luciano Chaves, classificou a situação como gravíssima, uma vez que o número de pacientes que morrem após o procedimento ou que retornam mutiladas do país vizinho é grande, mas sem dar números precisos e oficiais. “As cirurgias acontecem sem segurança, planejamento e muitas vezes os médicos sequer são especialistas. O caso merece uma atenção das autoridades”, afirmou o presidente, que vai propor à PF realizar campanhas educativas na fronteira do Brasil com a Venezuela para evitar que mulheres continuem se arriscando no “turismo da beleza”.
De acordo com Chaves, os indícios de tráfico de órgãos são fortes e iniciaram há três meses, quando a SBCP recebeu uma denuncia feita pela família de uma paciente que morreu na Venezuela, cujo nome não foi informado, e teria voltado sem um rim.
Outro caso mais recente é da roraimense Adelaide Silva, que morreu há uma semana na cidade de Puerto Ordaz, após ter complicações durante um dos procedimentos estéticos. Segundo familiares da vítima, o corpo chegou em Boa Vista sem nenhum órgão. “O corpo dela foi levado para o IML de Boa Vista e lá, o médico legista disse que não havia nada dentro dela. Temos certeza que os órgãos foram retirados na clínica onde ela morreu porque de lá, o corpo foi direto para a funerária”, afirmou a sobrinha da vítima, Michele da Silva Bezerra, 40.
Familiares da comerciante Dioneide Leite, que saiu de Parintins no início do mês e morreu no dia 13, acreditam que o mesmo não aconteceu com ela porque os acompanhantes estavam bem instruídos e não permitiram que os médicos venezuelanos realizassem a necropsia.
Outra suspeita levantada pela SBCP é de que os órgãos lesionados das vitimas sejam retirados para impedir que perícias sejam realizadas quando o corpo chega ao Brasil. “O número de intercorrências são altas e há muitos médicos operando lá sem especialidade. É preciso investigar se o tráfico está mesmo ocorrendo, ou se esses órgãos estão sendo retirados para que a família não realize a perícia no órgão que foi perfurado e constate a irregularidade”, explicou o cirurgião plástico presidente da sociedade.
Necropsia
Sobre a denúncia de tráfico de órgãos, A CRÍTICA não conseguiu confirmar se a legislação venezuelana é semelhante a brasileira, que obriga a extração dos órgãos para serem necropsiados por um médico legista que irá identificar as causas da morte ou avaliar qual doença ou ferimento está presente no paciente e emitir um laudo pericial sobre o caso.
Médicos solicitam força-tarefa
Em abril deste ano, membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) foram ao Ministério Público Federal e Polícia Federal no Amazonas para pedir a criação de uma “força-tarefa” para investigar os casos de brasileiras que vão para países vizinhos realizar cirurgias plásticas e voltam mutiladas ou mortas. A partir desta segunda-feira, a SBCP também vai procurar os órgãos em Roraima para propor que o “turismo da beleza” seja investigado. De acordo com o presidente da Sociedade, Luciano Chaves, há registro de 15 mortes de brasileiras nos últimos anos que se submeteram a cirurgias plásticas na Venezuela.
Em outros países
Segundo o cirurgião plástico Luciano Chaves, o turismo da beleza também acontece nas fronteira do Brasil com Bolívia e Paraguai, onde as mulheres são atraídas por serviços mais baratos que os praticados no País.
Em relação a recente notícia, amplamente divulgada na mídia e nas redes sociais em que técnicas de cirurgia para tratamento da calvície foram abordadas de maneira equivocada, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica(SBCP), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Associação Brasileira de Restauração Capilar (ABCRC) , vêm a público esclarecer:
1. O Brasil é um dos mais importantes e respeitados centros em Restauração Capilar do mundo.
2. A Cirurgia de Restauração Capilar no Brasil é exercida por Cirurgiões Plásticos e Dermatologistas.
3. As duas técnicas atuais e amplamente utilizadas em todo o mundo para a obtenção dos fios de cabelo a serem transplantadas para as áreas calvas são conhecidas do grande público e denominadas FUT(Transplante de Unidades Foliculares) em que a retirada de cabelos é localizada e FUE(Extração de Unidades Foliculares) em que a retirada de cabelos é difusa.
4. Tanto FUT como FUE, são meios clássicos de colheita de raízes de cabelo, que, como tudo em medicina cirúrgica, tem suas indicações precisas para cada caso em específico, sendo totalmente inverídica a afirmação de “técnica antiga” como sugere a matéria veiculada.
5. A SBCP, SBD E ABCRC no preponderante papel de informar a população sobre a verdadeira atuação da especialidade e de seus especialistas, repudia qualquer matéria que ponha em dúvida a capacidade e a respeitabilidade da cirurgia da restauração capilar brasileira ou que traga qualquer tipo de insegurança aos pacientes geradas por informações sem nenhum embasamento técnico-científico.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIRURGIA DA RESTAURAÇÃO CAPILAR
A busca de homens e mulheres nos Estados Unidos por um “biquinho perfeito” gerou um número recorde de procedimentos de aumento dos lábios em 2015, que se tornaram rapidamente o segundo procedimento facial mais realizado nos Estados Unidos desde 2000, perdendo somente para procedimentos de dermoabrasão (tratamento de acnes e cicatrizes).
“Vivemos na era da selfie e, por vermos imagens de nós mesmos quase constantemente nas mídias sociais, estamos muito mais conscientes de como nossos lábios são”, disse o Dr. David H. Song, presidente da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos. “Um benefício do procedimento de lábio é que você tem várias opções. Você pode alterar a forma de seus lábios para que fiquem tão sutis quanto você queira”, comenta Song.
De acordo com dados recentemente liberados pela Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS), o número de procedimentos de implantes de lábios cresceu dois dígitos em todas as regiões do país (EUA) em 2015, ganhando popularidade em homens e mulheres. Ao todo, foram 27.449 implantes. Em média, isso significa um procedimento de implante lábio a cada 19 minutos (aumento de 48% em relação ao ano de 2000).
Além do aumento acentuado no número de implantes labiais, as injeções de preenchimento também continuam a mostrar um crescimento impressionante. Entre a toxina botulínica, injeções e uma variedade de preenchimentos faciais, procedimentos labiais fizeram parte de cerca de 9,2 milhões de procedimentos de injeção em 2015, um aumento o de mais de 1.000% em 15 anos.”O lábio é o lugar fácil das pessoas começarem”, disse o Dr. Robert Houser, cirurgião plástico em Westerville, Ohio. Dr. Houser diz que a natureza temporária das injeções são ao mesmo tempo um fator pró e contra para os pacientes. “Se um paciente não gosta do resultado das injeções está tudo bem, porque dentro de alguns meses eles se apagam e tudo volta ao normal”, disse ele. “Mas se eles realmente gostarem do que as injeções fazem com seus lábios, eles têm que continuar voltando por alguns meses para mantê-los.”
A alternativa é um implante de lábio mais permanente, mas ainda reversível. “Implantes labiais estão aí já faz um bom tempo, mas a nova tecnologia está sendo um sucesso repentino para a indústria”, disse Houser. “É por isso que estamos vendo esse crescimento em procedimentos de implantes.”
Feitos de silicone macio e flexível, os implantes mais recentes têm provado ser mais estáveis e mais flexíveis do que os implantes anteriores, disse Houser, e por serem rápidos, exigem menos tempo de recuperação.
“Nós fazemos duas pequenas incisões nos cantos da boca e usamos um pequeno instrumento de passar para ajeitar o implante no lugar, e está feito”, disse Houser. “Dois pontos, muito pouco hematoma, inchaço mínimo e uma recuperação muito rápida.”
Uma vez que os implantes têm a intenção de ser permanentes, os pacientes não precisam mais voltar para injeções repetidas. No entanto, se eles decidirem que não querem mais os implantes, os médicos conseguem removê-los.
Outro benefício dos implantes mais recentes é a variedade de tamanhos. “É tudo sobre o contorno dos lábios e da assimetria da face”, disse Houser. “Os melhores lábios, em aparência, nem sempre são os mais cheios”
A ASPS encomendou uma pesquisa nacional com mais de mil mulheres sobre qual lábio de celebridades elas mais gostariam de ter. Ícones dos lábios cheios Angelina Jolie e Jennifer Garner ficaram em quarto e terceiro lugar na pesquisa, respectivamente. Scarlett Johansson ficou em segundo lugar, mas foram os lábios mais sutis e sensuais de Jennifer Lawrence que a maioria das pessoas escolheu como os mais atraentes.
O desejo de ter lábios mais naturais pode também estar influenciando o número de procedimentos de redução labial. De acordo com as últimas estatísticas da ASPS, houve 927 cirurgias de redução de lábio nos Estados Unidos no ano passado, um aumento de mais de 34% sobre o ano de 2013.
“Eu acho que os resultados mostram o quanto o lábio pode definir o rosto de uma pessoa” disse Song. “Mesmo se você não nasceu com um “biquinho” perfeito, trabalhando com seu cirurgião plástico, você pode alterar seus lábios sutilmente.”
“Ir ao médico certo é crucial” acrescentou Houser. “Porque eles entendem toda a assimetria da face e se preocupam em seguir o mais alto nível de normas de segurança. Certifique-se de procurar o certificado médico de cirurgia plástica e o nome do profissional na lista de membros associados da sociedade de cirurgia plástica do seu país.” Os procedimentos podem ser sutis e muito naturais, mas erros de profissionais menos qualificados podem ser óbvios e desastrosos” disse Houser.
Fonte: ASPS