Por Antonio Paulo Pitanguy Müller, médico residente em cirurgia plástica
Eu sempre fui muito próximo ao meu avô. Lembro-me dos fins de semana que íamos à ilha (foto 1), preferia constantemente conversar com ele a brincar com meu primo.
Ele me incentivava a manter a cabeça aberta e a ter curiosidade para diversos assuntos. A cultura era parte de sua vida e algo muito natural para ele; a simplicidade foi uma de suas principais qualidades. Tivemos um estilo de vida muito peculiar, mas tudo parecia normal. Olhando para trás agora, eu vejo o quão sortudo eu fui por conseguir aproveitar a companhia dele em vários lugares diferentes. Amava almoçar com ele em sua clínica. Tinha uma cobertura com um aquário e pássaros. Tinha um auditório que transmitia cirurgias ao vivo, onde colegas e residentes assistiam e isso era fascinante pra mim.
Durante minhas férias escolares, nós costumávamos ir para a Suíça esquiar. Tenho boas memórias com ele; às vezes ele me levava ao cinema e depois íamos comer uma pizza. Ele tinha a habilidade de fazer qualquer um se sentir especial, brincando na neve e esquiando com a família.
Quando comecei a faculdade de medicina, ele estava feliz, mas me deu o senso da responsabilidade. Disse-me que antes de me tornar um médico eu deveria viver intensamente cada passo. “Não ponha a carroça na frente dos bois”, ele me dizia. Pois, em sua opinião, o mundo estava cheio de especialistas, mas nenhum com interesse verdadeiro no ser humano. Encorajava-me a estudar e quando saímos para jantar em época de provas, ele me ajudava com a matéria da prova. Lembro-me de um dia em que matei aula para ir a sua clínica ver operações. Quando ele me viu, perguntou: “O que você está fazendo aqui? Ainda não é o momento de observar uma cirurgia plástica, você deveria estar estudando.”
Comecei a fazer plantão à noite em um dos principais hospitais públicos do Rio de Janeiro quando estava no quarto ano de medicina. Não queria que as pessoas soubessem que eu era neto dele, porque o nome dele é bem famoso no Brasil. Lembro-me de uma paciente que chegou com um corte no rosto para saturar e ela me disse sem saber quem eu era: “Por favor, faça o seu melhor. Quero que pareça que foi o Pitanguy que fez.” A experiência no hospital público foi muito importante para mim, me deu discernimento sobre a gravidade da violência urbana. Nós não dormíamos, mas era muito emocionante e eu amava contar as histórias para ele. Era o assunto que mais gostava: contar-me sobre suas experiências e aventuras no começo de carreira, quando trabalhava na emergência atendendo aos chamados das favelas.
Quando me formei, decidi que deveria fazer minha residência em cirurgia geral em um hospital do subúrbio do Rio, com muitas chamadas de emergência e traumas. Ele me encorajou a fazer isso e foi umas das experiências mais importantes da minha vida. Os cirurgiões que trabalhavam lá eram verdadeiros heróis, davam o melhor de si no que mais parecia um cenário de guerra, recebendo vítimas de tiroteios quase todos os dias em péssimas condições de materiais e infraestrutura. Aprendi bastante lá, passei duas vésperas de natal trabalhando na emergência ao invés de aproveitar com a minha família na Europa. Ele estava orgulhoso, mas nunca demonstrou isso. Sempre me dizia para ser humilde e tomar consciência da hierarquia que havia e do longo caminho que eu tinha à frente.
Ele criou uma escola de cirurgia plástica no início dos anos 60. E me disse que se eu quisesse entrar em seu treinamento, tinha que estudar muito e fazer um bom teste, porque era uma instituição meritocrática e não uma empresa familiar. Estava feliz em me aceitar pelo mérito (foto 3). Eu sabia que ele não viveria para sempre, então, nos últimos três anos fiz um esforço para tentar passar o máximo de tempo possível com ele. Eu tive o privilégio de ir a diferentes reuniões de cirurgia plástica com ele em muitos lugares. No Brasil, todo mundo pedia para tirar fotos com ele, e por conta de sua idade, às vezes, me preocupava. Uma vez perguntei se ele não estava cansado de tirar tantas fotos e ele disse que ele não era uma estrela do rock, e sim um médico e ficava muito honrado de ser reconhecido pelo seu trabalho.
Tive a chance de ir para os Estados Unidos e observar um dos melhores cirurgiões plásticos do mundo e quando voltei, conversei com meu avô e tive a clara percepção de que ele não sabia que era visto como modelo, o quanto influenciava outros jovens cirurgiões. A curiosidade era o que o mantinha; era curioso basicamente sobre tudo e gostava de citar o escritor brasileiro Guimarães Rosa, “mestre não é aquele que sempre ensina, mas sim aquele que sempre aprende.” Nesse sentido, me perguntou sobre as mídias sócias, aplicativos de iPhone, etc. Nos últimos meses, eu realmente gostava de assistir filmes com ele depois do jantar e sempre tinha várias opções, porque frequentemente ele dizia “não, esse é muito chato” e eu tinha que mudar de filme. A casa dele no Rio ficava perto de uma floresta, nos almoços de domingo era normal recebermos visitas de macacos no jardim, ele me pedia para alimentá-los. “Dê a banana para o pequenininho. Esse aqui está muito gordo comendo tudo.” Era um amante da natureza antes mesmo da ecologia virar moda. E durante mais de 30 anos manteve sua ilha ligada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente com muitas espécies de animais.
Fiz 30 anos uma semana antes de ele falecer. Ele estava fazendo hemodiálise. No dia seguinte, levei o bolo de aniversário e um champanhe para sua casa. Fizemos um brinde, ele me desejou sucesso e me senti triste por conta de sua fragilidade. Ele citou uma passagem da Bíblia, quando o rei Davi estava morrendo e pediu para chamar seu filho que ainda era muito jovem e me disse em latim: “Confortare pesto vir”, que significa: “Tenha coragem, seja um homem” (foto 4). Sempre vou guardar a memória de sua força já no final de sua vida, insistindo em aceitar carregar a Tocha Olímpica um dia antes de falecer e de nunca reclamar de nada. Manteve seu senso de humor até o fim e viveu uma vida plena e produtiva. O trabalho ocupava a maior parte do seu tempo, mas sei que não se arrependeu disso; era apaixonado pela sua especialidade e ajudou na sua propagação pelo Brasil.
Fonte: https://prsresidentchronicles.wordpress.com/2016/12/02/take-courage-be-a-man/
São muitos e altamente variados os motivos que levam as mulheres a buscar uma cirurgia plástica. A grande maioria, no entanto, procura por um especialista nesta área para melhorar seu aspecto físico e, consequentemente, sua autoestima. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e a International Society of Aesthetic Plastic Surgery, as cirurgias estéticas mais realizadas são a lipoaspiração e as cirurgias mamárias. Tais procedimentos são mais procurados por mulheres entre 20 e 50 anos.
Paulo Renato Simmons de Paula, professor adjunto de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás e membro especialista e titular da SBCP, diz que essa procura pode ser ocasionada por uma alteração física que causa desconforto à mulher, como mamas muito pequenas (hipomastia) ou muito grandes (hipertrofia mamária), um nariz grande ou orelhas em abano. “Muitas vezes, a paciente apresenta uma desproporção corporal, como um culote grande, e busca a cirurgia como forma de harmonização de seu corpo para se sentir melhor”, explica o médico.
O professor enfatiza que muitas mulheres que apresentam alterações abdominais decorrentes da gestação, como aumento do volume cutâneo e flacidez da musculatura abdominal (diástase abdominal), encontram na cirurgia plástica uma solução para melhorar seu contorno abdominal e harmonia corporal. Segundo ele, o aumento da expectativa de vida e do trabalho na terceira idade também tem levado muitas pacientes a buscar a cirurgia para melhorar sua aparência e o desgaste causado pela idade ou outros fatores, como o sol.
“Atualmente temos visto também um grande crescimento na procura de cirurgias plásticas por pacientes que apresentam grande perda de peso, como é o caso da pós-cirurgia bariátrica. Esses pacientes apresentam excesso de pele em várias áreas corporais, como abdômen, mamas, coxa, braço, face e dorso”, comenta.
Em relação aos procedimentos mais realizados nas mulheres, o cirurgião relata que cirurgia específicas são mais comuns em determinadas idades, mas não exclusivas. Em crianças após os seis anos de idade, as cirurgias estéticas mais frequentes são aquelas para correção de orelhas em abano. Após os 17 anos, a cirurgia mais comum é a mamária (seja para redução ou aumento dos seios) e a lipoaspiração.
“Porém, em pacientes adolescentes, estes procedimentos só devem ser realizados naquelas que apresentam maturidade, compreendem a dimensão do procedimento e o tempo de recuperação, tenham expectativas reais e estejam preparadas para possíveis intercorrências e complicações”, alerta Simmons.
Além desses procedimentos, a cirurgia nasal (rinoplastia) também está entre as mais procuradas por mulheres até 40 anos. “Nessa faixa etária, acrescentam-se também as cirurgias em abdômen (abdominoplastia ou miniabdominoplastia) como as mais frequentes”, afirma.
Após os 50 anos, aumenta a procura por cirurgias que envolvem o rosto, como as pálpebras (blefaroplastias) e face (ritidoplastia). “As pacientes podem operar desde que bem avaliadas por um cirurgião e realmente apresentem alterações para que se justifique a realização do procedimento”, esclarece o cirurgião.
Riscos e benefícios
De Paula afirma que existem riscos nas cirurgias plásticas, embora sejam raros. “Houve uma grande evolução da cirurgia plástica nos últimos anos. Complicações mais comuns que podem ocorrer são pontos cirúrgicos que inflamam e abertura da cicatriz”, relata. Outras complicações que podem ocorrer são infecções, necrose de tecidos e cicatrizes de qualidade ruim (queloides), trombose de membros inferiores, embolia pulmonar, reações alérgicas, reações anestésicas e, em raríssimos casos, morte.
“Cada cirurgia apresenta características peculiares. Cada ato cirúrgico deve ser profundamente explorado e seus riscos devem ser explicados à paciente pelo cirurgião plástico. Essa parceria e confiança mútua entre o médico e a paciente é de extrema importância para a realização de uma cirurgia plástica”, diz. Ele revela que para que o procedimento seja feito com segurança, é fundamental procurar um profissional sério e preparado. “Isso não é uma garantia de resultado, mas sabe-se que a chance de sucesso na cirurgia passa a ser grande”, aponta.
Para o especialista, é muito importante passar por uma consulta com este profissional antes da realização de qualquer procedimento. “Conhecê-lo pessoalmente é essencial. Deve-se prestar atenção em como ele se apresenta e se posiciona diante da paciente, seu tempo de consulta, se ele esclarece todas as dúvidas e trabalha dentro de expectativas realistas”, enfatiza.
Uma boa consulta envolve a discussão da história médica completa da paciente, em que são discutidos doenças, cirurgias anteriores e presença de complicações, existência de alergia e reação a anestesias anteriores, medicações de uso regular, vitaminas, suplementos, álcool, tabagismo e outras drogas.
Na opinião do professor, os benefícios das cirurgias plásticas são enormes, já que bons resultados melhoram de maneira significativa a autoestima da mulher. “Os benefícios vão além da aparência física. Em muitos casos, são reduzidos problemas relacionados a autoimagem, tais como confiança pessoal e em outras pessoas, depressão ocasionada por insatisfação corporal, bullying em crianças e harmonia corporal”, relata.
De Paula ressalta, no entanto, que é fundamental que as expectativas sejam reais, devendo-se fugir de resultados sonhados ou baseados em resultados de terceiros. “Cada corpo é único assim, como seu resultado”, conclui.
Dicas importantes
Segundo o médico Paulo Renato Simmons de Paula, é importante escolher um cirurgião membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) que:
- Completou um treinamento em cirurgia de no mínimo cinco anos, sendo três deles em cirurgia plástica (lembrando que o médico se especializa em cirurgia após concluir a graduação em medicina, que são seis anos);
- Está treinado para realizar as diferentes cirurgias plásticas existentes em seu arsenal;
- Está submetido a um código estrito de ética;
- Apenas opera em instalações médicas credenciadas.
Para saber se o médico é titulado e cadastrado na SBCP, acesse: http://www.cirurgiaplastica.org.br.
Para quem deseja se submeter a uma cirurgia plástica, a orientação é de que conheça pessoalmente pacientes que se submeteram a algum procedimento com o mesmo especialista. É importante também certificar-se de que o profissional está cadastrado no Conselho Regional de Medicina (CRM) do Estado na especialidade de Cirurgia Plástica.
Outro alerta é para profissionais que prometem resultados milagrosos. Deve-se tomar cuidado, ainda, com profissionais que oferecem preços muito baixos e fogem das médias da região. A paciente também deve observar se o local onde o cirurgião realiza seus procedimentos está dentro dos padrões necessários de segurança. Para de Paula, segurança é a palavra chave para a realização de qualquer ato cirúrgico.
Fonte: www.cuidadofeminino.com.br
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica calculou número de pacientes que sofreram deformidades e complicações por causa do produto
SÃO PAULO – Muito utilizado para preenchimento e modelagem facial e corporal, o polimetilmetacrilato (PMMA), também conhecido como metacril ou bioplastia, provocou deformidades e complicações em cerca de 17 mil pacientes de todo o País, segundo pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional São Paulo (SBPC-SP) e obtida pelo Estado.
Essa é a estimativa do número de pacientes que precisaram recorrer a cirurgiões plásticos a fim de corrigir sequelas deixadas pelo produto no período de um ano, entre maio de 2015 e de 2016, conforme a pesquisa feita pela SBPC-SP com 300 especialistas brasileiros.
O PMMA é um produto sintético composto por microesferas de acrílico aplicado por meio de cânulas, sob anestesia local. Os riscos do uso do produto ganharam atenção no final de 2014, quando a modelo Andressa Urach foi internada em estado grave com uma infecção nos glúteos e coxas causada pelo uso de metacril e hidrogel, outro produto usado para preenchimento corporal.
“Como é formado por microesferas, o PMMA se espalha pelo tecido da região após ser aplicado e, por ser um corpo estranho, costuma causar uma reação que produz nódulos e deformidades. O problema maior é que o quadro é quase insolúvel porque, para extrair o produto, é preciso retirar tecido sadio em volta. É como tentar tirar cola aplicada sobre uma esponja”, diz Luis Henrique Ishida, presidente da SBCP-SP.
Ele relata que, além de ser usado como modelador para glúteos e coxas, o produto tem sido aplicado no rosto para o preenchimento de rugas. “Quando ocorrem complicações, são necessárias pelo menos duas cirurgias para tentar minimizar o problema, mas a região não volta a ser como era. Além disso, há pessoas que podem ter infecções graves ou reações alérgicas que precisarão ser tratadas com corticoides para o resto da vida”, diz o especialista, que pede que a substância seja banida para fins estéticos. “Ela começou a ser usada para corrigir deformidades de pacientes HIV positivos. Mesmo nesses casos os resultados não são os melhores.”
Barato. Médicos dizem que a opção pelo metacril ganhou adeptos pelo custo inferior a outros procedimentos estéticos. Enquanto uma sessão de aplicação de ácido hialurônico custa R$ 2 mil, a de PMMA vale cerca de R$ 900 e nem sempre é feita por médicos. Na internet, é possível encontrar clínicas de estética, consultórios odontológicos e até salões de beleza oferecendo o procedimento.
A psicóloga Dulcinéa Ferraz, de 50 anos, foi uma das vítimas do uso do polimetilmetacrilato. Em 2010, ela procurou uma clínica de São José dos Campos, onde mora, para fazer o preenchimento de uma ruga profunda acima da boca. A médica indicou a bioplastia para a marca de expressão e também para dar volume aos lábios. “Em nenhum momento ela me explicou que havia riscos.”
Dois anos depois, Dulcinéa passou a notar um inchaço e o aparecimento de feridas e nódulos na boca. “Eu parecia um índio botocudo tamanho o inchaço da minha boca. Fiz duas cirurgias, tomei medicamentos, mas dava uma melhorada e depois voltava. Minha autoestima deixou de existir, não queria mais sair de casa.” Em 2015, a psicóloga fez uma plástica para a retirada de parte do produto. “Não saiu tudo, mas estou melhor.”
Anvisa. Questionada sobre a regulamentação do uso do polimetilmetacrilato no País, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que, para fins estéticos, tanto a procedência do produto quanto a capacitação do profissional devem ser observados pelos pacientes.
“A orientação do paciente deve ser completa, de modo a permitir sua livre escolha de submeter-se, ou não, ao procedimento. Os estabelecimentos devem possuir condições hígidas e ser devidamente equipados”, informou a agência. O uso do produto em procedimentos reparadores, como para pacientes com lipodistrofia causada pelo tratamento contra o HIV, deve ser feito em unidades de saúde credenciadas.
Fonte: saude.estadao.com.br
Pele escurecida, tamanho dos grandes e dos pequenos lábios, do clitóris e do monte de vênus. São muitos os motivos que levam mulheres aos consultórios de cirurgiões plásticos e dermatologistas para melhorar a aparência da vulva, região que compreende toda a genitália feminina, incluindo a vagina (embora a grande maioria da população se refira a todo esse conjunto como a vagina, vale reforçar que ela é o canal interno do órgão sexual feminino e parte do aparelho reprodutor).
Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na sigla em inglês), o Brasil é recordista mundial em cirurgias íntimas femininas -só em 2015, a labioplastia foi feita por 12.870 mulheres no país.
O cirurgião plástico André Colaneri, especialista pela SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), conta que a maioria das pacientes que busca por esses procedimentos o fazem por se sentirem constrangidas de alguma forma, seja na hora de colocar alguma roupa específica [biquíni ou calça apertada] ou no momento da relação sexual.
“A paciente opera por ela mesmo, e não para agradar o marido ou namorado. Na verdade, os homens não ligam muito para essas coisas, mas as mulheres querem se sentir melhor. A cirurgia é íntima não só pelo lugar em que ela é feita, mas também por parte da paciente, que, muitas vezes, não conta para ninguém que fará o procedimento”, afirma Colaneri.
O UOL conversou com cirurgiões plásticos e dermatologistas para conhecer quais são os tratamentos que podem ser realizados por quem quer deixar a área íntima mais bonita:
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Cremes clareadores
Como a depilação com cera faz com que a região da vulva fique mais escura, muitas mulheres se incomodam e buscam auxílio de cremes clareadores. “Esse tipo de produto só pode ser usado na virilha e na parte superior do púbis, locais em que a pele é mais grossa. A mucosa da vulva é muito sensível e, como muitos desses cremes têm ácido em sua composição, podem machucar a região”, explica Gustavo Guimarães, cirurgião plástico membro da SBC (Sociedade Brasileira de Cirurgia).
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Laser
O laser estimula a produção de colágeno, ajudando a clarear a pele. “Na área externa, utilizamos o laser fracionado. Ele provoca pequenos ‘furinhos’ na pele, estimulando a produção de colágeno e, com isso, melhora o aspecto da pele deixando-a mais clara”, explica Daniella Curi, ginecologista especialista em rejuvenescimento vaginal. Segundo ela, a dor no procedimento é de leve à moderada e vai depender muito da sensibilidade de cada pessoa. “Conseguimos amenizar essas dores com uso de anestésico tópico antes da sessão de laser”, diz ela.
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Peeling
Assim como o peeling facial e corporal, o procedimento feito na região genital, segundo Denise Steiner, coordenadora científica da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), tem o objetivo de renovar as células do local e contribuir com seu clareamento. “Na hora, o procedimento pode arder um pouquinho. Depois, há uma leve descamação na região.”
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Microdermoabrasão
Outro tratamento disponível para clarear a região da vulva e da virilha é a microdermoabrasão. “O aparelho joga um jato de partículas para estimular a produção de colágeno. O tratamento não é dolorido: a paciente sente micropedrinhas encostando no local, esquentando um pouco”, explica Denise.
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Radiofrequência
Os aparelhos de radiofrequência liberam uma energia diferente da do laser para deixar a região íntima mais clara. “As ponteiras do aparelho encostam na pele e massageiam toda a área com movimentos circulares, dos grandes aos pequenos lábios. O objetivo é melhorar a rigidez da pele, que, muitas vezes, fica flácida com o passar da idade. O tratamento libera calor e estimula a produção do colágeno na região”, afirma Denise. Segundo Denise Steiner, para que seja eficiente, a radiofrequência precisa ser feita com uma temperatura elevada: durante o tratamento, é possível que a mulher tenha uma sensação rápida de queimação na pele.
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Preenchimento com ácido hialurônico ou gordura
Segundo Milton Rocha, membro da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), esse tipo de procedimento tem sido feito com frequência por conta da atrofia vulvar que acontece com as mulheres quando elas passam dos 35 anos. “Durante o processo de envelhecimento, há uma queda nos níveis hormonais e a vulva vai perdendo o volume e elasticidade”, explica. Para aumentar o volume, tanto dos grandes quanto dos pequenos lábios, o preenchimento pode ser feito de duas maneiras: com ácido hialurônico ou com gordura. Enquanto o primeiro age de forma temporária para melhorar o aspecto estético da região, o segundo é definitivo e feito com a própria gordura do corpo, diminuindo riscos de rejeição. “A desvantagem da gordura é que é preciso retirar material de algum outro local [abdome, costas, bumbum, etc.] para a aplicação e sua absorção é variável. Já o ácido tem menor tempo de duração [de seis a oito meses] e todo o volume de aplicação que é colocado no local é absorvido”, explica Guimarães. “Geralmente a dor é suportável, pois utiliza-se um anestésico local”, diz. Os dois procedimentos são ambulatoriais e a paciente vai para casa no mesmo dia.
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Labioplastia ou ninfoplastia
Conhecida como correção da hipertrofia dos pequenos lábios, a labioplastia, segundo Rocha, é o tipo de cirurgia íntima mais realizada no Brasil. “Esse aumento dos pequenos lábios faz com que as pregas de pele, que deveriam ficar na parte interna da vulva, fiquem expostas. Isso dá o aspecto de pele sobrando e flacidez, o que constrange muitas mulheres, principalmente na hora do sexo ou quanto colocam uma calça mais justa”, explica Colaneri. O procedimento cirúrgico é simples e feito com anestesia local e sedação. “Ele leva cerca de 40 minutos e a paciente é liberada no mesmo dia. A maioria opera na sexta e já volta a trabalhar na segunda-feira. O que deve ser evitado são banhos muitos quentes. A relação sexual é liberada apenas depois de um mês”, diz Colaneri.
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Lipoaspiração do monte de vênus
Consiste na redução da região que fica acima do púbis, onde ficam os pelos. “Essa é aquela gordurinha que se acumula e acaba marcado na calça, constrangendo muitas mulheres. Na maioria dos casos, é retirada com uma lipoaspiração”, explica Colaneri. O procedimento também é de baixo risco e, para ser realizado, a paciente é sedada e recebe anestesia local.
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Clitoroplastia
Essa cirurgia é muito procurada pelas mulheres que têm uma hipertrofia do clitóris. “Isso é frequente entre as que tomam hormônios masculinos para fins estéticos. O resultado é que, muitas vezes, o clitóris aumenta de tamanho. Essa cirurgia é feita para diminuir o órgão, e, de todas as íntimas, é a mais complexa, pois há risco de perda de sensibilidade”, explica Rocha.
Fonte:http://estilo.uol.com.br/
BREVE ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA CIRURGIA PLÁSTICA NO BRASIL PELA CARREIRA DE RICARDO BAROUDI
No mês em que se comemora o Dia Nacional do Cirurgião Plástico e os 68 anos de fundação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o décimo presidente eleito da SBCP e um dos pioneiros da especialidade no país, Dr. Ricardo Baroudi, fala um pouco de sua trajetória na especialidade e faz uma breve análise da evolução da cirurgia plástica no país, respondendo questões da atualidade como a formação do cirurgião plástico e a invasão da especialidade por não especialistas. Confira a entrevista abaixo.
SBCP – O senhor se formou há quase 60 anos. Na sua visão o que mudou nessas seis décadas no perfil do médico cirurgião plástico?
RB – Apesar da Medicina ser uma ciência de verdades transitórias, a sua linha de evolução sempre foi e tem sido ascendente em todas as especialidades. Se formos comparar especificamente a Cirurgia Plástica, quando nos graduamos nos idos de 1957 aos limites atuais da especialidade, os ganhos foram e tem sido contínuos e incontáveis. Atualmente ainda, analisando a qualidade dos resultados obtidos nos numerosos e diversos tipos de cirurgias, é também quase incomparável com base na evolução natural das técnicas e nos limites de cobrança por parte das(os) pacientes. Um dos pontos fundamentais nesta evolução foi a anestesia e a monitoragem dos pacientes, permitindo maior segurança transoperatória na realização de cirúrgicas combinadas e a imperativa necessidade de equipes cirúrgicas treinadas para realizar estes procedimentos.
Outra evolução a ser registrada é a receptividade da cirurgia estética no cenário social, quando o “tabu” deste tipo de cirurgia passou a ser “status”, associado a mostrar o que é belo e eliminar o oposto. Este aspecto teve maior repercussão social nos países tropicais e mais ainda nas áreas próximas ao litoral, onde a exposição do corpo é maior comparada com os que vivem nas montanhas, nas regiões do interior dos países e nos de clima temperado.
Ainda nesta linha evolutiva, a desinibição de falar e mostrar os resultados das cirurgias determinou uma reação em cadeia para as pessoas que desconheciam os procedimentos, as que estavam no limite de querer ser operadas e as que aguardavam os resultados de outras operadas para decidirem ou não a se submeterem a estes tipos de cirurgias. Cremos que este comportamento não deverá mudar em longo prazo, salvo algo melhor que a cirurgia plástica estética possa oferecer.
SBCP – Em relação a formação acadêmica, houve evoluções?
RB – Nas últimas décadas a formação acadêmica tem evoluído continuamente, mediante critérios táticos, técnicos e didáticos para a preparação de cirurgiões plásticos jovens e qualificados para exercer a especialidade. Foram criados competentes serviços credenciados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em todo o país, em que o bacharel em medicina durante três anos como residente, depois do treinamento em Cirurgia Geral, recebe treinamento em tempo integral para estar em condições de exercer a especialidade mediante exame de qualificação no final do mesmo.
SBCP – Quais foram os maiores desafios enfrentados nesses anos de profissão?
RB – Como os demais médicos, cirurgiões plásticos também passam por treinamentos específicos para as áreas de atuação. Desde o início de suas atividades até a aposentadoria, prevalece a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos e a seu constante aprimoramento na sua qualificação técnica para a obtenção de resultados sempre melhores dos apresentados nas condições pré-operatórias. Não tem sentido resultados aquém. É importante e imperativo que os pacientes saibam os limites e possibilidades dos resultados antes de uma cirurgia, mediante informações precisas por parte do Cirurgião e a possibilidade de haver retoques quando necessário. A relação médico-paciente deve ser mantida diante de intercorrências e mesmo diante de complicações.
Particularmente na Cirurgia Plástica Estética, ninguém se submete a um procedimento para ficar igual ou pior do que estava: a expectativa é melhorar sempre, porém, dentro de critérios apresentados pelo profissional responsável para evitar qualquer ansiedade além dos limites prometidos.
Durante os anos de atividade profissional passamos por três períodos distintos e interligados quanto à postura profissional diante das pacientes: quantitativo, qualitativo e o seletivo. As palavras são autoexplicativas e aplicadas à grande maioria dos Cirurgiões Plásticos.
Ainda sobre o assunto, a tendência é a de sermos selecionados pelos pacientes diante dos resultados por eles observados nas pessoas de suas relações. Os maiores desafios foram agir com competência e dignidade, atributos nem sempre presentes na nossa rotina profissional, pois, quando nosso dia a dia é lidar com a vida humana , muitos quesitos algumas vezes adversos, se somam à nossa competência.
SBCP – E quais foram suas principais conquistas?
RB – A minha prioridade sempre foi trabalhar na especialidade, juntando atividades científicas e cirúrgicas, combinando ambas de forma a contribuir com publicações em Livros e Revistas nacionais e estrangeiras. Chegamos aproximadamente a 140 publicações , além de um livro integralmente escrito por nós sobre Cirurgia do Contorno Corporal. Paralelamente fui duas vezes presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, presidi três congressos internacionais e fui editor da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica.
SBCP – Hoje temos visto muitos não especialistas realizando procedimentos de cirurgia plástica. Como o senhor enxerga essa invasão da especialidade?
RB – Nos tempos idos , chamávamos especialistas de várias áreas para participarem de certos tipos de cirurgias combinadas com a plástica que iríamos realizar nas pacientes. Otorrinos, oftalmologistas, ginecologistas, cirurgiões gerais, ortopedistas, etc., que realizavam o seu trabalho e eram responsáveis pelo seu tratamento. As pacientes pagavam diretamente a estes médicos. Por exemplo, os otorrinos eram os responsáveis pela parte funcional do nariz corrigindo o septo e os cornetos melhorando a respiração e nós na plástica nasal para fins estéticos.
O tempo passou e lentamente estes especialistas aprenderam a fazer estas plásticas e simplesmente continuam nesta rotina atualmente. Não haverá retorno ao antigo sistema de combinar especialistas diversos de acordo com a patologia específica. Desconhecemos os aspectos legais e éticos destes procedimentos. O tempo determinará até quando isto vai ocorrer e até quando o Conselho Federal de Medicina irá assumir o teor deste assunto e definir a conduta final.
SBCP – Que recado o senhor gostaria de passar para os novos cirurgiões plásticos, que estão começando a carreira agora?
RB – A Cirurgia Plástica é essencialmente artesanal em particular a ligada a estética , onde o compromisso profissional está vinculado ao percentual de melhora prometido antes da cirurgia. Mesmo sem nenhuma complicação, quando este índice não é atingido, a cobrança por partes dos pacientes pode variar e muito. A relação médico-paciente pode sofrer alterações pouco previsíveis em extensão e profundidade, articularmente diante de intercorrências de problemas que exigem revisões cirúrgicas e casos de resultado aquém do prometido ou combinado no pré-operatório.
A documentação científica é imperativa no pré e no pós-operatório dos casos operados para comprovação real sobre o que foi combinado antes da cirurgia. Aparelhos de filmar no pré, trans e pós-operatório são altamente indicados para comprovação científica e para fins legais. Atualmente existem tipos de filmadoras adaptadas na cabeça do cirurgião que oferece condições de documentar todas as fases operatórias, além de permitir separar fotografias que possam ser usadas para vários fins.
Outro detalhe, não menos importante, é o trabalho do cirurgião com uma equipe fixa de assistente(s) e instrumentador(es) e, se, possível de anestesistas, de acordo com o tempo e o tipo de cirurgia . Altamente recomendável a troca de luvas da equipe e do campo operatório a cada duas horas.
Para concluir, existem três tipos básicos de cirurgiões plásticos: os professores que se dedicam ao ensino da especialidade na área científica, publicando livros e centenas de artigos (porém nem sempre com tanto tempo hábil para usar o bisturi; O segundo grupo é o inverso: gostam de operar, porém, não gostam ou não têm tempo para escrever, publicar ou participar de congressos da especialidade. O terceiro é uma composição dos dois tipos de cirurgiões: os que operam e publicam, cumprindo pesada agenda. Pertenci a este grupo, o qual recomendo aos jovens.
Quando a busca desenfreada por um padrão de beleza a qualquer custo coloca em risco a segurança dos pacientes
A procura por cirurgias plásticas e procedimentos estéticos só aumenta, mas a falta de regulamentação em alguns países ou a procura por um preço acessível pode gerar resultados indesejados e até mesmo colocar a saúde dos pacientes em risco. (iStokphoto/Getty Images)
Em 2013 o Brasil era o campeão no ranking dos países que mais fazem cirurgias plásticas no mundo. Apesar da queda nos últimos dois anos, os números continuam altos. Segundo uma pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na sigla em inglês), em 2015, o Brasil realizou 1,22 milhão de procedimentos. Houve também um aumento por procedimentos menos invasivos e duradouros, como preenchimentos labiais. No entanto, estes também não estão livres de risco.
“Assim que terminou, entrei no carro e chorei. Senti que eu tinha me autoflagelado”, disse uma das milhares de jovens que se submetem ao preenchimento facial como uma solução milagrosa para elevar a autoestima, no Reino Unido, segundo informações da BBC Brasil.
Lá, o procedimento estético é considerado um dos mais acessíveis, uma vez que não precisa ser feito por médico ou clínica autorizada. Desde 2014, tem havido um aumento de 13% ao ano em todos os procedimentos estéticos, de acordo com relatório anual da Associação Britânica de Cirurgiões Plásticos Estéticos (Baaps, na sigla em inglês). No entanto, essa continua a ser uma das áreas menos regulamentadas da medicina no Reino Unido, o que coloca em risco a segurança dos pacientes.
Aos 24 anos, Tina, que prefere não revelar seu nome verdadeiro, pagou 75 libras (cerca de 350 reais) por um preenchimento labial, realizado no salão de beleza que frequentava.
“Foi fácil demais. Logo depois, ficou horrível. Muito inchado. Eu nunca senti tanta dor como naquela noite. Fiquei acordada de 2h até 5h da manhã no banheiro, observando meu lábio no espelho. Minha boca ia explodir. Essa era minha sensação. E senti vergonha por ter me submetido a isso apenas por vaidade”, contou a jovem.
Segundo ela, seu parceiro não se conformava. “Ele ficou bravo. Eu pensei que a gente ia terminar por causa disso. Ele dizia: ‘Você sempre falou que queria parecer natural – por que você fez isso?’”, relatou.
O caso de Tina é um entre muitos. Uma pesquisa realizada em outubro pela rede britânica BBC, mostrou que 32% das mulheres britânicas buscam cirurgia plástica. Entre as mulheres com menos de 35 anos, esse percentual sobe para 45%. O procedimento cirúrgico mais popular é o aumento dos seios.
Fonte: veja.abril.com.br
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher aprovou proposta que garante prioridade de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) para a cirurgia plástica reparadora de sequelas de lesões causadas por atos de violência contra a mulher.
O texto aprovado é o substitutivo da relatora, deputada Gorete Pereira (PR-CE), ao Projeto de Lei 2362/15, do deputado Alfredo Nascimento (PR-AM). O projeto original garante o direito à cirurgia plástica reparadora e prevê a prioridade de atendimento para o procedimento no SUS.
A relatora destaca, porém, que a Lei 13.239/15 já garantiu o direito à cirurgia plástica reparadora de sequelas de lesões causadas por atos de violência contra a mulher. Porém, não estabelece o direito à prioridade de atendimento.
Segundo Gorete, quando o PL 2362/15 foi apresentado, “ainda não existia norma vigente que tratasse do direito à cirurgia plástica reparadora no âmbito do Sistema Único de Saúde”.
No substitutivo, a parlamentar aproveita, portanto, “apenas os aspectos inovadores do projeto”. O texto acrescenta dispositivo à Lei Maria da Penha (11.340/06).
Tramitação
De caráter conclusivo, a proposta será analisada agora pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: http://oregionalsul.com.br/
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica usa data para conscientizar sobre os riscos de realizar procedimentos com não especialistas
Um levantamento solicitado pela SBCP afirma que 63% dos processos jurídicos por erro médico em cirurgia plástica envolvem médicos não especialistas, deste total, 70% são condenados. Para prevenir novos casos, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, em comemoração ao Dia Nacional do Cirurgião Plástico, alerta a população para a importância da escolha correta de um profissional que seja especialista em cirurgia plástica. A data foi escolhida em alusão ao dia de fundação da Sociedade, em 7 de dezembro de 1948.
Para o presidente da SBCP, Luciano Chaves, “é injustificável que um paciente queira realizar um procedimento de cirurgia plástica com um médico não especialista”. Segundo estimativa da SBCP, existem 12.000 médicos não especialistas atuando em cirurgia plástica. “Para cada cirurgião plástico habilitado para realizar procedimentos na especialidade, existem dois oferecendo plásticas estéticas, especialmente lipoaspiração, sem ter formação para fazer a cirurgia”, completa.
As consequências em realizar uma cirurgia plástica com um não especialista podem variar entre sequelas, muitas vezes irreversíveis, paralisação de um membro, necrose de tecidos ou até levar o paciente à morte. Além de ser formado em medicina, o cirurgião plástico precisa cursar dois anos de cirurgia geral e três anos de especialização em cirurgia plástica. Por isso, somente um médico especializado está habilitado para realizar qualquer procedimento cirúrgico com a segurança necessária ao paciente.
Em 2015 foram realizadas 1,5 milhão de cirurgias plásticas no país. Deste total, 900 mil procedimentos foram estéticos. Por isso, Luciano alerta àqueles que querem realizar alguma cirurgia plástica, sobre a necessidade de se informar antes e buscar um profissional especializado para atender.
No site da SBCP é possível localizar todos os especialistas em cirurgia plástica do país. Basta acessar www.cirurgiaplastica.org.br ou baixar gratuitamente o aplicativo na Google Play ou Apple Store. “O objetivo maior da Sociedade é levar para a população informação, esclarecimento”, conclui Luciano. A “Pesquisa Jurídica”, sobre intercorrências em cirurgia plástica, foi publicada na edição especial da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica sobre segurança do paciente, divulgada durante o 53º Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica no mês de novembro.