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admin

Inscrições prorrogadas até 06/09 para o Prêmio Jornalismo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

By Notícias

Melhores reportagens sobre cirurgia plástica recebem prêmio no valor de R$3 mil reais

Foram prorrogadas até 06/09, as inscrições para a edição 2013 do Prêmio Jornalismo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Com o objetivo de incentivar ações voltadas ao esclarecimento da população na área da cirurgia plástica e aumentar a produção de matérias sobre temas relevantes à especialidade médica, a SBCP lança a 2° edição de seu prêmio, este ano dividida em três categorias: jornal impresso, revista e televisão. Serão aceitos trabalhos enviados com data de publicação referente ao período de 01 de agosto de 2012 a 01 de agosto de 2013.

As inscrições podem ser feitas por e-mail: premiocirurgiaplastica@advicecc.com até 06 de setembro e os ganhadores serão anunciados em 01 de outubro. O vencedor de cada categoria receberá um prêmio em dinheiro no valor de R$ 3 mil reais, o Troféu Prêmio de Jornalismo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica 2013, em reconhecimento aos serviços prestados à população e pela qualidade de seu trabalho.
É importante lembrar que serão colocados em julgamento apenas trabalhos escritos em língua portuguesa, de autoria de profissionais brasileiros e publicados em televisão, jornal, revistas brasileiras, com sede no País. Cada jornalista pode inscrever até três reportagens para concorrer ao Prêmio e em caso de coautoria, é preciso identificar todos os autores na ficha de inscrição e a indicação de um responsável pela matéria. As séries de reportagens podem valer como uma única inscrição.

Vencedores de 2012

Folha de S.Paulo
Silicone só deve ser retirado se romper, dizem cirurgiões
Por Débora Mismetti

Revista IstoÉ
Entrevista para Páginas Vermelhas com Dr. José Horácio Aboudib
Por Elaine Lobato

Jornal Nacional
Próteses de silicone vão precisar de certificação do Inmetro
Por Mônica Teixeira

Portal G1
Cirurgiões plásticos fazem mutirão para atender escalpelados no norte
Por Camila Newman

Rádio (Rádio Jovem Pan)
Mulheres com próteses PIP devem ir ao médico
Por Renata Perobelli

Imprensa Internacional
Representada por Verônica Goyzueta

Leia o regulamento completo e saiba como participar

Auto-Tratamento: Nota de Esclarecimento

By Notícias

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Considerando a repercussão causada nesta semana em decorrência de vídeo postado em site eletrônico na internet, exibindo tratamento cirúrgico realizado por médico em seu próprio corpo, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) vem a público para se manifestar em consonância com o entendimento do Parecer CREMESP nº 103.167/2007*, cujo texto julga inapropriado qualquer modalidade de ato médico em si, salvo iminente risco de vida.

Outrossim, a SBCP repudia qualquer divulgação de ato ou assunto médico em meio de comunicação de massa, que seja desprovido de reconhecimento científico e não possua caráter de esclarecimento e educação da sociedade.

São Paulo, 09 de maio de 2013

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

* PARECER – 103.167/2007
Ainda que o Código de Ética Médica não tenha nenhum artigo abordando o tema, julgamos inapropriado o médico solicitar exames para si próprio ou realizar qualquer ato médico em si, como se auto-prescrever, se auto-examinar etc. A concomitância da situação de ser médico de si próprio traz alguns perigos, sendo o maior deles o prejuízo a um julgamento isento de seu estado de saúde e, conseqüentemente, prejuízo a tomada de decisão mais correta.
Este é o nosso parecer, s.m.j.
Conselheiro Luiz Alberto Bacheschi
APROVADO NA 3.750ª REUNIÃO PLENÁRIA, REALIZADA EM 21.11.2007.

Nota a Imprensa

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Considerando o lamentável incidente em procedimento cirúrgico envolvendo a Sra. J.T., ocorrido, segundo informações veiculadas na imprensa, em 03/maio/2013 e divulgadas em 07/maio/2013, em São Paulo-SP, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica manifesta-se com o que segue:

Solidarizamo-nos com a família enlutada.

O entendimento e orientação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica é pelo fiel cumprimento de normas e critérios científicos que maximizem a segurança do paciente.

De mesmo modo é preciso ponderar que não se pode negar a existência de riscos inerente ao exercício da Medicina, já que o médico trabalha com margens de previsibilidade em terreno conjectural. Ainda que todas as regras da lex arts sejam criteriosamente cumpridas dentro da ética e zelo profissional, insucessos podem ocorrer por fatores imprevisíveis que fogem o controle do médico e da Medicina.

Entretanto, a análise da conduta profissional, dos fenômenos orgânicos da paciente, somados às condições estruturais na realização do procedimento elencado, é que trarão uma razão de juízo acerca de causas e efeitos de cada caso concreto. Para tanto, órgãos e autoridades oficiais, são investidos de poderes na emissão de pareceres técnicos fundamentados.

Tem-se por óbvio que qualquer pré-julgamento acerca de fatos não comprovados, se trata de mera especulação e exploração sensacionalista de um momento delicado como tal.

Não obstante, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, aguarda o pronunciamento conclusivo dos órgãos oficiais acerca dos fatos, para que possa se manifestar tecnicamente sobre o ocorrido e, agir no âmbito de suas funções.

São Paulo, 07 de maio de 2013.
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

Reconstrução Mamária

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RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA É PARTE INTEGRANTE DO TRATAMENO DE CÂNCER DE MAMA AFIRMAM ESPECIALISTAS

A SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA, ATRAVÉS DE SEU DEPARTAMENTO DE AÇÃO SOCIAL, QUE REALIZOU EM MARÇO DE 2012, 500 CIRURGIAS DE RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA PARA PACIENTES QUE ESTAVAM A ESPERA DESSE ATENDIMENTO PELO SERVIÇO ÚNICO DE SAÚDE-S.U.S., EM 19 CAPITAIS DE TODO BRASIL, DÁ INÍCIO AGORA EM MARÇO DE 2013 A CONTINUIDADE DESSE PROJETO SOCIAL QUE PROPORCIONA AOS PACIENTES O RETORNO A SUA VIDA PESSOAL, SOCIAL E PROFISSIONAL.

SEGUNDO O INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER-INCA, SOMENTE EM 2010 FORAM REGISTRADOS 49.240 NOVOS CASOS EM HOMENS E MULHERES EM TODO PAÍS. OUTROS DADOS TAMBÉM SÃO REVELADORES DESSES PACIENTES:
-QUANTO AO ESTADO CIVIL: 42% SOLTEIRAS; 32% SEPARADAS: 22% CASADAS E 2% COM UNIÃO ESTÁVEL OU VIÚVAS

-QUANTO AO DIAGNÓSTICO: 58% REALIZADO PELO AUTO EXAME; 17% COM DOR OU SECREÇÃO; 15% EXAME DE ROTINA E 10% OUTRA SITUAÇÃO

-MASTECTOMIA COMO CAUSA DE SEPARAÇÃO ATINGIU 31% DAS PACIENTES, SEGUNDO O INCA

O TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA INCLUI O DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO, MASTECTOMIA, QUIMIOTERAPIA, RADIOTERAPIA E POR FIM A RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA, AFIRMA O PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA, JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB, QUE APROVEITA PARA SALIENTAR QUE DEVIDO A GRANDE DEMANDA DESSAS PACIENTES, O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE-S.U.S. , NEM SEMPRE CONSEGUE ATENDER ESSAS PACIENTES.

ABOUDIB INFORMA QUE MEDIANTE ESSA SITUAÇÃO, A SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA EM UM ESFORÇO DE SEUS MEMBROS E TODA UMA EQUIPE MÉDICA MULTIDISCIPLINAR REALIZARÁ EM 2013 MAIS UM GRANDE “MUTIRÃO” DE CIRURGIAS PARA RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA EM VÁRIAS CAPITAIS EM 2013:
EM GOIÂNIA FOI REALIZADO NO DIA 20 DE MARÇO, AINDA REALIZAREMOS MUTIRÕES EM CURITIBA, SÃO PAUO, RIO DE JANEIRO, ARACAJU E BELO HORIZONTE.

OS PACIENTES DESSAS CIDADES DEVEM PROCURAR O SERVIÇO DE CIRURGIA PLÁSTICA DOS HOSPITAIS PÚBLICOS LOCAIS.

DEMAIS INFORMAÇÕES
RAUL KURY – IMPRENSA -SBCP – TEL-11-9.9882.9039

Matéria Folha de São Paulo

By Notícias

PESQUISA INÉDITA REVELA OS NÚMEROS DA CIRURGIA PLÁSTICA NO BRASIL.
LIPOASPIRAÇÃO ULTRAPASSA OS IMPLANTES MAMÁRIOS DE SILICONE EM 2011

ACOMPANHE TAMBÉM A VICE LIDERANÇA DO BRASIL NO RANKING MUNDIAL

A SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA ACABA DE PONTUAR OS ÚLTIMOS NRS. DA CIRURGIA PLÁSTICA JUNTO AOS SEUS AFILIADAOS EM TODO BRASIL (ATUALMENTE 5.200 CREDENCIADOS PELA SBCP)

PARA ENTREVISTA CONTATE O PRESIDENTE NACIONAL-SBCP, NO TEL-11-9.7314.7312
RAUL KURY-IMPRENSA-SBCP-TEL-11-9.9882.9039

BRASIL CIRURGIAS REALIZADAS EM 2011

Abdominoplastia – 95.004 / 10,49%

Blefaroplastia – 90.281 / 9,97%

Mamoplastia de Aumento – 148.962 / 16,45%

Mamoplastia / Pexia – 131.377 / 14,51%

Gluteoplastia com Prótese – 21.452 / 2,37%

Gluteoplastia / Lifting – 1.909 / 0,21%

Mentoplastia – 5.979 / 0,66%

Ritidoplastia – 38.484 / 4,25%

Lifting Frontal – 11.404 / 1,25%

Ginecomastia – 22.960 / 2,53%

Queiloplastia – 23.311 / 2,57%

Lipoaspiração – 211.108 / 23,32%

Lifting de Coxas – 12.711 / 1,40%

Otoplastia – 28.788 / 3,18%

Rinoplastia – 43.809 / 4,84%

Lifting de Braços – 8.541 / 0,94%

Ninfoplastia – 9.043 / 0,99%

TOTAL – 905.124

AGORA VEJA OS NOVOS NÚMEROS NO RANKING MUNDIAL (Brasil continua na vice liderança)

1. Estados Unidos – 1.094.146
2. Brasil – 905.124
3. China – 415.140
4. Japão – 372.773
5. Itália – 316.470
6. México – 299.835
7. Coreia do Sul – 258.350
8. Índia – 207.049
9. França – 191.439
10. Alemanha – 187.193

DATAFOLHA 2009:
Total de Cirurgias 629 mil
Estéticas – 73% / 459.170
Reparadoras – 27% / 169.830

5 cirurgias plásticas estéticas mais realizadas no Brasil

Lipoaspiração

Cirurgias realizadas em 2011

211.108

Crescimento

129,97%

Número absoluto 2007

91.800

Aumento de mamas

Cirurgias realizadas em 2011

148.962

Crescimento

54,54%

Número absoluto 2007

96.390

Abdominoplastia

• Cirurgias realizadas em 2011

95.004

• Crescimento

38%

• Número absoluto 2007

68.850

Blefaroplastia

Cirurgias realizadas em 2011

90.281

Crescimento

118,50%

Número absoluto 2007

41.310

Redução de Mamas

Cirurgias realizadas em 2011

66.417

Crescimento

20,58%

Número absoluto 2007

55.080



*N° total: 459 mil cirurgias

EUA

População – 311.591.917

Número de Cirurgias – 1.094.146

Número per capita – 3.51 por 1000 habitantes

BRASIL

População – 196.655.014

Número de Cirurgias – 905.124

Número per capita – 4.6 por 1000 habitantes

DEMAIS INFORMAÇÕES: RAUL KURY-IMPRENSA-SBCP-TEL-55-11-9.9882.9039

Revista isto é – 23/01/2012

By Notícias

Os riscos da moda dos seios fartos

Cresce a procura por implantes de silicone cada vez maiores e aumenta o número de adolescentes que desejam fazer essa cirurgia plástica. Especialistas indicam como evitar problemas

Mônica Tarantino e Rachel Costa

As brasileiras estão redefinindo seu padrão de beleza corporal. Querem seios cada vez mais fartos – e desejam isso cada vez mais cedo. A constatação emerge de números obtidos por entidades que representam a área da cirurgia plástica e também da observação dos mais experientes e renomados cirurgiões plásticos do País do que acontece no dia a dia de seus consultórios. “Há uma década, as mulheres do Brasil queriam ser retas e musculosas. Agora buscam um corpo torneado e com mamas mais projetadas”, afirma o médico José Horácio Aboudib, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. O especialista, assim como a maioria de seus colegas, também não se surpreende mais ao encontrar na sala de espera de sua clínica meninas de 14, 15 anos, querendo saber como aumentar o número do sutiã. “Antes, elas queriam mudar o nariz, corrigir a orelha ou tirar uma pinta. Agora, vêm para aumentar os seios”, diz o cirurgião plástico Alexandre Senra, de São Paulo, referência em cirurgia plástica de mama. No consultório do mineiro Sebastião Guerra, chefe da Cirurgia Plástica do Hospital Mater Dei, de Belo Horizonte, 10% das consultas com jovens menores de 18 anos. “Em vez de festas ou viagens, muitas pedem aos pais uma prótese de silicone como presente de 15 anos”, conta o médico.

O fenômeno agora registrado no Brasil é muito parecido com o que ocorre em outros países, em especial nos Estados Unidos. Lá, como aqui, a colocação de implantes para dar mais volume aos seios é a cirurgia preferida no campo dos procedimentos estéticos. A mais recente pesquisa sobre o tema, realizada em 25 países e divulgada na semana passada pela International Society for Aesthetic Plastic Surgery (Isaps), revelou que os EUA continuam puxando a fila dos países onde o procedimento é mais realizado. Em 2011, foram 284.351 procedimentos. Depois vem o Brasil, com 148.962 cirurgias para colocação de implantes de silicone. Em terceiro lugar está o México, com 72.712 procedimentos.

TAMANHO
A advogada Veridiana trocou a prótese de 190 mililitros (ml) por uma de 255 ml

A procura por próteses maiores começou nos Estados Unidos, mas desembarcou no Brasil trazida por um movimento de padronização de beleza que se espalha pelo mundo. “A partir dos anos 2000, os padrões começaram a ser mais universais”, afirma o cirurgião plástico Alexandre Munhoz, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e consultor de uma das marcas de implantes. “Há uma década, a brasileira usava implantes em torno de 180 mililitros (ml). Agora, a média fica entre 200 ml e 340 ml”, observa. Na clínica do cirurgião plástico Aboudib, no Rio de Janeiro, a média varia entre 255 ml e 315 ml. Seu colega mineiro Sebastião Guerra lembra que não há mais no mercado próteses de 120 ml. “O volume começa em 140 ml”, diz. “Há 25 anos, eu colocava 60 ml, 80 ml e até 120 ml. Minha média atual chega a 280 ml”, afirma ele, que já colocou implantes de 375 ml. Um levantamento da Allergan, fabricante de próteses, dá uma ideia de como está ocorrendo a mudança. Segundo a empresa, 31% das cirurgias feitas com próteses da marca no ano passado usaram modelos de 300 ml, seguidas pelas de 340 ml. Os médicos afirmam que os preços não diferem em relação aos implantes menores.

PACIÊNCIA
Thaissa queria colocar o implante desde os 15 anos. Mas seus
pais não permitiram. Ela só fez a cirurgia seis anos depois

A advogada Veridiana Olinésio, de São Paulo, e a atriz Franciely Freduzeski, 33 anos, do Rio de Janeiro, estão entre as mulheres que aumentaram o volume das próteses. Veridiana colocou a primeira prótese aos 27 anos, de 190 ml, e aos 33 anos, após a gravidez, optou por uma de 255 ml. “Eu pareço mais bem-disposta”, conta. Franciely também trocou após o nascimento do filho. “Coloquei 285 ml. Estou mais bonita.”

Assim como o tamanho mais avantajado dos seios, a idade cada vez mais precoce de quem busca esse efeito obedece a uma tendência mundial. Quando começou a ser realizado, o implante de silicone era quase restrito a mulheres mais velhas, por volta dos 45 anos, que desejavam recuperar as formas da juventude. Hoje, não se trata mais de restaurar algo que foi perdido, mas simplesmente de tornar os seios mais atraentes e bonitos para as próprias jovens. O médico Sebastião Guerra, por exemplo, atendeu uma menina de 13 anos que insistia em aumentar o peito porque tinha certeza de que isso mudaria sua vida. Queria tanto que convenceu os pais. “Ela não saía de casa, não ia à piscina, não vestia uma blusa mais decotada”, lembra o cirurgião.

O desejo de ficar mais bonita é absolutamente legítimo. Os especialistas alertam, no entanto, para a necessidade de ter bom-senso e fazer as devidas ponderações na hora de escolher como e quando se submeter à cirurgia. Aumentar demais o tamanho dos seios e colocar próteses muito cedo traz riscos que não devem ser ignorados. No que diz respeito ao volume, há chance de o contorno da prótese ficar destacado na região do colo quando o diâmetro da mama não é respeitado. “Pode haver também uma extensão não harmoniosa na direção lateral ou a possibilidade de as próteses se encostarem, o que dá um efeito muito artificial”, observa o cirurgião plástico Renato Saltz, radicado em Salt Lake City, nos Estados Unidos, e ex-presidente da American Society of Aesthetic Plastic Surgery. “Por isso é fundamental respeitar a anatomia original da mama e seus limites”, diz.

DESEJO
Orientada pelos pais, a paulistana Julia Spinardi esperou quatro
anos antes de colocar a prótese. Está feliz com o resultado

Mais um desdobramento possível é a queda da mama se a pele da paciente não der sustentação ao volume inserido. Também pode ser que a mulher não goste do resultado. Aí, o jeito é enfrentar uma nova operação. “Tenho feito muitas trocas de implantes maiores por menores em jovens que querem parecer mais elegantes”, diz o cirurgião plástico Marcelo Sampaio, do Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Em relação à idade, o estágio de desenvolvimento do corpo da adolescente é decisivo. A menarca, ou primeira menstruação, por exemplo, é um dos critérios de seleção usados por alguns médicos. Outros só realizam a cirurgia se a paciente concluiu o processo de maturação sexual e suas mamas alcançaram o que se chama de estágio 4, do tamanho do de uma mulher adulta. “Para os endocrinologistas, a conclusão do desenvolvimento corporal só ocorre por volta dos 17 anos. Pode ser que se dê antes, mas também pode ser que as mamas não tenham chegado ao seu tamanho definitivo. É preciso examinar a adolescente muito bem”, explica a endocrinologista Cláudia Cozer, coordenadora do Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês. Depois dessa etapa, a glândula mamária não cresce mais, ainda que possa ganhar volume por causa da distribuição de gordura corporal. “Médicos mais conscienciosos não deveriam colocar implantes antes dessa idade, a não ser em situações muito sérias de alterações do desenvolvimento”, afirma a médica.

* Alexandre Senra, Alexandre Munhoz e Renato Saltz

É consenso que a colocação de implantes de silicone em jovens mal selecionadas para o procedimento pode provocar grandes estragos. “Se a prótese esticar demais a pele, pode comprimir a glândula mamária da adolescente e atrapalhar o crescimento”, explica o cirurgião Sebastião Guerra. Outro risco é o surgimento de estrias, um dos principais efeitos colaterais desse tipo de cirurgia quando feita na adolescência. “Em geral, elas aparecem quando o implante é maior e faz os tecidos de sustentação se romper, abrindo caminho para a flacidez futura”, explica o cirurgião plástico Carlos Uebel, presidente da International Society for Aesthetic Plastic Surgery.

Para evitar erros tanto na escolha do tamanho como na definição da idade para colocar a prótese de silicone, a cirurgia plástica oferece novidades e, principalmente, muito conhecimento. Em relação ao tamanho, por exemplo, novos recursos dão uma noção antecipada dos resultados da colocação do implante. Isso é possibilitado por programas de computador que, a partir de imagens digitais das pacientes, fazem uma simulação em 3D de como ficará o corpo após a cirurgia. “O objetivo é ter uma ideia mais realista do resultado”, explica o cirurgião plástico Ricardo Cavalcanti, de São Paulo. O instrumento está sendo usado por especialistas como Cavalcanti e o médico Alexandre Senra, de São Paulo, entre outros.

Também é possível transpor as medidas do seio original para os sites dos fabricantes e avaliar diversos tamanhos sugeridos. Além disso, durante a cirurgia, os especialistas costumam testar alguns modelos pré-selecionados antes de inserir o implante definitivo. “São tentativas de aproximar o resultado final daquilo que a paciente espera. As chances de isso acontecer são maiores se o cirurgião for experiente e a mulher não alimentar falsas expectativas. Por isso deve-se conversar muito antes”, afirma o cirurgião Renato Saltz. A apresentadora de televisão Monica Apor, 31 anos, seguiu esse roteiro de recomendações e colocou uma de 250 ml. “Queria um corpo mais harmonioso e consegui”, diz.

MUDANÇAS
Franciely (acima) colocou prótese de 285 ml após o nascimento
do filho. Monica (abaixo) seguiu as recomendações do
médico e está satisfeita com o implante de 250 ml

Quanto à idade certa, há alguns parâmetros disponíveis. Nos Estados Unidos, a recomendação da American Society of Aesthetic Plastic Surgery é não fazer procedimentos cirúrgicos estéticos em menores de 21 anos. No entanto, conforme pesquisa da entidade, até 1,5% das cirurgias de aumento de mama nos EUA é feita em garotas com menos de 18 anos. A sociedade internacional sugere não realizar o procedimento antes dos 16 anos.

Nessa questão, é preciso considerar ainda a maturidade emocional das garotas. “Algumas meninas se sentem muito sedutoras e poderosas com seus implantes. Podem precisar de apoio psicológico para pensar sobre o que está acontecendo com elas”, diz o psiquiatra Bruno Raffa, do Hospital São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. O papel dos pais é decisivo nessa situação. “Eles, que geralmente pagam pelo procedimento, precisam participar da discussão e colocar limites. Faz parte do crescimento”, diz o médico. Raffa aconselha os cirurgiões a se certificarem de que a adolescente conseguiu entender todas as etapas do procedimento e as mudanças pelas quais seu corpo passará. O médico precisa também avaliar o grau de expectativa da menina. “Se ela tiver prognósticos irreais, continuará insatisfeita”, diz o especialista. Alguns médicos encaminham as pacientes mais jovens para uma avaliação psicológica antes de decidir se fazem ou não a cirurgia.

PROJEÇÃO
O cirurgião plástico Senra usa aparelho que simula como será o resultado

Quando os passos são dados a seu tempo, a satisfação aparece. Foi assim com a estudante de direito carioca Thaissa Rodrigues, 23 anos, que colocou 230 ml há dois anos. A vontade começou aos 15 anos, mas seus pais conseguiram adiar a realização do desejo. “Ainda bem que eles fizeram isso, porque agora o resultado ficou muito bom e mais proporcional”, diz. A paulistana Julia Spinardi, 19 anos, viveu um processo parecido. “Queria aumentar os seios desde os 15, mas meus pais não deixaram e só pude fazer a cirurgia recentemente”, conta. “Agora estou contente.”