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Procura por cirurgias plásticas cresce no outono

By Notícias

Fonte: Jornal do Brasil

 

Com a chegada do outono, aumenta a procura por cirurgias plásticas, principalmente pela lipoaspiração, vista por um grande número de mulheres como a solução de seus problemas. Os preços mais acessíveis e o aumento de médicos especialistas na área impulsionam essa procura, levando o setor a movimentar mais de R$ 2 bilhões por ano, segundo pesquisas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que aponta a lipoaspiração como a cirurgia plástica mais comum no Brasil, sendo que são realizadas cerca de 300 mil operações todos os anos. Mas, como em qualquer outro procedimento cirúrgico, é necessário observar uma série de informações antes de decidir submeter-se ao procedimento.
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Segundo o cirurgião plástico Adilson Laxe Júnior, do Rio de Janeiro, a bateria de exames de sangue e o exame cardiológico, chamado risco cirúrgico, visam detectar alguma alteração na saúde do paciente. ”Lembre-se que para fazer uma cirurgia plástica estética o ideal é que você esteja em perfeitas condições de saúde. É preciso informar ao médico os medicamentos que você faz uso e evitar todo e qualquer medicamento para emagrecer antes de fazer a cirurgia, pois eles podem interferir nos resultados”, explica Adilson Júnior.

O cirurgião afirma que o profissional escolhido deve ser indicado por pessoas de confiança, ver a procedência. ”Certifique-se que seu cirurgião possui uma especialização em cirurgia plástica e que pode participar dos congressos nos quais são feitas as atualizações”, complementa, lembrando que a lipoaspiração deve ser realizada em um centro cirúrgico de um ambiente hospitalar vistoriado pela vigilância sanitária, onde são tomados cuidados de esterilização e existem aparelhos que podem atender o paciente durante as cirurgias e no caso de uma emergência. ”E mesmo quando a cirurgia for realizada com anestesia local, exija a presença de um médico anestesista, pois é esse profissional que vai monitorar os dados vitais (pressão arterial, batimento cardíaco, oxigenação do sangue) proporcionando ao cirurgião tranquilidade para se concentrar apenas no ato cirúrgico”, orienta o médico, afirmando que se realizada nessas condições, dificilmente a lipoaspiração terá complicações graves.

Lipoaspiração, lipoescultura. Qual a diferença?           

A lipoaspiração é indicada para pacientes com gordura localizada, ou seja, pacientes que estejam com peso ideal ou próximo dele e que tenham acúmulo de gordura em determinadas regiões como abdômen, flancos, pernas, braços, dorso e face. ”É importante notar que a lipoaspiração não é realizada no intuito de perder peso, e a retirada de grandes volumes pode determinar riscos tanto no ato operatório quanto no pós-operatório”, explica Adilson Laxe Júnior.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica sugere que a quantia retirada não ultrapasse 5 a 7% do peso corporal total do paciente. Atualmente, a tecnologia permite ao cirurgião realizar a lipoaspiração com cânulas mais finas e com menor esforço físico, resultando em uma cirurgia com menor trauma e em uma recuperação mais rápida.

A lipoescultura, por sua vez, recoloca essa gordura em outra parte do corpo e o grau da absorção desse tecido depende da técnica, da região do corpo e do organismo do paciente. Em uma lipoescultura de face, por exemplo, não é possível afirmar que os dois lados terão absorção idêntica da gordura aplicada.

Cuidados exigidos no pós-operatório

Depois da lipoaspiração, o paciente deve ter o acompanhamento de especialistas ou fisioterapeutas para ajudar na remoção dos edemas e do inchaço; Adilson explica que o pós-operatório é importante para que o procedimento tenha sucesso. ”O objetivo é diminuir edemas e hematomas, eliminar toxinas, melhorando a oxigenação do tecido cutâneo e a sensibilidade, acelerando a cicatrização dos tecidos”, enfatiza.

Em alguns casos, a busca incessante pela forma perfeita pode estar acompanhada de uma doença: o dismorfismo corporal. Isso acontece quando o paciente acredita que tem um problema muito maior do que realmente tem.“Uma pequena gordurinha no abdome pra ele pode representar uma obesidade. Então ele vem ao cirurgião plástico e a queixa é desproporcional ao que na realidade ele tem”, explica o especialista, reiterando que é o médico que precisa estabelecer limites, inclusive nas pessoas que querem fazer plásticas sucessivas. “É comum fazer uma lipo e depois querer colocar próteses nas mamas. No campo da cirurgia plástica tudo com equilíbrio e segurança é permitido, doença, os exageros, devem  ser tratados por um psiquiatra ou psicólogo”.

Mexer na estética do corpo é benéfico para a autoestima, assim como  ter hábitos saudáveis ajuda a otimizar os resultados. “Alimentação equilibrada e  atividades físicas após a recuperação, são itens imprescindíveis para que o corpo e a mente estejam em harmonia”, finaliza o cirurgião.

Crédito da foto: Mia Martins via Compfight cc

Dançarina recusa cirurgias para retirar marca de nascença

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Aos 22 anos, Cassandra Naud diz que sua marca é uma expressão de sua individualidade

Cassandra Naud sofreu bullying quando era criança por conta de uma marca de nascença em sua bochecha direita. Hoje, a dançarina que pediu aos pais para fazer uma cirurgia de remoção aos 13 anos, recusa qualquer tipo de tratamento estético e passou a gostar da marca que vê como uma expressão de sua individualidade.

 

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“Minha mancha de nascença é uma grande parte de mim. Me torna única e inesquecível, o que é importante para a carreira que escolhi”, disse ao Daily Mail.

Logo após o nascimento de Cassandra, os médicos deram a opção de fazer uma cirurgia plástica para remoção da marca, mas isso poderia deixar uma cicatriz ou ainda causar alguma lesão no olho.

A dançarina agradece a posição dos pais de não terem optado pela cirurgia: “minha marca me distingue”.

Cassandra contou que está acostumada a chamar atenção na rua. “As pessoas me param e perguntam sobre ela. Eu não fico tímida, é natural ser curioso”.

“Ela é coberta com pelos, então é difícil mascará-la, mas eu não me importo”, conta a dançarina ao dizer que, ao contrário de quando era criança, se sente confiante com sua aparência.

“Era difícil aguentar os comentários cruéis (na escola) e constantemente me segurava para não chorar. Eu me sentia feia”. A dançarina lembra que foi nessa época que pediu aos pais para fazer uma cirurgia plástica, mas mudou de ideia ao chegar na consulta quando ouviu que poderia ficar com uma cicatriz.

Ao falar sobre o impacto de mancha na sua profissão como dançarina, Cassandra diz já saber que não será contratada por certas empresas que procuram o ‘modelo perfeito’. “Nunca serei contratada para filmes da Disney, mas estou bem com isso”.

“Eu não costumo sofrer com preconceito, mas uma vez um empresário me disse para fazer photoshop na minha mancha. Querendo agradá-lo eu concordei no começo, apesar de ter ficado em choque com o pedido, mas depois eu mudei de ideia”.

“As pessoas deveriam valorizar sua individualidade. Os tempos estão mudando, então não se preocupe em parecer normal. Não deixe que valentões te barrem e tenha orgulho daquilo que lhe é único”.

Fonte: Terra

Jovem tem alta após 1 mês internada por aumentar glúteos: ‘nasci de novo’

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Millyana de Souza, de 20 anos, pagou R$ 4,5 mil pelo procedimento.
Caso foi registrado na 63ª DP (Japeri); investigações estão em andamento.

 

Fonte: G1

Autora: Lívia Torres

 

Internada por um mês após realizar um procedimento estético para aumentar o volume do bumbum, a estudante de direito Millyana de Souza, de 20 anos, recebeu alta neste sábado (7). Após deixar o Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, ela contou ao G1 estar arrependida.

 

“Nasci de novo, eu achei que fosse morrer. Se eu pudesse voltar no tempo, não teria feito isso”, disse, na tarde desta quinta-feira (12).

 

Millyana pagou R$ 4,5 mil e realizou o procedimento em uma clínica na Freguesia, Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Segundo ela, foram aplicados, em cada lado do bumbum, 600 ml da substância metacrilato.

 

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“Eu estava insatisfeita com meu glúteo e essa esteticista havia sido indicação de umas amigas. Elas já tinham feito, e não tinha dado nada”, afirma. A jovem conta que, no hospital, foi feita uma drenagem para retirar todo o produto da região.

 

“Agora terei que fazer uma reconstrução no glúteo, que vai demorar três meses. Sobre a esteticista, o delegado não me autorizou falar nada para não atrapalhar as investigações”, afirma Millyana, que acabou trancando a faculdade nesse semestre para conseguir se recuperar.

 

Reações
A jovem disse que saiu da mesa de cirurgia sentindo tontura. De lá, foi direto pra casa, mas as dores persistiram e ela resolveu ir até o hospital. O caso foi registrado na 63ª DP (Japeri). Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Civil afirmou que aguarda a vítima para prestar depoimento. As investigações estão em andamento.

 

O metacril – ou polimetilmetacrilato – é uma substância acrílica usada por cirurgiões plásticos para dar mais firmeza ao bumbum e deixar a aparência uniforme. A aplicação estética da substância, no entanto, é criticada por médicos devido à chance de rejeição.

 

A melhor forma de aumentar o bumbum, segundo os médicos, é com a prótese de silicone ou com a gordura do próprio corpo do paciente. Alexandre Barbosa, diretor da Clínica de Cirurgia Plástica de São Paulo, afirma que o metacril é indicado para cirurgias ortopédicas e para uso em pacientes HIV positivos.

 

“Para o bumbum não é o mais indicado, pois o índice de rejeição é muito grande. Alguns profissionais disseminaram como uma coisa boa, mas não passa de uma versão moderna do silicone industrial.

 

É uma loteria e as consequências são irreversíveis. Entre elas, infecção e necrose da pele. Não tem como prever o resultado”, diz.

 

Registro
A distribuidora Metacrill afirma que o produto oficial da marca é devidamente registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e autorizado para plástica reparadora e tratamento de pacientes com AIDS.

 

Ainda segundo a empresa, o produto tem certificação internacional ISO e é exportado para muitos países. A companhia alerta ainda para os riscos de se sujeitar a tratamentos em locais sem autorização dos órgãos sanitários competentes, por profissionais sem capacidade exigida para a realização e, sobretudo, “com a utilização de produtos baratos, obtidos de forma irregular, os quais, em sua maioria, em nada tem a ver com metacrilato, e sim silicone industrial”.

 

Fonte: G1

Autora: Lívia Torres

Pós-operatório: Quando é possível retomar a vida sexual?

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Realizar uma cirurgia plástica é o desejo de muitas pessoas. Algumas querem recuperar aspectos funcionais do corpo enquanto outras têm como objetivo elevar e renovar a auto estima. Em ambos os casos é comum sentir durante o pós-operatório uma ansiedade que tem relação direta ao novo visual: vontade de ter relações íntimas. Então, a pergunta que fica é quando é possível voltar a desfrutar destes momentos?

O sexo é uma atividade vigorosa. A maioria dos médicos recomenda um período de repouso mínimo de três semanas antes de realizar qualquer atividade intensa. Isso ajuda a melhorar recuperação do corpo. Dependendo do caso e da complexidade da cirurgia plástica, o tempo pode aumentar bastante e chegar a dois meses. Depois disso a única pessoa capaz de determinar se o momento adequado chegou é o próprio paciente, mas é sempre conveniente conversar com o responsável pela cirurgia.

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A mamoplastia de aumento é uma das cirurgias que mais despertam essa ansiedade pelo retorno dos momentos de intimidade. “O seu corpo avisará o que é possível fazer ou não após algumas semanas de repouso”, explica um especialista consultado pelo site Real SelfNo entanto lembre-se sempre de conversar com seu cirurgião antes de tomar qualquer atitude, afinal de contas cada caso é um caso!

Manter relações sexuais antes do período determinado pelo cirurgião é um risco para o paciente e pode, inclusive, acabar exigindo uma nova cirurgia por causa de sangramentos.

Uma pesquisa do Aesthetic Surgery Journal revelou que as cirurgias plásticas melhoram a vida sexual. Das mulheres que participaram da pesquisa, 95% afirmaram que a auto imagem corporal melhorou após os procedimentos – independentemente do tipo. Já 80% das pacientes que realizaram mamoplastia de aumento disseram que sua satisfação com sua vida sexual aumento e 50% disseram ter melhorado sua capacidade de atingir orgasmos.

Algumas dicas para quem deseja retomar a vida íntima:

1-      Com gentileza é melhor;

2-      Se doer, pare. Não ultrapasse os limites e converse com o cirurgião plástico para relatar desconfortos ou algo incomum.

3-      Mantenha a língua e outras partes corporais afastadas das incisões e cicatrizes para evitar infecções.

4-      Se for uma segunda cirurgia, espere o dobro de tempo antes de retomar a vida sexual.

 

Fonte: Real Self. Leia o post original aqui (em inglês).

Pós-operatório

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Após a cirurgia plástica é hora de cuidar do pós-operatório e tudo deve ser seguido à risca para evitar cicatrizes, inflamações, inchaços e outras complicações. Atenção para as recomendações:

– Repouso
– Seguir as instruções dos médicos para movimentos na área operada
– Medicamentos e dor: perguntar para o médico quais remédios você pode tomar em caso de dor e tomá-los nos horários corretos
– Curativos: voltar ao hospital ou clínica para troca de curativos nos dias agendados
– Ter uma alimentação saudável
– Ver com seu médico como será o procedimento de banho. Se a recomendação for não lavar o local, não lave
– Ver se você pode fazer tratamento de drenagem linfática na área para evitar hematomas
– Usar cintas sempre que for possível e indicado
– Não se preocupar com as formas intermediárias nas diversas fases da recuperação

Sbcp emite comunicado oficial sobre possível proibição de próteses de silicone na frança por problemas de saúde

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A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica transmite aos sócios, informações oficiais do Ministério da Saúde e parecer técnico científico do Instituto Nacional do Câncer, ambos do Governo Francês, esclarecendo assim, nota divulgada em 17/março/2015, pela imprensa brasileira, correlacionando o uso das próteses de silicone em cirurgias mamárias, com eventual observação de recentes casos de câncer de mama do tipo Linfoma Anaplásico de grandes células.

Em várias outras oportunidades, notícias desta natureza foram veiculadas, causando inquietude, com significativos prejuízos para pacientes portadores destes produtos; notícias estas, que contradizem posições cientificas.

Permanecem as orientações de não alarmismo, mantendo-se rotinas médicas de acompanhamento dos pacientes, com exames de imagem da região mamária, de acordo com avaliação profissional.

Próteses mamárias de silicone, assim como outros muitos tipos de implantes deste material tem sido constantemente estudados, sendo cada vez maior a sua aplicação na Medicina e em especial na Cirurgia Plástica, com elevados índices de segurança e satisfação.

A Comissão de Silicone da S.B.C.P., está em contato direto com diversas instituições científicas e sanitárias nacionais e internacionais, não havendo, até o momento, nada que justifique a interrupção de seu uso dentro das normas vigentes em todo o território nacional.

A Comissão de Silicone
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

O cirurgião plástico brasileiro de Kadafi

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Liacyr Ribeiro achou que aquele convite de 1994 para o primeiro Congresso Árabe de Cirurgia Plástica, em Trípoli, seria como tantos outros. “Fui falar de mamas”, conta agora esse médico de 73 anos, em sua prestigiosa clínica do bairro carioca de Botafogo, depois de se despedir de uma jovem que foi até lá com a sua mãe para se informar sobre “próteses glúteas”. No segundo dia do congresso, o anfitrião lhe perguntou se podia examinar um amigo, e de repente o médico se viu em um carro dirigido pelo então ministro da Saúde líbio – também cirurgião plástico –, percorrendo “caminhos muito estranhos, cruzando barreiras, tudo com muito secretismo”. O paciente era Muamar al Kadafi, líder absoluto da revolução socialista líbia desde 1969. “Ele me disse: ‘Você precisa me operar’. Tinham muita pressa. E eu não sabia o que ia acontecer comigo.”

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Apesar de ter tido uma boa acolhida, Ribeiro ainda recorda o medo que sentiu no primeiro dia: “Ele era o dono do país, podiam fazer o que quisessem comigo!”. O cirurgião descreve Kadafi como uma pessoa educada, inteligente e simpática, que sabia absolutamente tudo de cirurgia plástica. “Ele me impressionou. Mas, claro, não é qualquer um que faz uma revolução aos 27 anos.”
O coronel queria ser operado imediatamente, mas o brasileiro lhe explicou com a maior amabilidade que “as coisas não são assim”. Ribeiro voltou ao Rio, apanhou seus instrumentos e regressou à Líbia semanas depois com seus assistentes. “Havia algo de desagradável em operar alguém assim: se alguma coisa der errado, sairei vivo daqui? Existem várias histórias sobre cirurgiões de reis que foram mortos depois da operação, para que ela não fosse revelada”, recorda o médico.
O hospital havia sido construído em um bunker subterrâneo. “A sala de cirurgia era melhor do que muitas das que eu conheci pelo mundo”, afirma Ribeiro. Bem equipado, com material alemão, o lugar não tinha nenhum profissional líbio. “Os anestesistas, os auxiliares, as enfermeiras – todos eram estrangeiros.”
A intervenção foi realizada com anestesia local, já que “Kadafi tinha pânico de ficar adormecido e que o desconectassem”. Por motivos “éticos”, Ribeiro não revela o tipo de cirurgia que fez no rosto do ditador, mas afirma que ele desejava “rejuvenescer”. No último dia do pós-operatório, um funcionário lhe entregou um envelope cheio de francos suíços, numa quantia que “dava para comprar um carro”. Kadafi deve ter ficado contente, já que alguns anos depois, pouco antes de ser derrubado e morto, o médico voltou a ser chamado. “Mas aí eu já não tinha vontade, dei uma desculpa.”
Com a autoridade que a experiência lhe confere – Ribeiro é discípulo de Ivo Pitanguy, fundador da cirurgia estética no Brasil, país líder dessa prática no mundo, e foi presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica –, o médico afirma que o aumento do número de cirurgiões plásticos nos últimos anos pode ter um lado negativo: “Um novato pode colocar narizes pequenos em rostos grandes ou peitos de 500 mililitros em um corpo pequeno. Essa inflação não foi boa: muita gente olha só para o dinheiro. Os seios, o abdômen ou a lipoaspiração podem ser escondidos, mas o rosto, não. E aí há muitos desastres.” Por isso Kadafi recorreu a ele.
O cirurgião cita três motivos para explicar o fato de o Brasil ser o país que mais se retoca no mundo: “Primeiro, a vaidade da mulher brasileira. Segundo, a ausência de secretismo, que permite à brasileira alardear seus novos peitos na sala de espera. Terceiro, o preço”.
Seu mestre Pitanguy afirma que a mulher brasileira sempre foi “bunduda e pouco peituda”, mas que agora mudou de preferência. Segundo Ribeiro, isto se explica pela globalização. “Antes, vinham tirar tecido mamário, agora vêm colocar uma prótese. A cultura mudou: querem tudo grande.”
Sobre Silvio Berlusconi (outro de seus clientes) não quer falar, “porque está vivo e na ativa”, mas esclarece que o operou “antes de ser primeiro-ministro” e que “depois o operaram mais duas vezes”. “Um sujeito muito tranquilo”, observa. Depois ri: “Infelizmente, nunca me convidou para nenhuma das suas festas”.

Fonte: El País Brasil

Comunicado Oficial – Silicone

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A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica transmite aos sócios, informações oficiais do Ministério da Saúde e parecer técnico científico do Instituto Nacional do Câncer, ambos do Governo Francês, esclarecendo assim, nota divulgada em 17/março/2015, pela imprensa brasileira, correlacionando o uso das próteses de silicone em cirurgias mamárias, com eventual observação de recentes casos de câncer de mama do tipo Linfoma Anaplásico de grandes células.

Em várias outras oportunidades, notícias desta natureza foram veiculadas, causando inquietude, com significativos prejuízos para pacientes portadores destes produtos; notícias estas, que contradizem posições cientificas.

Permanecem as orientações de não alarmismo, mantendo-se rotinas médicas de acompanhamento dos pacientes, com exames de imagem da região mamária, de acordo com avaliação profissional.

Próteses mamárias de silicone, assim como outros muitos tipos de implantes deste material tem sido constantemente estudados, sendo cada vez maior a sua aplicação na Medicina e em especial na Cirurgia Plástica, com elevados índices de segurança e satisfação.

A Comissão de Silicone da S.B.C.P., está em contato direto com diversas instituições científicas e sanitárias nacionais e internacionais, não havendo, até o momento, nada que justifique a interrupção de seu uso dentro das normas vigentes em todo o território nacional.

A Comissão de Silicone

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

Lipoaspiração não é uma forma de emagrecimento!

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Este é um mito comum para muitas pessoas que desejam perder peso.

Esta Cirurgia Plástica não substitui o exercício físico e a alimentação saudável e tem como objetivo remodelar o contorno corporal e eliminar depósitos localizados de gordura.

Quer saber mais sobre o procedimento? Acesse o link!

‘Financeiras’ e cirurgiões plásticos de campinas estão na mira do cremesp

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Sugestão de ‘pacote de cirurgias’ e vínculo com médico são irregulares.
Cidade ganha de Guarulhos e só perde para a capital em investigados.

 

Falsas empresas financiadoras de cirurgias plásticas e médicos vinculados a elas estão sendo investigados em Campinas (SP) pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). Segundo o órgão, as empresas visam lucro com sugestão de procedimentos, muitas vezes desnecessários, aos pacientes e profissionais “executadores” de cirurgias. Com isso, colocam os pacientes em risco.

 

A investigação do Cremesp abrange empresas que se dizem financiadoras, conhecidas também como intermediadoras, mas que não possuem registro no Conselho ou no Banco Central, ou seja, atuam na ilegalidade e na clandestinidade. Elas chegam a vender pacotes de cirurgias sem assegurar, por exemplo, que os pacientes façam exames pré-operatórios, como avaliação cardíaca e coleta de sangue.

 

Esses estabelecimentos costumam indicar o cirurgião que fará o procedimento, que é vinculado à “empresa”. Segundo o conselheiro do Cremesp e coordenador da Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame), Lavínio Nilton Camarim, a prática é antiética e ilegal.

 

“A resolução 1836/2008 do Conselho Federal de Medicina proíbe o vínculo do médico. As intermediadoras usam artimanhas para atrair os cirurgiões, como, por exemplo, ‘se você não fizer, outro vai fazer’. Aliciam principalmente os médicos mais jovens, sem experiência”, explica Camarim.

 

‘Pacotão de cirurgias’
No processo de atrair os pacientes, funcionários das próprias empresas costumam sugerir que o paciente faça mais de um procedimento para “aproveitar” o financiamento e a “oportunidade”. Mas, nem sempre a cirurgia é bem-sucedida, já que há pessoas que nem teriam indicação de cirurgia, se tivessem feito pré-operatório.

 

Um reflexo disso pode ser percebido nos consultórios de outros médicos. O cirurgião geral e plástico de Americana (SP) Leonardo Stella, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, notou um aumento de 5 para 15 pacientes nos últimos dois meses, que o procuram reclamando de cirurgias problemáticas feitas em Campinas.

 

“A pessoa quer fazer plástica no nariz e o vendedor ou o médico sugere para fazer a barriga, mama, lipoaspiração. Fazer muita coisa de uma vez só aumenta o risco cirúrgico e a qualidade da cirurgia. É pior pra corrigir depois e o trauma para o paciente fica. Promete-se coisas que não dá para fazer”, explica.

 

Pacientes que fizeram cirurgia bariátrica, por exemplo, costumam precisar de plástica mas não podem fazer no corpo inteiro de uma só vez porque a cicatrização e a recuperação não são eficientes, segundo Stella.

 

Recentemente, ele recebeu uma mulher com obesidade que passou por cirurgia em Campinas e precisou encaminhá-la para um psiquiatra.

 

“Ela fez mama e abdomen através de uma intermediadora sem ter feito preparo. Eu não indicaria por causa da obesidade, ela precisava emagrecer antes. Agora precisa fazer uma correção cirúrgica e foi afetada psicologicamente”, conta.

 

Lucro
Os lucros com essa prática, para as financeiras, são exorbitantes, segundo o conselheiro do Cremesp. “Cirurgias vendidas por R$ 5 mil acabam divididas em R$ 1 mil para o médico, R$ 1 mil para o hospital e R$ 3 mil para a empresa, que não querem ‘perder’ dinheiro com exames pré-operatórios”, afirma.

 

Ele recomenda que as pessoas que buscam cirurgias desconfiem de preços baratos e procurem saber se o profissional é cadastrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e no Cremesp.

 

“O paciente financiar uma cirurgia que ele deseja não tem problema. O que preocupa é o sentido contrário, partir do financiamento a ideia de fazer a cirurgia e depois o paciente ser encaminhado para um médico”, explica Camarim.

 

Quem for aliciado para se submeter a procedimentos indicados por financeiras ou profissionais que indiquem mais de uma cirurgia sem a solicitação do paciente pode fazer uma denúncia no Conselho pelo telefone (11) 3123-8715 ou pelo e-mail codame@cremesp.org.br.

 

Estado sob investigação
Essa prática é constatada em todo o estado, mas Campinas ganha expressão ao ter mais casos investigados do que Guarulhos (SP), metrópole com mais habitantes, e Ribeirão Preto (SP). O município só perde para a capital.

 

Em todo o estado são 50 mil cirurgias plásticas por mês, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgias Plásticas.

 

“O problema é um perigo iminente para a população. A grande maioria [das financiadoras] trabalha nos finais de semana, até em shoppings, vendendo financiamento de cirurgia, sem saber se o paciente precisa. É um risco para ele e para o médico também”, explica o conselheiro.

 

Segundo Camarim, as investigações dessa prática começaram a ganhar força entre 2010 e 2011, quando foram detectadas 39 financeiras irregulares em quatro cidades do estado. O Cremesp não divulgou o número de empresas por município.

 

“Todas identificadas em Campinas na época tinham problemas. No geral, sabemos que algumas fecharam e reabriram com outros nomes e em novos endereços. Por isso, o Cremesp fica em cima”, afirma Camarim.

 

Punição
Desde 2011, as vistorias do Cremesp passaram a ser constantes e acontecem sem avisó prévio, tanto nas intermediadoras, quanto em clínicas e consultórios. Segundo o conselheiro, há casos de reincidentes e até de falsos médicos executando as cirurgias.

 

O Cremesp afirmou ainda que todos os meses novas intermediadoras irregulares são localizadas no estado de São Paulo, incluindo Campinas.

 

O cirurgião que é pego fazendo parte deste esquema ilegal responde por uma sindicância ética, que pode gerar um processo ético. O próximo passo é o julgamento do caso e, dependendo do envolvimento e das consequências, o médico pode receber desde advertência até censura, suspensão e até cassação do exercício profissional.

 

Todos os processos são encaminhados para o Ministério Público e os funcionários das empresas também respondem judicialmente.

 

Fonte: G1