A presença feminina na cirurgia plástica tem crescido de maneira significativa, trazendo inovação para a especialidade.
Por SBCP
Cada vez mais, as cirurgiãs plásticas desempenham um papel crucial tanto na prática clínica quanto na pesquisa científica, contribuindo para a evolução da área.
Protagonismo e Inovação
A atuação das mulheres na cirurgia plástica vai além do centro cirúrgico. Elas lideram pesquisas inovadoras, participam de congressos nacionais e internacionais e ocupam cargos de liderança em instituições de ensino e associações médicas.
O crescimento da representatividade feminina na cirurgia plástica reflete a determinação e a competência das profissionais que, diariamente, superam desafios e conquistam seu espaço. Esse avanço contribui para um ambiente mais diverso e equilibrado, promovendo um padrão de excelência ainda maior na especialidade.
A Trajetória das Mulheres na Cirurgia Plástica
A história das mulheres na cirurgia remonta aos tempos antigos, mas sua plena acessibilidade à especialidade enfrentou diversas barreiras. Um nome de grande importância nesse contexto é o da Dra. Alma Dea Morani, a primeira mulher a integrar a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos e Reconstrutivos (ASPRS, atual ASPS), em 1948.
Determinação e perseverança foram marcas da trajetória da Dra. Morani. Durante seis anos, ela se candidatou repetidamente para treinamento em cirurgia plástica, sendo aceita apenas em uma posição com privilégios limitados. Apesar dos desafios, construiu uma carreira notável e contribuiu para a criação do Fórum de Cirurgiãs Plásticas da ASPS, em 1992, promovendo mentoria e apoio entre mulheres.
Desde então, o número de cirurgiãs plásticas tem crescido constantemente, impulsionado por exemplos de liderança que servem como inspiração para estudantes de medicina e residentes, como a Dra. Lydia Masako Ferreira, cirurgiã plástica, professora e pesquisadora. Ela presidiu a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica no biênio 2022-2023. Além disso, diversas regionais da SBCP já foram presididas e seguem sendo lideradas por mulheres, reforçando o protagonismo feminino na gestão da especialidade.
Esse avanço não apenas fortalece a representatividade feminina na cirurgia plástica, mas também contribui para o desenvolvimento contínuo da especialidade, impulsionando pesquisas inovadoras, aprimorando técnicas cirúrgicas e expandindo o impacto da cirurgia plástica na medicina regenerativa e reconstrutiva. Com a presença cada vez maior de mulheres, o futuro da SBCP se mostra promissor, com um corpo profissional ainda mais diversificado e preparado para os desafios da especialidade.
O Futuro da Cirurgia Plástica com a Presença Feminina
A cirurgia plástica ocupa o terceiro lugar entre as especialidades cirúrgicas com maior percentual de mulheres, segundo o Censo Médico de 2020. Dados mais recentes da Demografia Médica 2023 indicam que o número total de cirurgiões plásticos no Brasil é de 7.833, mostrando uma evolução na área.
A presença de mulheres na liderança e no exercício da profissão tem sido um fator inspirador para estudantes e residentes, fortalecendo a diversidade na prática cirúrgica e incentivando uma nova geração a conquistar seu espaço no mercado.