Aaron Carroll, médico, pesqusiador e contribuidor do New York Times, publicou no site do jornal algumas dicas importantes para quem deseja se alimentar de forma saudável.
Apesar de ser comum vermos diversas matérias e estudos com recomendações nutricionais, Carroll afirma que a maioria destas dietas e regimes tem pouco embasamento científico. Ele admite, inclusive, que a lista abaixo não é garantida pela ciência, mas baseada na sua experiência clínica e pessoal: ele mesmo segue estas dicas e afirma que elas o ajudaram muito.
O importante é notar que elas não são regras ou leis, nem procuram demonizar qualquer tipo de alimento. São apenas recomendações para quem busca uma vida mais saudável!
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Coma o máximo possível de alimentos não processados:
Isso inclui frutas e vegetais, mas não só: peixes, carnes, aves e ovos que não tenham sido processados. Em outras palavras, quando for ao mercado comprar alimentos dê preferência a itens que não foram cozinhados, preparados ou alterados – arroz integral no lugar de arroz branco, cereais integrais em vez de cereais refinados. Você estará muito melhor se comer duas maçãs ao invés de beber os mesmos 27 gramas de açúcar em um copo de suco de maçã.
Tente comer menos alimentos levemente processados:
Você não poderá preparar tudo sozinho. Massa, por exemplo, terá que ser comprada. Você também não irá moer sua farinha ou extrair o seu azeite. Estes alimentos foram feitos para serem consumidos com outros que não foram processados, mas tente diminuir a freqüência com que os come.
Coma menos ainda alimentos muito processados :
Não há muita evidência de credibilidade que afirme que as comidas muito processadas são perigosas, mas tente manter seu consumo no mínimo possível porque eles podem facilitar muito a ingestão de calorias. Pães, salgados, biscoitos e cereais são alguns exemplos. Estudos epidemiológicos apontam que alimentos altamente processados estão associados a níveis de saúde menores, apesar de estes estudos terem que ser vistos com certa ressalva.
Alimente-se de comida feita em casa o máximo possível, seguindo as recomendações acima:
Comer em casa permite evitar com mais facilidade alimentos processados e controlar melhor o que você ingere – o risco de comer mal é menor. Não será fácil: mudanças de hábito exigem esforço, repetição e tempo.
Use sal e gordura, incluindo manteiga e óleo, conforme o necessário:
Sal e gordura não são inimigos e frequentemente são necessários na preparação de refeições saborosas e satisfatórias. O segredo, neste caso, é a moderação. Use o que for preciso, os temperos dão gosto aos vegetais, por exemplo. Use sem medo, mas não perca o controle.
Quando tiver que comer fora de casa, procure lugares que sigam estas regras:
Idealmente você deveria escolher restaurantes que produzem a maioria dos ingredientes usados em seus pratos. Muitos deles fazem isso. Siga a dica número um para o jantar. Não há problemas em consumir algo processado, apenas tente manter isso em um nível mínimo.
Beba água, principalmente, mas também café, álcool e outras bebidas:
Não há problema em consumir moderadamente outras bebidas que não água, apesar de haver estudos mostrando que tudo pode prevenir ou causar câncer. Moderação!
Trate todas as bebidas com calorias da mesma forma que você trata o álcool:
Isso inclui qualquer tipo de bebida, como por exemplo o leite. Beber com moderação não tem problema, mas mantenha o consumo no mínimo.
Coma na companhia de outras pessoas:
Esse hábito oferece benefícios que vão além de uma boa nutrição: fará você ser mais propenso a cozinhar, fará você comer mais devagar. Ah, e fará você feliz também.
Fonte: New York Times
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